Nutro por PORTUGAL uma admiração, com vontade de vê-lo perto, que, de tanto sonhar, já compus algumas músicas para Ele.
Tuto que vi do teu trabalho é bonito não teria a dizer além disso.
CALMA
Olando o Tejo,
eu vejo mais meu Portugal.
E não me ocorre,
nesse momento, nenhum mal.
O bem maior, são as lembranças,
que com Ele pasam,
e dels lembro,
com um sabor da uva passa.
O que é ser rio e não correr,
o que é ser água e não poder,
matar a sede de quem passa
tão fatigado.
FARDO
São tantas vinhas e fados,
são tantas minhas saudades,
são tantos mares serenos,
são tantos ais, são venenos,
são tantas marcas no corpo,
tantas lembranças de um porto.
Tantos destinos havia,
o céu tantas terras cobria,
são mais os ventos que guiam,
que o meu coração que cativas.
Te vendo eu me alucino,
e talvez seja,
o destino que eu ganhei,
esta parada,
a distância que eu ainda
não gostei,
e a vontade de beijar-te.
SEMENTEIRA
Aos ventos obedeço, reverente
e dou minh'alma leve,
prá que levem,
aos céus, às naus distantes,
à mercê dos anjos,
prá asssim, me condenarem
no que devem.
Às chuvas meu olar entregarei
e aceitarei o tempo bom de fecundar,
meu ventre ardendo, o bem, que há na terra,
e o sangue dos filhos que vou deixar.
com carinho, um português esquecido por estas bandas.
Nutro por PORTUGAL uma admiração, com vontade de vê-lo perto, que, de tanto sonhar, já compus algumas músicas para Ele.
Tuto que vi do teu trabalho é bonito não teria a dizer além disso.
CALMA
Olando o Tejo,
eu vejo mais meu Portugal.
E não me ocorre,
nesse momento, nenhum mal.
O bem maior, são as lembranças,
que com Ele pasam,
e dels lembro,
com um sabor da uva passa.
O que é ser rio e não correr,
o que é ser água e não poder,
matar a sede de quem passa
tão fatigado.
FARDO
São tantas vinhas e fados,
são tantas minhas saudades,
são tantos mares serenos,
são tantos ais, são venenos,
são tantas marcas no corpo,
tantas lembranças de um porto.
Tantos destinos havia,
o céu tantas terras cobria,
são mais os ventos que guiam,
que o meu coração que cativas.
Te vendo eu me alucino,
e talvez seja,
o destino que eu ganhei,
esta parada,
a distância que eu ainda
não gostei,
e a vontade de beijar-te.
SEMENTEIRA
Aos ventos obedeço, reverente
e dou minh'alma leve,
prá que levem,
aos céus, às naus distantes,
à mercê dos anjos,
prá asssim, me condenarem
no que devem.
Às chuvas meu olar entregarei
e aceitarei o tempo bom de fecundar,
meu ventre ardendo, o bem, que há na terra,
e o sangue dos filhos que vou deixar.
com carinho, um português esquecido por estas bandas.