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quinta-feira, setembro 22, 2005
IMAGENS E EMOÇÕES

Uma das críticas mais frequentes à imagem é a de estas desencadearem emoções, sendo a palavra o terreno da razão. Acho esta visão muito limitada pois as imagens desencadeiam raciocínios e, por outro lado, as emoções, na sua explosão, parecem-me conter alguma racionalidade.

Nunca tinha ouvido António Damásio. Por isso, ao ler no Público que, no ISPA, havia uma sua conferência às 11h, com entrada livre, lá me predispus a ir, receoso, até ao Instituto. Com alguma razão pois ao chegar fui informado que, afinal, teria sido precisa inscrição prévia. No entanto, um sistema de difusão em vídeo tinha preparado dois outros anfiteatros para visionamento. E foi daí que segui a intervenção de um dos portugueses mais conhecidos no mundo da ciência.

Não me sinto capaz de resumir a conferência de António Damásio. Por um lado, o seu discurso tem uma tecnicidade sobre os circuitos cerebrais, neurónios, lóbulos e outras descobertas neurológicas que me soam um pouco a planetas que não tenho habitado. Mas noutras dimensões senti, bem perto, alguns raciocínios do cientista. Damásio referiu, por exemplo, que há uma pergunta obsessiva na sua obra- O que é a emoção?- e que isso é positivo, que o progresso depende algo dessas obsssões. O aspecto que talvez me interessou foi o de Damásio, depois de reconhecer que as emoções se reflectem no corpo (o medo, a tristeza, a alegria) assentam também em estratégias cognitivas ligadas a cada uma das emoções. Ou seja, estar triste implica um certo modo de apreender o mundo e as coisas que nos rodeiam. A emoção implica uma estratégia cognitiva que todos conhecemos, pois se mergulhados numa profunda tristeza não queremos pensar em certos coisas. O inverso acontece para a alegria e outras estratégias cognitivas estariam assim ligadas a outras emoções. Cada emoção restringe os temas que são evocados.

Outro aspecto que posso pôr em evidência é o de as emoções terem um código "genético", se assim se pode dizer, mas também uma marca individual e social. É certo que o medo deve explodir em cada um de nós sob o signo de uma hereditariedade milenária que nos terá posto no rosto expressões que imediatamente reconhecemos. Mas a emoção que uma casa ou um lugar gera numa pessoa está ligada a uma experiência singular. E cada um de nós as tem. Mas o melhor será ler António Damásio e continuar a reflectir sobre as relações entre as imagens, as emoções e a razão. E continuar a sentir as emoções que nos vão tomando conta do corpo e da alma. O que arrastas estratégias cognitivas que podem actuar sobre as emoções. Emoçoes que podem partir de "objectos" concretos ou de imagens que fabricamos de "objectos" ausentes.
 
José Carlos Abrantes | 5:16 da tarde |


1 Comments:


At 8:17 da tarde, Anonymous Anónimo

Q pena n ter conhecimento desta conferencia, ainda por cima na casa q me acolheu alguns maravilhosos anos. Pena acrescida pela pessoa q conferenciou e pelo tema tratado ,,,emoções, cogniçao, sao conceitos com os quais lido todos os dias