quarta-feira, fevereiro 11, 2009
AS IMAGENS E ....NÓS
Problemas de imagem
Miguel Gaspar
No fundo continuamos a viver num universo político em que achamos os problemas de imagem mais importantes do que os problemas do mundo concreto.
Para resolver o problema da credibilidade da oposição, era necessário um governo sombra, alguém que seguisse dossiers e respondesse à letra a Manuel Pinho, a Mário Lino, eventualmente mesmo a Augusto Santos Silva. É o que se faz nos países civilizados e permitia um partido mostrar que tem uma política para cada sector.
Já aqui escrevi há muitos meses, quando se discutia neste país o silêncio da líder da oposição, que um partido de governo não se constrói
com um rosto mas com vários. Mas persiste em Portugal a ideia de que um só líder chega para todas as encomendas.
É o mito da era do político de plástico, em que vivemos desde os anos 1990. O mito do líder jovem e dinâmico e que faz coisas sexy para o povo, como jogging em cidades estrangeiras ou ser presidente de um clube de futebol. Um mito tão forte que agora a SIC até arranjou maneira de pôr o fantasma de Salazar a contracenar com Soraia Chaves, sex symbol do século XXI.
Jornalista (miguel.gaspar@publico.pt)
Algumas propostas de hoje de Miguel Gaspar parecem-me contraditórias ou, pelo menos, levantam questões sobre se os problemas de imagem não serão verdadeiros problemas do mundo actual. Um partido mostrar que tem uma política para cada sector, um partido que não se constrói com um rosto mas com vários, é o mito da era do político de plástico, em que vivemos desde os anos 1990...não serão problemas mais imprtantes do que certos problemas do mundo concreto ou não serão, eles também, problemas do tal mundo concreto de hoje?
ver o texto completo em SÓ TEXTOS
Miguel Gaspar
No fundo continuamos a viver num universo político em que achamos os problemas de imagem mais importantes do que os problemas do mundo concreto.
Para resolver o problema da credibilidade da oposição, era necessário um governo sombra, alguém que seguisse dossiers e respondesse à letra a Manuel Pinho, a Mário Lino, eventualmente mesmo a Augusto Santos Silva. É o que se faz nos países civilizados e permitia um partido mostrar que tem uma política para cada sector.
Já aqui escrevi há muitos meses, quando se discutia neste país o silêncio da líder da oposição, que um partido de governo não se constrói
com um rosto mas com vários. Mas persiste em Portugal a ideia de que um só líder chega para todas as encomendas.
É o mito da era do político de plástico, em que vivemos desde os anos 1990. O mito do líder jovem e dinâmico e que faz coisas sexy para o povo, como jogging em cidades estrangeiras ou ser presidente de um clube de futebol. Um mito tão forte que agora a SIC até arranjou maneira de pôr o fantasma de Salazar a contracenar com Soraia Chaves, sex symbol do século XXI.
Jornalista (miguel.gaspar@publico.pt)
Algumas propostas de hoje de Miguel Gaspar parecem-me contraditórias ou, pelo menos, levantam questões sobre se os problemas de imagem não serão verdadeiros problemas do mundo actual. Um partido mostrar que tem uma política para cada sector, um partido que não se constrói com um rosto mas com vários, é o mito da era do político de plástico, em que vivemos desde os anos 1990...não serão problemas mais imprtantes do que certos problemas do mundo concreto ou não serão, eles também, problemas do tal mundo concreto de hoje?
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