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segunda-feira, junho 20, 2005
ALENTEJO

DOCUMENTÁRIO
Fui ao Doc´s Kingdom, em Serpa, pela primeira vez. Para além do calor sufocante, da surpresa de um Cine Teatro bem equipado e de dimensões que não imaginava, valeu o prazer das imagens, dos reencontros e dos novos conhecimentos. Do que vi destaco El Cielo Gira, de Mercedes Alvarez.

O filme de encerramento O Nosso Caso Livro II: A Terra Prometida de Regina Guimarães e Saguenail deixaram-me algumas interrogações que não pude colocar. Por razões profissionais tive que ir, na hora do debate final, trabalhar para o simpático Espaço Internet. Este é um serviço que a Câmara de Serpa tem à disposição de quem queira navegar na web, mas que, ao domingo, apenas abre às 13h (devia abrir mais cedo...).

Se o filme tivesse sido exibido no meio do seminário talvez as questões que me coloquei não fossem pertinentes. Mas, no encerramento do Reino dos Documentários, pareceu-me desadequado. Não me parece que a obra vista seja um documentário, o que, para o encerramento de um seminário de documentaristas me parece uma escolha nada óbvia, ao contrário do que afirmou José Manuel Costa. Sei que os tempos são favoráveis a considerar que todo o cinema é ficção ( o que tem o seu lado certo), que as misturas dos géneros levam a uma impossibilidade de fazer distinções definitivas e radicais sobre o que é o documentário e o que é a ficção. Mas, enquanto houver associações de cineastas de ficção e associações de cineastas documentaristas, enquanto houver financiamentos no ICAM, uns para o documentário, outros para a ficção, enquanto houver pessoas que sejam contadores de histórias ficcionadas e outros que preferiam contar histórias do “real”, convém manter alguma destrinça teórica e prática entre o que são as imagens ficcionais e as imagens documentais, por mais difícil que esta seja e por mais zonas de penumbra que esta destrinça não faça, felizmente, desaparecer. Na minha modesta opinião o trabalho de Regina e Saguenail é uma interpretação sobre como, neste caso, o elemento paisagem tem sido tratado na ficção de alguns cineastas portugueses. Ora o documentarista não interroga prioritariamente imagens ( apessar de estas ganharem uma dimensão real pela sua materialidade). Interroga sim a realidade social (podendo usar imagens com esse intuito). E o facto de haver alguns depoimentos de cineastas não retira que a interrogação fundamental seja centrada nos modos de representação ficcional e não na vida social concreta. Teria preferido, neste encerramento, uma outra obra dos mesmos autores sobre Trás-os- Montes que vi na Abril em Maio há algum tempo. Desse tenho recordação de um registo documental.

Aliás há um outro elemento que não me agradou: em tempos abandonei um projecto sobre O Tempo no Cinema por dois motivos: 1) não conseguir acesso aos “masters” das obras para dar qualidade ao trabalho e 2) não ter conseguido resolver satisfatoriamente o problema dos direitos de autor. E tratava-se de um projecto com finalidades educativas tendo tido mesmo pareceres de juristas que consideravam legítimo, para estes fins, a reprodução. Não me pareceu bem que um projecto desta envergadura tenha saltado estes dois condicionalismos. E, assim sendo, foi mais uma razão para não ter considerado nada obvia a escolha deste trabalho para o encerramento.

Voltarei ao documentário e à sua problematização.

Ver aqui várias definições de documentário.
 
José Carlos Abrantes | 12:16 da tarde |


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