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sábado, abril 28, 2007
HUMOR E IMAGENS (2)
"A sátira é melhor que a homenagem"
 
José Carlos Abrantes | 7:27 da manhã | 0 comments
sexta-feira, abril 27, 2007
HUMOR E IMAGENS


No Instituto de Ciências Sociais decorreram os Encontros e de Desencontros: Arte, Media e Comunicação.

O tema proposto foi O Humor, os Media e o País, tendo como convidados Ricardo Araújo Pereira e Miguel Góis e moderação de José Luís Garcia.

A sessão foi animadissima. O Ricardo e o Miguel mostraram que o humor é uma actividade que nada precisa de pedir emprestado a ouras actividades. Nem precisa também da muleta do inteligente ou do quakificativo do social. Fazer humor é já de si uma actividade complexa. Contentemo-nos que eles continuem a fazer humor. Se nos fizer rir, já é bem feito.
 
José Carlos Abrantes | 11:04 da tarde | 0 comments
A FILHA REBELDE

A peça A Filha Rebelde retrata a vida da filha de Silva Pais que, em Cuba, aderiu à revolução cubana, então no seu início. A peça é feita a partir do livro de José Pedro Castanheira e Valdemar Cruz e está no Teatro Nacional D. Maria II. Se lá fôr percebe que o teatro está vivo, não é arte dos tempos idos.
 
José Carlos Abrantes | 9:35 da tarde | 0 comments
terça-feira, abril 24, 2007
ARTE, MEDIA E COMUNICAÇÃO
Na próxima 5ª-feira, dia 26, pelas 18:00, no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (auditório Sedas Nunes), decorrerá Encontros e de Desencontros: Arte, Media e Comunicação.

O tema proposto é O Humor, os Media e o País, tendo como convidados Ricardo Araújo Pereira e Miguel Góis e moderação de José Luís Garcia.

O Instituto de Ciências Sociais fica na Av. Prof. Aníbal de Bettencourt, nº 9, em Lisboa.

IN Indústrias Culturais, Rogério Santos em 4/24/2007 09:50:00 AM
 
José Carlos Abrantes | 5:13 da tarde | 0 comments
domingo, abril 22, 2007
FALAR DE BLOGUES NA EDUCAÇÃO
Célia Quico, do projecto Escolas do Futuro, PT:
 
José Carlos Abrantes | 12:19 da manhã | 0 comments
sábado, abril 21, 2007
FALAR DE BLOGUES NA EDUCAÇÃO
Mais um excerto da intervenção de Isabel Soares.
 
José Carlos Abrantes | 8:52 da tarde | 0 comments
sexta-feira, abril 20, 2007
FALAR DE BLOGUES NA EDUCAÇÃO
Ontem relizou-se o Falar de Blogues na Educação. Foi uma sessão magnífica, muito diversa.
Começou a Isabel Lopes, do Centro de Educação Infantil de Vila Franca de Xira.
 
José Carlos Abrantes | 11:14 da manhã | 0 comments
quinta-feira, abril 19, 2007
HOJE....FALAR DE BLOGUES NA EDUCAÇÃO (8)
Dia 19 de Abril, 5a feira, 19h
Na Livraria Almedina Atrium Saldanha, Loja 71, 2º piso, Lisboa

GEOGRAFISMOS,
Luís Palma/ Escola Secundária Severim de Faria, Évora

INQUIETAÇÕES PEDAGAGÓGICAS,
Ana Maria Bettencourt, Escola Superior de Educação de Setúbal
Armadina Soares, Agrupamento de escolas de Vialonga/EB2,3 de Vialonga

PT – Escolas do futuro
Célia Quico

TAÇBEI,
Isabel Lopes e Carla Feitor/ Centro de Educação Infantil de Vila Franca de Xira

José Carlos Abrantes, moderador

Um dos sectores onde os blogues podem ser muito úteis e influentes é o da educação. Alunos, professores, pais, investigadores e técnicos têm à disposição um utensílio de influência e de expressão. A expressão é uma das traves mestras da formação na escola.

Organização: José Carlos Abrantes e Livraria Almedina



Ana Maria Bettencourt
É professora na Escola Superior de Educação de Setúbal, profissão que tem partilhado com a dedicação à vida cívica e política -foi deputada. e assessora da casa civil do Presidente Jorge Sampaio para os assuntos da educação.
É membro do grupo e do blog Inquietações Pedagógicas.


Célia Quico
Consultora na área de Conteúdos nas iniciativas "Escola do Futuro PT" e "PT Escolas" da Portugal Telecom e gestora de projectos de Televisão Digital Interactiva e Multimédia na TV Cabo/ PT Multimédia. Doutoranda em Ciências da Comunicação (Universidade Nova de Lisboa - FCSH), especialidade Audiovisual e Multimédia. Docente e investigadora na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

Isabel Lopes
Educadora de Infância licenciada pela Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulriche a exercer funções desde 1991 no Centro de Bem Estar Infantil de Vila Franca de Xira. Coordenadora Pedagógica desta Instituição desde 2001.

Carla Feitor
Auxiliar de Acção Educativa no Centro de Bem Estar Infantil desde 1995, nas valências de Creche e Jardim de Infância. Monitora do Espaço Internet desde 2004.

Luís Palma de Jesus
Professor de Geografia. Autor do blogue Geografismos

************************
Material de apoio

Blogues e Wikis na Escola
José Carlos Abrantes

Trata-se do texto da comunicação ao 3º Encontro de Weblogs, realizado no Porto, a 13 e 14 de Outubro de 2006.

1. Resumo
Será que os blogues serão um auxiliar eficaz para que a escola aproprie a internet com os alunos? Tento responder a esta questão utilizando alguns dados empíricos e também propondo uma reflexão mais explicativa das potencialidades pedagógicas dos blogues e dos wikis. Esta comunicação procura contribuir para o conhecimento de esforços em curso e para uma sistematização reflexiva sobre as oportunidades e riscos associadas a esta nova situação.

Texto integral e mais informações no "site"
.




 
José Carlos Abrantes | 11:21 da manhã | 0 comments
Jean D'Ormesson
Os que seguiram Pivot, viram Jean D'Ormesson váris vezes ao longo dos anos. No Franco-Português foi um prazer, um contentamento, uma volúpia. Um homem de direita com algumas convicções profundas de esquerda.

 
José Carlos Abrantes | 12:28 da manhã | 0 comments
quarta-feira, abril 18, 2007
FALAR DE BLOGUES NA EDUCAÇÃO
É PR'AMANHÃ, como diria o Variações

AMANHÃ....FALAR DE BLOGUES NA EDUCAÇÃO (8)
Dia 19 de Abril, 5a feira, 19h

GEOGRAFISMOS,
Luís Palma/ Escola Secundária Severim de Faria, Évora

INQUIETAÇÕES PEDAGAGÓGICAS,
Ana Maria Bettencourt, Escola Superior de Educação de Setúbal
Armadina Soares, Agrupamento de escolas de Vialonga/EB2,3 de Vialonga

PT – Escolas do futuro
Célia Quico

TAÇBEI,
Isabel Lopes e Carla Feitor/ Centro de Educação Infantil de Vila Franca de Xira

José Carlos Abrantes, moderador

Um dos sectores onde os blogues podem ser muito úteis e influentes é o da educação. Alunos, professores, pais, investigadores e técnicos têm à disposição um utensílio de influência e de expressão. A expressão é uma das traves mestras da formação na escola.

Organização: José Carlos Abrantes e Livraria Almedina
Na Livraria Almedina Atrium Saldanha, Loja 71, 2º piso, Lisboa


Ana Maria Bettencourt
É professora na Escola Superior de Educação de Setúbal, profissão que tem partilhado com a dedicação à vida cívica e política -foi deputada. e assessora da casa civil do Presidente Jorge Sampaio para os assuntos da educação.
É membro do grupo e do blog Inquietações Pedagógicas.


Célia Quico
Consultora na área de Conteúdos nas iniciativas "Escola do Futuro PT" e "PT Escolas" da Portugal Telecom e gestora de projectos de Televisão Digital Interactiva e Multimédia na TV Cabo/ PT Multimédia. Doutoranda em Ciências da Comunicação (Universidade Nova de Lisboa - FCSH), especialidade Audiovisual e Multimédia. Docente e investigadora na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

Isabel Lopes
Educadora de Infância licenciada pela Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulriche a exercer funções desde 1991 no Centro de Bem Estar Infantil de Vila Franca de Xira. Coordenadora Pedagógica desta Instituição desde 2001.

Carla Feitor
Auxiliar de Acção Educativa no Centro de Bem Estar Infantil desde 1995, nas valências de Creche e Jardim de Infância. Monitora do Espaço Internet desde 2004.

Luís Palma de Jesus
Professor de Geografia. Autor do blogue Geografismos

************************
Material de apoio

Blogues e Wikis na Escola
José Carlos Abrantes

Trata-se do texto da comunicação ao 3º Encontro de Weblogs, realizado no Porto, a 13 e 14 de Outubro de 2006.

1. Resumo
Será que os blogues serão um auxiliar eficaz para que a escola aproprie a internet com os alunos? Tento responder a esta questão utilizando alguns dados empíricos e também propondo uma reflexão mais explicativa das potencialidades pedagógicas dos blogues e dos wikis. Esta comunicação procura contribuir para o conhecimento de esforços em curso e para uma sistematização reflexiva sobre as oportunidades e riscos associadas a esta nova situação.

Texto integral e mais informações no "site"
.




 
José Carlos Abrantes | 11:29 da manhã | 0 comments
domingo, abril 15, 2007
ESCONDIDA EM TI...

..assim diz Marina Tsetaeva nas cartas que trocou com os poetas Rainer Maria Rike e Boris Pasternak. Correspondência a três é encenado e, também interpretado, por Inês de Medeiros. Apreciei esta primeira incursão de In~es de Medeiros pela encenação e não fiquei indiferente às interpretações de todos. Cláudio da Silva e Amândio Pinheiro deram corpo aos dois poetas. Hoje foi a última representação no CCB.
 
José Carlos Abrantes | 8:13 da tarde | 0 comments
sexta-feira, abril 13, 2007
OS POEMAS TAMBÉM SÃO IMAGENS
ENIGMA

Numa casa velha, um ruído de nada
enche o quarto de sombras, mesmo quando
a casa está à escuras. Empurra-se a porta,
à procura de qualquer coisa, e as madeiras
velhas, a pintura desfeita com os anos,
os buracos por tapar, só dizem o silêncio.

Resta, a quem quer saber de onde vêm
os ruídos que enchem o nada de uma casa
velha, sentar-se num banco esquecido, olhar
para o tecto, e esperar que os minutos passem,
como se fossem horas. Por vezes, pode ser
que o vento sopre através de uma telha,
fazendo ouvir o ruído do céu; de outras
vezes, um movimento atrai o olhar: e
uma osga desaparece num canto, como
se já não precisasse de ninguém.

E quando se sai da casa velha, sem
saber de onde vem o ruído de nada, o
que se leva na cabeça é o ruído de nada,
que vem de dentro da própria cabeça, como
se uma casa velha se alimentasse dos ruídos
que cada um leva consigo, quando entra num
quarto vazio, e se senta num banco esquecido,
à espera de saber de onde vem o ruído
desse nada que cada um leva consigo,
ao entrar sozinho numa casa abandonada.

Nuno Júdice

PS O Nuno Júdice disponibilizou o poema que leu ontem.
 
José Carlos Abrantes | 12:56 da manhã | 0 comments
quinta-feira, abril 12, 2007
OS POEMAS TAMBÉM SÃO IMAGENS
Nuno Júdice leu este poema inédito, no Vá.Vá.Diando, de ontem. Não está completo, mas quase...

 
José Carlos Abrantes | 11:21 da tarde | 0 comments
quarta-feira, abril 11, 2007
As imagens são decisivas
José Carlos Abrantes
provedor@dn.pt

Uma fotografia de Spencer Platt foi notícia várias vezes nos últimos tempos: num carro descapotável, um grupo de jovens passeia num bairro de Beirute. Um dos jovens parece estar a fazer fotos num cenário de devastação, pois o local havia sido bombardeado minutos antes pela aviação israelita. Trata-se de uma imagem que arrebatou o prémio da World Press Photo, uma prestigiada distinção para os fotojornalistas. Mas a razão que levou os jornais a utilizarem-na novamente foi outra: a imagem, afinal, tinha um sentido muito diferente do que lhe fora atribuído.

"O descapotável desliza na paisagem surreal e fumegante, as mulheres têm aspecto de top model e o motorista parece sair de um anúncio de Hugo Boss. Turistas ricos a verem a desgraça alheia, metáfora do mundo contemporâneo?

Mas, segundo conta o Financial Times, a revista libanesa L'Agenda Culturel decidiu investigar quem eram as personagens desta fotografia e descobriu-as. E a narrativa que lemos na imagem cai por terra.

Era domingo. O condutor e duas das mulheres são irmãos, chamam-se Maroun e vivem numa rua próxima. Outra mulher é vizinha. Segundo explicaram à revista cultural, não estavam a fazer 'turismo de guerra' , como sugere a imagem, mas apenas a ver os estragos, para avisarem os parentes. As personagens dizem que a viatura foi fotografada de forma a parecer mais luxuosa. Trata-se de um mini-Cooper, que o condutor pediu emprestado à namorada para, acompanhado pelas irmãs, constatar se havia estragos na sua casa. As testemunhas afirmam ser de classe média."

Este texto do jornalista do DN Luís Naves explica como a atribuição de um sentido definitivo a uma imagem é uma tarefa muito delicada e, quase sempre, vazia de sentido. Por natureza, as imagens são, segundo quem as lê, coisas diferentes. A peça de Luís Naves tem também um detalhe muito importante na versão da Rede: tem autoria repartida entre o jornalista e o autor da imagem, Spcencer Platt, prática que deveria ser obrigatória e, infelizmente, não é. Esta foi uma das fotografias de relevo nestas últimas semanas.

Na imprensa escrita, o papel da imagem é decisivo. Não só as imagens são numerosas como também são escolhidas a dedo, (quase...) sempre, de formas profissional e muito cuidadosa. Mesmo que não tenha legenda, o que é raro, uma imagem de imprensa nunca vem "pura". Ela tem um enquadramento, ocupa uma determinada posição face ao texto, é mais ou menos destacada dentro da página em que a colocam. Hoje, as edições em linha permitem publicar fotografias e vídeos outrora impossíveis de utilizar pelos jornais.

A edição das imagens tem uma longa tradição que passa pela montagem de cinema, pela fotografia como disciplina artística e jornalística, pela aplicação das técnicas digitais. Dificilmente nos lembramos que o cinema, nos inícios do século XX, alterou as relações entre as imagens, e entre as imagens e o texto escrito. Mais tarde, nos anos 20, começou a ver-se como os sons (palavras, ruídos e música) alteram o sentido de uma imagem. Mais tarde os investigadores e pessoas do terreno começaram a perceber que o sentido não está apenas nas imagens. De facto, as leituras que o público faz são decisivas. Não podemos por isso dizer em absoluto: esta imagem significa isto.

Na imprensa, esta dimensão é particularmente importante. Podemos ilustrá-lo com exemplos recentes do Diário de Notícias. Uma fotografia de praia ilustra, assim, uma notícia sobre o Plano Estratégico de Turismo (DN, 5 de Abril). Uma imagem de um glóbulo de sangue acompanha o artigo "A globalização ajuda a propagar doenças" (4 de Abril). São dois exemplos em que a imagem e o texto escrito funcionam em conjunto, como é regra na imprensa. As imagens, de sentidos múltiplos, tornam-se mais precisas pelo texto da notícia ou pela simples legenda. Quando David Luiz, Shakira, o cardeal Saraiva Martins, Sócrates aparecem, é a imagem que adquire a primazia na leitura (todos na primeira página do DN de 5 de Abril). Estas quatro personalidades "cabem" nas dimensões do jornal (30 cm x 39 cm), que acolhe ainda uma imagem do TGV, batendo o recorde de velocidade sobre carris. Como pretender que as imagens são como a realidade, quando a realidade não cabe nessas dimensões? Conta-se que Picasso, interrogado por quem lhe contestava "deformações", terá pedido, ao contestatário, a fotografia da mulher. "Não sabia que a sua mulher é tão pequena!", terá dito face à fotografia, tipo passe. Isto apesar da aura "realista" que as fotografias de identificação possuem.

As imagens sugerem-nos as coisas que representam. Porém, o seu significado resulta de uma negociação: uma parte das imagens é feita pela pessoa que olha as imagens, pelas suas representações, pela sua cultura, pelos seus preconceitos. Por isso devemos ser prudentes quando pensamos que uma imagem tem um significado universal. Aliás, muitas vezes, na leitura das imagens a norma... são os desvios.

Bloco de notas

A página do provedor

O fim próximo do meu mandato exige um tipo diferente de crónicas. Está-se a encerrar um período. E se, por um lado, admito um certo sentimento de alívio, pela finalização de um mandato difícil, sobretudo pela instabilidade das equipas de direcção (três anos, 4 directores e 3 directores interinos), por outro, torna-se mais presente a sensação de privilégio que tenho tido por ter exercido a função de provedor de leitores no DN.

Nas crónicas que escrevi nestes três anos houve sempre imagens. Algumas foram memoráveis. Dou o exemplo da crónica de 24 de Maio de 2004, intitulada “Imagens falsas, leitores atentos”. Relatava um caso ocorrido no jornal inglês Daily Mirror pois o DN, durante o meu mandato, fez jus ao estatuto de jornal de referência e, felizmente, não veiculou nem imagens falsas nem plágios. Essa crónica foi ilustrada pelo Francisco Lança e pela Joana Imaginário, como todas as outras e dava uma forma visual particularmente feliz às ideias da crónica. Mas também houve ilustrações menos felizes. Algumas vezes os temas tratados não eram reflectidos nas imagens. Houve mesmo tensões entre alguns textos escritos pelo provedor e as imagens publicadas, por razões que não pude apurar (Março e Abril de 2005, por exemplo). Os problemas foram sobretudo de falta de adequação das imagens ao texto, mais do que da qualidade dos ilustradores, que sempre apreciei. Isto quer dizer que o sistema actual de ilustração deveria ser revisto para o novo provedor. De facto, não faz sentido que o provedor escreva um texto, cujo conteúdo decide da primeira à última vírgula (com a sempre apreciada intervenção do fecho, nomeadamente a de Joaquim Camacho), mas não tenha qualquer palavra a dar sobre a imagem que ocupa uma grande parte da página. De facto, a imagem é-me dada a conhecer apenas no dia da publicação. Entrar em acordo sobre uma imagem é certamente mais difícil do que publicar um texto sem mudar uma vírgula. Mas, apesar de ser um assunto difícil, há soluções simples que podem dar maior qualidade à pagina e maiores benefícios para o leitor. Entre elas, estão o recurso a fotografias ou fac-similes, por vezes a solução mais natural e eficaz, a articulação com os ilustradores para alguns trabalhos que fiquem em carteira, criar um dicionário de termos - pois as ilustrações têm muitas vezes palavras importantes - que possam reflectir o trabalho de provedor.

Escreva

Escreva sobre a informação do DN para provedor@dn.pt: “A principal missão do provedor dos leitores consiste em atender as reclamações, dúvidas e sugestões dos leitores e em proceder à análise regular do jornal, formulando críticas e recomendações. O provedor exercerá, simultaneamente, de uma forma genérica, a crítica do funcionamento e do discurso dos media.” Do Estatuto do Provedor dos Leitores do DN

No DN de 10/04
 
José Carlos Abrantes | 8:07 da manhã | 1 comments
quinta-feira, abril 05, 2007
PÚBLICOS E AUDIÊNCIAS
Eis um post de Rogério Santos, do Indústrias Culturais

"1.4.07
PÚBLICOS E AUDIÊNCIAS

Na altura do seu lançamento (Novembro último), fiz alusão ao livro organizado por José Carlos Abrantes e Daniel Dayan, Televisão: das audiências aos públicos, ideia germinada após o colóquio realizado pelo CIMJ (Centro de Investigação Media e Jornalismo), em 2000, na Fundação Calouste Gulbenkian. José Carlos Abrantes desafiou Daniel Dayan a criar uma tipologia de públicos e promoveu um curso no mosteiro da Arrábida em 2001. Na Gulbenkian, Dayan falara de públicos de televisão. Na Arrábida, Dayan falou de quase-públicos e outro investigador francês vindo da área das imagens do cinema (Jean-Pierre Esquenazi) expressou a perspectiva de não-públicos. No curso da Arrábida estiveram outros investigadores de nomeada internacional, como Todd Gitlin, John Fiske e Dominique Mehl.

Esta incursão de autores, em especial os de língua francesa, pela área dos públicos havia de gerar mais fortuna. Não se pode dizer que o colóquio e o curso no nosso país tenham sido determinantes, mas encontram-se textos posteriores que abordam isoladamente a problemática dos públicos. Jean-Pierre Esquenazi publicou em 2003 Sociologie des publics, traduzido para português no ano passado (e que eu fiz uma apresentação na altura). Esquenazi articula o termo público com as várias ciências sociais e diversas correntes culturais e etnográficas e literárias, dando conta da riqueza do vocábulo segundo contextos sociais e culturais distintos.

Já em 2005, em inglês, Sonia Livingstone coordenava uma obra intitulada Audiences and publics: when cultural engagement matters for the public sphere. Será arriscado dizer que esta última obra partiu da discussão científica em Portugal, mas é de destacar que, em dois textos ali inseridos, pontificam Daniel Dayan e Dominique Mehl. E, se em língua francesa, há uma defesa do conceito público enquanto dimensão racional, argumentativa e participativa e de audiência como ver ou ouvir televisão, verifica-se que Sonia Livingstone afina pela mesma medida, como comprova o interessante texto final onde público e audiência são trabalhados enquanto palavras com uma origem, significado e camadas de conotações em vários países europeus: Reino Unido, França, Eslovénia, Grécia, Dinamarca e Alemanha (pretendo voltar a isto).

No texto de Dayan incluído no livro coordenado por Sonia Livingstone, há uma referência bibliográfica curiosa. Dayan fala de um livro comum a si, a Elihu Katz e a Mário Mesquita, editado em 2003 pela Minerva com o título Televisao, Publicos [sem acentos, como está no livro]. Creio haver um erro de Dayan pois saiu um livro de Dayan e Katz intitulado A história em directo (Media events, no original) em colecção de livros dirigida por Mesquita. O que é mais um elemento a indicar a importância de encontros e livros em Portugal sobre a problemática dos públicos.

Da colecção de livros aqui seleccionada, a antologia Audiences studies é um exemplo clássico da perspectiva anglo-americana e que se distingue do livro europeu e continental dirigido por Sonia Livingstone. Em Audiences studies, agrupam-se as audiências a partir de entradas: 1) mudança de paradigma, dos efeitos para os usos e gratificações, 2) pânico moral e censura ou a audiência vulnerável, 3) leitura como resistência ou a audiência activa, 4) espectador e audiência ou teoria do ecrã, onde emerge um texto de Laura Mulvey, 5) audiência e fãs, com as ideias de textos de culto e comunidades, 6) audiências femininas, 7) comunidades interpretativas, com nações e etnias.

Finalmente, há uma identidade entre o livro dirigido por Olivier Donnat e Paul Tolila, (Le(s) public(s) de la culture, e o organizado pelo Observatório de Actividades Culturais, Públicos de cultura. Ambos resultam de colóquios, onde a observação empírica ali apresentada aponta para mudanças (ou ausência de) nas hierarquias culturais atendendo a idade, género, classe, habilitações literárias, geografia e tipologia de emprego. Disparidades nestas representações equivalem a consumos culturais distintos, simultaneamente heterogéneos (as classificações de públicos cultivados e displicentes no livro português) e homogéneos (caso das características do mesmo público cultivado ou retraído, segundo a nomenclatura do Observatório de Actividades Culturais). A uma irresistível ascensão das práticas audiovisuais, de grande massificação, correspondem, por oposição, práticas culturais de elite, como o consumo de ópera e de música clássica. Em que se coloca sempre a questão da constituição (e manutenção) de novos públicos em práticas culturais mais intelectuais. Daí a necessidade de estudar eventos como o Porto 2001, o Festival Internacional de Teatro de Almada ou a Expo'98.

Etiquetas: Audiências, Investigação, Livro, Público"

Rogério Santos
 
José Carlos Abrantes | 12:24 da manhã | 0 comments
quarta-feira, abril 04, 2007
 
José Carlos Abrantes | 2:03 da tarde | 0 comments
terça-feira, abril 03, 2007
LOGO, na Cinemateca, 21h 30m
"Amigos, venho incitar-vos a não faltarem à ante-estreia do documentário
Grandes Esperanças de Miguel Marques,

no dia 3 de Abril, terça-feira, às 21h30, na Cinemateca.

O documentário é o resultado de um mês de filmagens contínuas na Loja do Cidadão do Porto. Entrar nos meandros da burocracia já é uma aventura q.b. cómica. Mas este filme dá-nos uma visão de conjunto única da Instituição que organiza a vida em sociedade e onde todos nos reconhecemos. Não percam, porque pode ser uma oportunidade única...

Podem ver um excerto no You Tube

(e o que mais escrevi no DocLog )"

recebido de Leonor Areal
 
José Carlos Abrantes | 3:37 da tarde | 0 comments
domingo, abril 01, 2007
ARBUS

Nicole Kidman (Metropolitan FilmExport)

Fur: An Imaginary Portrait of Diane Airbus, EUA, 2006 está em vários cinemas de Lisboa e é uma obra que aconselho a ver. O filme procura recriar o mundo de Diane Arbus traçando o seu retrato numa época em que faz a descoberta da fotografia, mas sobretudo da descoberta de si mesma.

Diane Arbus é interpretada por Nicole Kidman, aqui num belo vestido azul e com a Rolleiflex que tinha a apanhar pó pois a sua actividade principal era a de assistente do marido, fotógrafo de profissão. Até que a sua vida passou a ter outro sentido, trocando as peles da alta burguesia de New York pela complexidade das emoções e pela descoberta das imagens.

(ver a Arte Photographica, de Sérgio Gomes)





"Para mim o sujeito de uma fotografia é sempre mais importante que a fotografia. E mais complicado..."
Diane Airbus
 
José Carlos Abrantes | 5:38 da tarde |
VELAZQUEZ
















Na colecção de imagens que o DN está a distribuir, cabe hoje a vez a uma imagem de Velazquez, de 1656. A imagem está no Museu do Prado, em Madrid, e tem o título As fiandeiras ou o Mito de Aracne, datando de 1656. No período em que fui professor de Teoria e História da Imagem era uma das imagens estudada na cadeira.

Sempre me surpreendia ver alunos que, em geral, não conheciam as imagens, mas que pelo trabalho de grupo, pela interrogação orientada, pela interacção das exposições e depois, também, pela exposição do professor chegavam a um patamar de conhecimento muito satisfatório e enriquecedor. Este é o ponto de visto de quem ensinava.

Voltar ao Museu do Prado significa ver outra imagem.
 
José Carlos Abrantes | 8:50 da manhã | 0 comments