terça-feira, fevereiro 15, 2005
IMAGENS DE CINEMA: Documentários
Iniciou-se ontem um ciclo, Família, odeio-te, de documentários franceses, no Institut Franco-Portugais. O filme em exibição ontem, La Trace Vermillon (A Marca Vermelha) é da autoria de uma jovem, Delphine de Blic e refere-se a uma perda que esta sentiu pois a sua mãe, quando criança, partiu para a Índia para fazer trabalho humanitário. A mãe ia e vinha, mas diz Delphine, "as partidas constantes deixavam-me vazia...Nunca me lembrava dos regressos." O irmão, que também depõe no filme, não questiona praticamente essa escolha da mãe. Interroguei a realizadora que na sessão se referiu várias vezes ao amor que a mãe lhe tem e teve, mas que, no filme, em minha opinião, não deixa transparecer essa afectividade, revelando antes grande oposição e conflito à decisão da mãe e à sua personalidade. Se uns concordaram comigo, outros, como Isabel Ruth, acharam o contrário.
Talvez não possa esquecer os regressos....
O filme foi discutido com a presença de Serge Treffaut, também autor de um filme, Fleurette, sobre sua mãe que será exibido a 7 de Março, às 21h. E o ciclo encerrará com História de um segredo, de Marian Otero, que já passou nas salas portuguesas (14 de Março).
Iniciou-se ontem um ciclo, Família, odeio-te, de documentários franceses, no Institut Franco-Portugais. O filme em exibição ontem, La Trace Vermillon (A Marca Vermelha) é da autoria de uma jovem, Delphine de Blic e refere-se a uma perda que esta sentiu pois a sua mãe, quando criança, partiu para a Índia para fazer trabalho humanitário. A mãe ia e vinha, mas diz Delphine, "as partidas constantes deixavam-me vazia...Nunca me lembrava dos regressos." O irmão, que também depõe no filme, não questiona praticamente essa escolha da mãe. Interroguei a realizadora que na sessão se referiu várias vezes ao amor que a mãe lhe tem e teve, mas que, no filme, em minha opinião, não deixa transparecer essa afectividade, revelando antes grande oposição e conflito à decisão da mãe e à sua personalidade. Se uns concordaram comigo, outros, como Isabel Ruth, acharam o contrário.
Talvez não possa esquecer os regressos....
O filme foi discutido com a presença de Serge Treffaut, também autor de um filme, Fleurette, sobre sua mãe que será exibido a 7 de Março, às 21h. E o ciclo encerrará com História de um segredo, de Marian Otero, que já passou nas salas portuguesas (14 de Março).