quarta-feira, março 08, 2006
IMAGENS DE JORNALISMO
Hoje, Vicente Jorge Silva, escreve sobre o filme Boa Noite, e Boa Sorte que estreou recentemente. Sem esquecer o enquadramento político dos filmes, recorre à sua bagagem cinematográfica:
"Em Boa Noite, e Boa Sorte, George Clooney reconstitui, num contrastado preto e branco de film noir e com uma precisão maníaca de detalhes, a atmosfera da América "mccarthista" dos anos 50, quase sem sair do espaço fechado e claustrofóbico de um estúdio de televisão. Mas esse olhar clínico e quase "documental" (gerindo sagazmente a ambiguidade entre o "documental" e o "ficcional", sobretudo nas cenas em que aparece McCarthy como se fosse um actor do filme), em vez de nos afastar cinco décadas para trás, aproxima-nos da actualidade. Quanto mais rigorosa é a observação desse tempo datado, mais fortemente somos projectados, com uma eficácia fulgurante, para o tempo em que vivemos, para a América de George W. Bush, do Patriot Act e de Guantánamo."
Hoje, Vicente Jorge Silva, escreve sobre o filme Boa Noite, e Boa Sorte que estreou recentemente. Sem esquecer o enquadramento político dos filmes, recorre à sua bagagem cinematográfica:
"Em Boa Noite, e Boa Sorte, George Clooney reconstitui, num contrastado preto e branco de film noir e com uma precisão maníaca de detalhes, a atmosfera da América "mccarthista" dos anos 50, quase sem sair do espaço fechado e claustrofóbico de um estúdio de televisão. Mas esse olhar clínico e quase "documental" (gerindo sagazmente a ambiguidade entre o "documental" e o "ficcional", sobretudo nas cenas em que aparece McCarthy como se fosse um actor do filme), em vez de nos afastar cinco décadas para trás, aproxima-nos da actualidade. Quanto mais rigorosa é a observação desse tempo datado, mais fortemente somos projectados, com uma eficácia fulgurante, para o tempo em que vivemos, para a América de George W. Bush, do Patriot Act e de Guantánamo."