segunda-feira, abril 12, 2004
IMAGENS E RELIGIÂO
Vi ontem o “Arrêt sur Images” . O essencial da discussão foi para o filme de Mel Gibson, A Paixão de Cristo com vários outros pontos de interesse, nomeadamente o Haiti, aproveitando a presença de Regis Debray (que aí fez várias missões).
Fica no ar o profissionalismo da equipa de Arrêt sur Images adequando o grande tema do programa ao dia de Páscoa e mostrando como se preparam peças pertinentes para entrarem na narrativa que um programa de televisão constrói. A presença de Régis Debray deu também um toque de conhecimento e de erudição ao programa, ele que se interessou pela narrativa dos testamentos e pelos discuros das religiões.
Foram muitos os aspectos relevantes na discussão do filme, como, por exemplo, a diferença da representação na pintura (coisa mental) à representação no cinema (que pretende obter o efeito de real) ou a identificação que os receptores podem fazer com as imagens num exemplo de uma pintura de um Cristo com o corpo massacrado pelas doenças da época, pois a obra terá sido feita para um local onde leprosos e outros doentes se deslocavam. No fim ficou o apetite da nova obra de Debray que equipara a arrogância mediática da época moderna com a arrogância de outros tempos, da religião. E o objecto da análise, embora não directamente mencionado, é o Le Monde, que o mediólogo intitulou de jornal oficial dos actores sociais.
Vi ontem o “Arrêt sur Images” . O essencial da discussão foi para o filme de Mel Gibson, A Paixão de Cristo com vários outros pontos de interesse, nomeadamente o Haiti, aproveitando a presença de Regis Debray (que aí fez várias missões).
Fica no ar o profissionalismo da equipa de Arrêt sur Images adequando o grande tema do programa ao dia de Páscoa e mostrando como se preparam peças pertinentes para entrarem na narrativa que um programa de televisão constrói. A presença de Régis Debray deu também um toque de conhecimento e de erudição ao programa, ele que se interessou pela narrativa dos testamentos e pelos discuros das religiões.
Foram muitos os aspectos relevantes na discussão do filme, como, por exemplo, a diferença da representação na pintura (coisa mental) à representação no cinema (que pretende obter o efeito de real) ou a identificação que os receptores podem fazer com as imagens num exemplo de uma pintura de um Cristo com o corpo massacrado pelas doenças da época, pois a obra terá sido feita para um local onde leprosos e outros doentes se deslocavam. No fim ficou o apetite da nova obra de Debray que equipara a arrogância mediática da época moderna com a arrogância de outros tempos, da religião. E o objecto da análise, embora não directamente mencionado, é o Le Monde, que o mediólogo intitulou de jornal oficial dos actores sociais.