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sexta-feira, junho 17, 2005
A RELAÇÃO COM AS IMAGENS
No DN, texto de Paula Lobo, refere-se uma exposiçãoNós Kasa que vai ser inaugurada amanhã pelo Presidente da República na Cova da Moura. As fotografias são de Susan Meiselas, uma fotógrafa da Magnum. Esta agência tinha o seu arquivo sobre Portugal parado nos anos 90 e encarregou três fotógrafos de actualizar as imagens do nosso país, enviando também Joseph Koudelka e Miguel Rio Branco. Uma exposição de fotos da Magnum sobre Portugal poderá ser vista no CCB a partir de 30 de Junho. Mas há agora esta exposição parcial sobre a Cova da Moura.

Dois aspectos que me interessa destacar:
“Um dia, um rapaz desafiou-a. "Tira-me uma foto". Ela fez-lhe a vontade. Ele, que nunca tinha visto uma Polaroid, ficou fascinado. E ela começou a fazer o mesmo com outros habitantes do bairro, assinando e datando as provas únicas desses "momentos de troca". Não se pode explicar melhor a relação das pessoas com as imagens, elemento importante do porque vivem as imagens em nós.

FABRICAR IMAGENS
O outro aspecto merece desenvolvimentos futuros. Trata-se da prática da fotografia por habitantes da Cova da Moura. Volto à notícia: “O projecto de Susan Meiselas incluía ainda um workshop de fotografia, que a ajudou a cimentar relações e conhecer a realidade problemática daquela colina, ocupada por sete mil pessoas, 75% das quais oriundas de Cabo Verde. Metade com menos de 20 anos e muitas delas analfabetas. Com o apoio da Canon e da Embaixada de Portugal em Washington, chegaram ao bairro uma impressora e oito câmaras, agora nas mãos de 15 jovens que descobrem o "poder" da objectiva. A partir de amanhã, as suas fotos vão estar nas cordas em redor do Moinho Velho. E talvez Santinho, um dos que posou para Susan Meiselas, tenha conseguido um bom ângulo dos muitos jornalistas que ontem andavam de nariz no ar à porta de sua casa.”

Ainda há pouco li que um grupo de gestores culturais e pessoas ligadas à cultura consideraram, relativamente a Lisboa, que os equipamentos culturais não precisavam de crescer. Talvez. Estou de acordo quanto aos equipamentos de co0nsumo, não aos de produção de cultura. Precisa de crescer a disponibilidade de lugares para pôr “as mãos na massa”, sobretudo para os jovens e grupos mais marginalizados. Fazer um jornal, fotografia, video, teatro, imagem digital: onde estão os equipamentos? Onde estão os locais? Onde estão as competências formadoras? Será por aí, penso, um caminho mais rentavel socialmente para prevenir os arrastões e dar mais dignidade, sentido cívico e capacitação aos que a aceitariam, se alguma porta estivesse entreaberta.
 
José Carlos Abrantes | 1:06 da tarde |


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