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domingo, abril 18, 2004
IMAGENS Momentos

1 Acabei de ver o “Por outro lado” da 2: , programa da Ana Sousa Dias. Uma gravação da passa 2a feira que só hoje pude ver. A convidada, foi Aldina Duarte, fadista. Mais um momento de televisão excepcional. Uma mulher que se revela, um ser que aparece, que se entrega, esquecendo que está num plateau de televisão. Por mérito de si própria, sem dúvida, e também da entrevistadora, que só fala quando é preciso e para ajudar o o outro a revelar-se. Aldina Duarte aprendeu muita coisa que deixou sair de forma encantadora. Muitas vezes o riso foi contagiante, a simplicidade correu com naturalidade, a complexidade cruzou as palavras muitas vezes. Aldina aprendeu que a vida é feita de momentos, uns bons outros maus. Procurarei também viver mais bons momentos, um deles, certamente, será ver Aldina a transfigurar-se, a esquecer-se do corpo, a transformar-se em voz.


2 Mais umas horas e outro programa que estimo e que sigo desde o seu aparecimento em 1994: Arrêt sur Images , de Daniel Schneidermann. Hoje o programa foi sobre o movimento anti-publicidade que se tem desenvolvido em França com a justificação de apropriação do espaço público pelos cidadãos: os cartazes publicitários não dariam hipótese de escolha invadindo, sem alternativa, o espaço público. Por outro lado esta luta tem uma fundamentação de ataque ao “carburante” da sociedade de consumo, a publicidade. O movimento de protesto consiste em divulgar pela internet uma acção num determinado local e aí retirar (ou encher de grafitis) os cartazes. As acções têm tido uma cobertura benevolente nos media, em especial na televisão. Um jovem militante presente em estúdio informou haver jornalistas que simpatizam com a causa (daí a cobertura benévola..) e que alguns outros (estrangeiros, disse...) o contactaram para montar uma reivindicação num momento em que estejam em França.

Lembro-me que quando cheguei a Paris, tive um grande deslumbramento pela publicidade no corredores e estações de metro. Um mês depois esse deslumbramento tinha desaparecido. Comecei a sentir um cansaço grande do “massacre” visual que a publicidade representa na rotina quotidiana, tornando o olhar prisioneiro de tantas imagens atractivas. Hoje, penso que a publicidade, além do efeito persuasivo ou manipulador, também nos ajuda a compreender qualidades dos produtos, nos alarga as possibilidades de escolha, de decisão. Julgo também, que do ponto de vista da cultura visual, a publicidade enriqueceu os universos sensoriais e estéticos dos cidadãos. E, pelos vistos, está também a desencadear acções de protesto, que uns qualificam de vigilância cidadã, outros de vandalismo. Demos tempo ao tempo, para ver melhor.

3 Para quem ler este texto ainda hoje, domingo, assinalo um terceiro programa de televisão que passará ao fim da tarde na 2:. O Clube de Jornalistas, uma hora de discussão sobre o jornalismo que se faz em Portugal. É bom que à actividade se acrescente reflexão sobre a actividade. É assim em todos os domínios, no jornalismo também será, estou certo.
 
José Carlos Abrantes | 1:07 da tarde |


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