segunda-feira, novembro 07, 2005
A CONSTRUÇÃO DO OLHAR
"Podemos, todavia, interrogar-nos: as televisões nossas contemporâneas satisfazem essa procura de acesso ao outro, a outras coisas? É certo que, sem elas, seriam nossos desconhecidos, ou ter-se-iam apagado da nossa memória, muitos lugares, fenómenos, processos e agentes da vida política, económica e cultural. Mas o extraordinário êxito da televisão convida-nos a suspeitar da solicitude com que ela rodeia os seus espectadores e a ver nela, mais que uma luneta virada para horizontes longínquos, um microscópio virado para nós próprios, homens e mulheres do Ocidente, seus espectadores."
Monique Sicard, Televisão: A Máquina de Ver, in Abrantes, J.C. (Org), A Construção do Olhar, Lisboa, CIMJ/Livros Horizonte, 2005
"Podemos, todavia, interrogar-nos: as televisões nossas contemporâneas satisfazem essa procura de acesso ao outro, a outras coisas? É certo que, sem elas, seriam nossos desconhecidos, ou ter-se-iam apagado da nossa memória, muitos lugares, fenómenos, processos e agentes da vida política, económica e cultural. Mas o extraordinário êxito da televisão convida-nos a suspeitar da solicitude com que ela rodeia os seus espectadores e a ver nela, mais que uma luneta virada para horizontes longínquos, um microscópio virado para nós próprios, homens e mulheres do Ocidente, seus espectadores."
Monique Sicard, Televisão: A Máquina de Ver, in Abrantes, J.C. (Org), A Construção do Olhar, Lisboa, CIMJ/Livros Horizonte, 2005