quinta-feira, abril 07, 2005
DA SEMIOLOGIA ÀS RELAÇÔES COM AS IMAGENS
As imagens também são objecto de análise. Dá sempre gosto ler o que pessoas especialmente qualificadas encontram nas imagens, na sua análise. Duvida? Leia por exemplo a crónica de ontem de Miguel Gaspar, no DN, sobre a série Columbo , agora a cores, na RTP. Ou a análise de Bernard Géniès, na Visão de hoje, 5a feira, sobre a Gioconda.
É com prazer que se lêem tais textos. Mas não devem retirar-nos (em geral acrescentam...) a capacidade de reflectirmos sobre a relação de cada um de nós com tais imagens. Que ligação temos a elas? Que sabemos delas? Trazem-nos alguma informação? Desencadeiam algum sentimento ou pensamento? Algo na nossa vida se liga a elas? Somos mais como Columbo ou como os outros personagens da série de televisão? Iríamos ao Louvre só para ver a Mona Lisa, agora no novo contexto? Como transportamos essas imagens, em nós? Afinal, um sem fim de questões. Que nos conduzem a uma reflexão sobre a alteridade, pois a imagem é outro mundo, o mundo da ilusão, mesmo realista. E da realidade dessa ficção que nos envolve as vidas. Alteridade que é mais reconhecível nas imagens de nós mesmos como reconhece Agustina Bessa Luís: “Lido mal com a minha imagem.” São muitos os que assim sentem na descoberta de outra coisa que é diferente de si mesmo: a imagem de si.
As imagens também são objecto de análise. Dá sempre gosto ler o que pessoas especialmente qualificadas encontram nas imagens, na sua análise. Duvida? Leia por exemplo a crónica de ontem de Miguel Gaspar, no DN, sobre a série Columbo , agora a cores, na RTP. Ou a análise de Bernard Géniès, na Visão de hoje, 5a feira, sobre a Gioconda.
É com prazer que se lêem tais textos. Mas não devem retirar-nos (em geral acrescentam...) a capacidade de reflectirmos sobre a relação de cada um de nós com tais imagens. Que ligação temos a elas? Que sabemos delas? Trazem-nos alguma informação? Desencadeiam algum sentimento ou pensamento? Algo na nossa vida se liga a elas? Somos mais como Columbo ou como os outros personagens da série de televisão? Iríamos ao Louvre só para ver a Mona Lisa, agora no novo contexto? Como transportamos essas imagens, em nós? Afinal, um sem fim de questões. Que nos conduzem a uma reflexão sobre a alteridade, pois a imagem é outro mundo, o mundo da ilusão, mesmo realista. E da realidade dessa ficção que nos envolve as vidas. Alteridade que é mais reconhecível nas imagens de nós mesmos como reconhece Agustina Bessa Luís: “Lido mal com a minha imagem.” São muitos os que assim sentem na descoberta de outra coisa que é diferente de si mesmo: a imagem de si.