sábado, setembro 20, 2008
IMAGENS DA REALIDADE (?)
O filme
São José Almeida
(..) Noutro plano de dúvidas, será que é normal que as forças de segurança autorizem a realização de directos das suas operações? Será que esta transmissão de directos do crime, para além do voyeurismo e da morbidez da situação, tem algum interesse real para a diminuição da criminalidade ou apenas serve para intimidar a população, por um lado, e, por outro, potenciar uma onda de mimetismo de comportamentos?
Será que noutros países se autorizam directos de intervenções policiais em bairros sociais? Será que é normal a realização de transmissão directa de uma operação de libertação de reféns sequestrados pelos assaltantes de um banco? Será que é normal a polícia tentar matar dois assaltantes em frente às câmaras, tendo um deles morrido mesmo logo ali, em directo? Será que teria havido mortos, se as câmaras não estivessem lá? Já agora, será que a estratégia de ataque teria sido a mesma, se os assaltantes fossem portugueses?
Será normal vermos transformados em assunto principal da realidade do país assaltos a bombas de gasolina, assaltos a caixas Multibanco, perseguições em directo a meliantes, buscas a casas de cidadãos em demanda de ladrões escondidos, com a transformação de buscas da GNR em autênticas operações de caça ao homem? (...)
No Público, hoje
São José Almeida
(..) Noutro plano de dúvidas, será que é normal que as forças de segurança autorizem a realização de directos das suas operações? Será que esta transmissão de directos do crime, para além do voyeurismo e da morbidez da situação, tem algum interesse real para a diminuição da criminalidade ou apenas serve para intimidar a população, por um lado, e, por outro, potenciar uma onda de mimetismo de comportamentos?
Será que noutros países se autorizam directos de intervenções policiais em bairros sociais? Será que é normal a realização de transmissão directa de uma operação de libertação de reféns sequestrados pelos assaltantes de um banco? Será que é normal a polícia tentar matar dois assaltantes em frente às câmaras, tendo um deles morrido mesmo logo ali, em directo? Será que teria havido mortos, se as câmaras não estivessem lá? Já agora, será que a estratégia de ataque teria sido a mesma, se os assaltantes fossem portugueses?
Será normal vermos transformados em assunto principal da realidade do país assaltos a bombas de gasolina, assaltos a caixas Multibanco, perseguições em directo a meliantes, buscas a casas de cidadãos em demanda de ladrões escondidos, com a transformação de buscas da GNR em autênticas operações de caça ao homem? (...)
No Público, hoje