terça-feira, março 07, 2006
UM DOUTORAMENTO E AS IMAGENS EM ARQUIVO
Na passada sexta-feira, Estrela Serrano doutorou-se no ISCTE. Pode aqui ver relato feito pelo DN. Parabéns à Estrela Serrano, minha antecessora no DN e colega no CIMJ.
Na defesa da tese Estrela Serrano aludiu ao facto de as peças que utilizou para a sua investigação terem sido COMPRADAS à RTP pela Escola Superior de Comunicação Social. Manuel Pinto referiu-se também ao problema do acesso aos arquivos das televisões pelos investigadores, um problema antigo e que os sucessivos governos não têm encarado bem. Fui recuperar o texto SEM MEMÓRIA
que publiquei em 2 de Novembro de 2003, no Público. Eis o seu início:
“ E se não houvesse uma Biblioteca Nacional para construir a memória escrita de um país? E se não houvesse uma hemeroteca para conservar a memória da imprensa? E se não houvessem arquivos históricos como o da Torre do Tombo?Pois bem, em termos de imagem de televisão estamos sem arquivo público. É costume sustentar que temos o arquivo da RTP que seria um arquivo público. Não é assim. O arquivo da RTP será público mas na prática servirá para os profissionais da RTP, para profissionais de televisão que necessitam de imagens, para públicos restritos que sabem mover-se nos meios televisivos. O problema é outro. Trata-se de ter em atenção
1º todas as televisões e não apenas a RTP.
2º a acessibilidade a todos os cidadãos e não apenas aos profissionais.”
Na passada sexta-feira, Estrela Serrano doutorou-se no ISCTE. Pode aqui ver relato feito pelo DN. Parabéns à Estrela Serrano, minha antecessora no DN e colega no CIMJ.
Na defesa da tese Estrela Serrano aludiu ao facto de as peças que utilizou para a sua investigação terem sido COMPRADAS à RTP pela Escola Superior de Comunicação Social. Manuel Pinto referiu-se também ao problema do acesso aos arquivos das televisões pelos investigadores, um problema antigo e que os sucessivos governos não têm encarado bem. Fui recuperar o texto SEM MEMÓRIA
que publiquei em 2 de Novembro de 2003, no Público. Eis o seu início:
“ E se não houvesse uma Biblioteca Nacional para construir a memória escrita de um país? E se não houvesse uma hemeroteca para conservar a memória da imprensa? E se não houvessem arquivos históricos como o da Torre do Tombo?Pois bem, em termos de imagem de televisão estamos sem arquivo público. É costume sustentar que temos o arquivo da RTP que seria um arquivo público. Não é assim. O arquivo da RTP será público mas na prática servirá para os profissionais da RTP, para profissionais de televisão que necessitam de imagens, para públicos restritos que sabem mover-se nos meios televisivos. O problema é outro. Trata-se de ter em atenção
1º todas as televisões e não apenas a RTP.
2º a acessibilidade a todos os cidadãos e não apenas aos profissionais.”