quinta-feira, fevereiro 16, 2006
FALAR DE BLOGUES
O blogue Síndrome de Estocolmo abriu um debate sobre a ética dos blogues. A Isabel Ventura chamou-me a atenção para este post e para o debate em curso:
"Café literário, artístico e filosófico Esse debate sobre a ética dos blogs no Síndrome de Estocolmo me levou a refletir sobre o que é o blog, e sobre o que deve ser... Deve haver uma ética, e qual ? Sou boêmia e bastante anarquista, não detesto os episódios de barulho e de desordem - até gosto do imprevisto e das situações descontroladas, e ver tudo entrar em parafuso me diverte muito... A desordem é mais criadora do que a ordem.
Mas, claro, também gosto de ver as pessoas respeitadas neste blog como nos outros, e tenho um nível de tolerância beirando o zero no que respeita aos insultos e à violência que seja física ou psicológica. Gosto de barulho e da desordem, mais gosto muito menos das manifestações de raiva e ódio, e a minha palavra preferida é "respeito".
O blog é coisa pessoal, e cada um tem a sua idéia do que o próprio blog deve ser. Denise definiu o seu blog como um prolongamento virtual da sua casa. Outros, conforme a perspectiva escolhida, vão o ver como lugar de debate, de fantasias sexuais, espaço de trabalho ou de luta política. Pode ser utilizado por alguns para fazer amigos ou comunicar com a família. Para outros, o blog serve para exorcizar os seus demônios, pedir ajuda, ou vira
galeria de exposição para as criações artísticas ou literárias.... As possibilidades são infinitas e tão diversas quanto as personalidades e as necessidades dos criadores.
E é essa concepção primordial que vai determinar o que o blogueiro vai publicar, mostrar, o que ele vai esperar do público, o que ele vai receber dele, e é o que vai fixar os limites e a ética. Claro que quem concebe o seu blog como lugar de exposição de arte não vai encontrar os mesmos problemas e as mesmas necessidades de pôr limites do que quem mostra a sua vida sem máscara. Claro também que o visitante vai ter que se conformar ao lugar e respeitar as regras da casa : a gente não se comporta da mesma maneira num bar, numa galeria de arte ou na casa de pessoas privadas.
Não vejo meu blog como um espaço interior no qual a gente entra, mas como espaço exterior, público, onde eu saio para expor as minhas criações, idéias, e encontrar outras pessoas : o meu blog não é minha casa mas somente, para retomar uma fórmula à la mode aqui na França, uma espécie de café literário, artístico e filosófico virtual. Não o meu salão nem a minha alma, mas somente um lugar aberto aos quatros ventos para quem quiser entrar
para beber um copo e conversar.
Como nos cafés reais, sirvo vinho, cafés e croissants, falo do sol e da chuva, digo coisas sérias ou não, e, de vez em quando solto algumas confissões ou faço um strip-tease... Entram, e vão entrar, pessoas diferentes, algumas bem comportadas outras não, para falar de arte, literatura e filosofia, ou somente para tomar uma bebida e ouvir as outras conversar e debater. Como nos cafés da vida, vai haver pessoas pacientes, outras não, vai haver loucos e bêbedos, gente brutal que grita e outra sossegada que cochicha num recanto, homens velhos e tranqüilos aproveitando o lugar para tomar o cafezinho da manhã e ler o jornal, e donas elegantes tomando o chá das cinco. Espero também ver slammers, artistas, vendedores de flores... Vai haver quem acha a "dona" legal e quem vai desfazer do mau mau gosto dos seus vestidos ou criticar a sua maquilhagem vistosa... Haverá de tudo, espero... De tudo... até alguns trolls para me deixar acreditar que também vão aparecer elfos !!!"
O blogue Síndrome de Estocolmo abriu um debate sobre a ética dos blogues. A Isabel Ventura chamou-me a atenção para este post e para o debate em curso:
"Café literário, artístico e filosófico Esse debate sobre a ética dos blogs no Síndrome de Estocolmo me levou a refletir sobre o que é o blog, e sobre o que deve ser... Deve haver uma ética, e qual ? Sou boêmia e bastante anarquista, não detesto os episódios de barulho e de desordem - até gosto do imprevisto e das situações descontroladas, e ver tudo entrar em parafuso me diverte muito... A desordem é mais criadora do que a ordem.
Mas, claro, também gosto de ver as pessoas respeitadas neste blog como nos outros, e tenho um nível de tolerância beirando o zero no que respeita aos insultos e à violência que seja física ou psicológica. Gosto de barulho e da desordem, mais gosto muito menos das manifestações de raiva e ódio, e a minha palavra preferida é "respeito".
O blog é coisa pessoal, e cada um tem a sua idéia do que o próprio blog deve ser. Denise definiu o seu blog como um prolongamento virtual da sua casa. Outros, conforme a perspectiva escolhida, vão o ver como lugar de debate, de fantasias sexuais, espaço de trabalho ou de luta política. Pode ser utilizado por alguns para fazer amigos ou comunicar com a família. Para outros, o blog serve para exorcizar os seus demônios, pedir ajuda, ou vira
galeria de exposição para as criações artísticas ou literárias.... As possibilidades são infinitas e tão diversas quanto as personalidades e as necessidades dos criadores.
E é essa concepção primordial que vai determinar o que o blogueiro vai publicar, mostrar, o que ele vai esperar do público, o que ele vai receber dele, e é o que vai fixar os limites e a ética. Claro que quem concebe o seu blog como lugar de exposição de arte não vai encontrar os mesmos problemas e as mesmas necessidades de pôr limites do que quem mostra a sua vida sem máscara. Claro também que o visitante vai ter que se conformar ao lugar e respeitar as regras da casa : a gente não se comporta da mesma maneira num bar, numa galeria de arte ou na casa de pessoas privadas.
Não vejo meu blog como um espaço interior no qual a gente entra, mas como espaço exterior, público, onde eu saio para expor as minhas criações, idéias, e encontrar outras pessoas : o meu blog não é minha casa mas somente, para retomar uma fórmula à la mode aqui na França, uma espécie de café literário, artístico e filosófico virtual. Não o meu salão nem a minha alma, mas somente um lugar aberto aos quatros ventos para quem quiser entrar
para beber um copo e conversar.
Como nos cafés reais, sirvo vinho, cafés e croissants, falo do sol e da chuva, digo coisas sérias ou não, e, de vez em quando solto algumas confissões ou faço um strip-tease... Entram, e vão entrar, pessoas diferentes, algumas bem comportadas outras não, para falar de arte, literatura e filosofia, ou somente para tomar uma bebida e ouvir as outras conversar e debater. Como nos cafés da vida, vai haver pessoas pacientes, outras não, vai haver loucos e bêbedos, gente brutal que grita e outra sossegada que cochicha num recanto, homens velhos e tranqüilos aproveitando o lugar para tomar o cafezinho da manhã e ler o jornal, e donas elegantes tomando o chá das cinco. Espero também ver slammers, artistas, vendedores de flores... Vai haver quem acha a "dona" legal e quem vai desfazer do mau mau gosto dos seus vestidos ou criticar a sua maquilhagem vistosa... Haverá de tudo, espero... De tudo... até alguns trolls para me deixar acreditar que também vão aparecer elfos !!!"