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domingo, março 30, 2003
IMAGENS DE GUERRA

1 Na terça feira, Elizabete Vilar, assinava uma peça intitulada Pais e a escola devem explicar a guerra às crianças . Num dos dias da semana Francisco Sena Santos, na RDP, promoveu a participação dos ouvintes sobre um tema semelhante. Num noticiário da RTP2 vi também o psiquiatra Carlos Amaral Paes discorrer sobre o stress da guerra e os efeitos nas crianças. E, no Diário de Notícias de hoje, domingo, uma peça de Filomena Naves retoma a mediatização da guerrra e a atitude que os pais devem ter face a essa mediatização que entra pelos lares dentro.

2 Lembremos o que Elizabete Vilar destacava na referida peça:

Que Fazer?

Terça-feira, 25 de Março de 2003
.Conversar, ouvir os medos e dúvidas da criança
.Explicar o que se passa com naturalidade e sem alarmismos
.Não evitar o assunto ou ignorá-lo diante da criança
.Fazer o enquadramento histórico e geográfico do assunto
.Aproveitar para falar da TV e da informação
.Deixar a criança exprimir-se por meio de várias linguagens sobre o que sente e pensa
.Reduzir dependência da TV e encontrar outros pontos de interesse para a criança

3 Ora todas estas indicações são preciosas e importantes. Mas há alguns outros aspectos que deveriam também ser postos em destaque, nomeadamente.

.Os próprios pais podem ter dificuldade em controlar as emoções que as imagens lhes suscitam. Ou seja, os pais nem sempre dominam, nem sempre "domesticam" as emoções que as imagens lhes provocam. E podem dizer palavras tranquilizadoras e o seu filho sentir outra coisa bem diferente, pelos gestos e mímicas que estes deixam transparecer na reacção às imagens. Ou seja, preparar as crianças significa preparar os adultos a melhor receberem as imagens.

. As imagens de actualidade tornam mais urgente a educação à imagem (ou a educação para os media), pois, entre outras razões, a actualidade vive-se em conjunto, nas famílias, havendo por isso uma partilha das emoções entre os adultos e as crianças. Ora esta partilha social das imagens deve ser aproveitada, pese embora que mais importante que a oposição imagem de actualidade-imagem de ficção deva ter-se em conta a oposição entre as imagens que são vistas com distância pelos pais e as que são vistas com maior envolvimento emocional destes. Ora, o maior envolvimento emocional dos pais vem em situações como a desta guerra, tão intensamente mediatizada, ou do ainda próximo (distante) escândalo da Casa Pia. E tudo isso são, ou foram, imagens de actualidade.

. Por outro lado, as televisões deveriam também dar mais indicações sobre a origem das imagens e os modos de estas serem fabricadas. Cada dia vemos jornalistas a partirem de imagens cuja origem não é explicada (nem reflectida sequer…) como se fosse igual partir de imagens feitas por um "camara man" no teatro de guerra ou de imagens geradas num computador do Pentágono ou da própria estação de televisão.

Ver, para maior aprofundamento, um livro já sugerido e que segui nestes comentários
Tisseron, Serge, Les bienfaits des images, Paris, Odile Jacob, 1992, pp 75-101



 
José Carlos Abrantes | 6:12 da tarde |


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