sábado, novembro 18, 2006
FALAR DE IMAGENS Direito à Imagem
Hoje, sábado, o Público, na secção Media, faz um relato do Debate na Almedina
Acrescento mais algumas palavras de Fancisco Teixeira da Mota. Os enquadramentos não são famosos, mas o que conta são mesmo as palavras sobre as imagens.
"O direito à imagem ou "a boa e a má" fotografia
Ana Machado
Um jornalista, um advogado e um fotojornalista discutiram até onde pode ir a objectiva da máquina fotográfica
Da fotografia de rua ao jornalismo de cidadãos, passando pelo fenómeno paparazzi, são muitas as hipóteses que a captação de imagem tem para pôr à prova o direito à imagem de cada indivíduo. Um jornalista, um advogado e um fotojornalista juntaram-se na quinta-feira em Lisboa, a convite da livraria Almedina, para debater, no âmbito do Ciclo Falar de Imagens, onde fica a lei e até onde pode ir a lente da máquina.
Philip-Lorca diCorcia, célebre fotógrafo de rua, decidiu, em 1999, instalar um tripé e uma máquina fotográfica em plena Times Square, em Nova Iorque e, seguindo a velha tradição da fotografia de rua, à boa maneira de expoentes máximos como Henri Cartier-Bresson, tirou uma série de retratos de anónimos que por ali passavam. O trabalho durou dois anos e terminou numa exposição muito apreciada. O estado de graça da mostra durou pelo menos até Erno Nussenzweig, judeu ortodoxo, ter apanhado o catálogo, por acaso, e ter descoberto que tinha sido um dos anónimos apanhados pelos instantâneos de diCorcia. Chamou o advogado e exigiu não só que retirassem a sua fotografia do catálogo, como exigiu dois milhões de dólares de indemnização compensatória."(...)
Acrescento mais algumas palavras de Fancisco Teixeira da Mota. Os enquadramentos não são famosos, mas o que conta são mesmo as palavras sobre as imagens.