domingo, março 28, 2004
GOYA
Na última página do Público de ontem fala-se do livro da Taschen sobre Goya e sobretudo do 3 de Maio de 1808, pintura que retrata o fuzilamento de 400 espanhois pelos invasores franceses. São muitos os casos em que a arte cruza o real. Neste caso o pintor, apesar de não ter assistido aos fusilamentos, consegue exprimir, de forma sublime e assustadora, o que deve ter sido o horror da carnificina. "Olhando para o quadro, contudo, parece que o pintor está imergido na cena." Quase como uma fotografia.
Mas estamos num contexto pré-fotográfico: "É extraordinário o modo como a pintura retira a dimensão de uma credibilidade ou verosimilhança que a fotografia obriga a respeitar, e atira-nos para um outro universo de excepção, que é a crítica do real."
A pintura usou muitos outros acontecimentos reais criando obras de grande valor estético. Basta recordar A Jangada da Medusa, de Géricault ou A Liberdade conduzindo o povo, de Delacroix
Na última página do Público de ontem fala-se do livro da Taschen sobre Goya e sobretudo do 3 de Maio de 1808, pintura que retrata o fuzilamento de 400 espanhois pelos invasores franceses. São muitos os casos em que a arte cruza o real. Neste caso o pintor, apesar de não ter assistido aos fusilamentos, consegue exprimir, de forma sublime e assustadora, o que deve ter sido o horror da carnificina. "Olhando para o quadro, contudo, parece que o pintor está imergido na cena." Quase como uma fotografia.
Mas estamos num contexto pré-fotográfico: "É extraordinário o modo como a pintura retira a dimensão de uma credibilidade ou verosimilhança que a fotografia obriga a respeitar, e atira-nos para um outro universo de excepção, que é a crítica do real."
A pintura usou muitos outros acontecimentos reais criando obras de grande valor estético. Basta recordar A Jangada da Medusa, de Géricault ou A Liberdade conduzindo o povo, de Delacroix