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terça-feira, setembro 30, 2003
TELEVISÃO Razão tinha António Granado quando assinalou, no seu Ponto Media, que a suspensão de um programa Arrêt sur Images ainda iria dar muito que falar. Daniel Schneidermann, crítico de televisão no Le Monde, foi despedido do jornal francês parecendo agora acumular desaires na sua vida profissional. Mas a sua combatividade, que conheço de perto, irá certamente causar muitos estragos na imagem do Le Monde.
Diz o Público de hoje: "Schneidermann exprimiu por várias vezes críticas à direcção do "Le Monde" e ao modo como reagiu ao livro-acusação de Pierre Péan e Philippe Cohen intitulado "La Face Cachée du 'Monde'", publicado em Fevereiro. As informações recolhidas pelo "Libération" indicam que Colombani não gostou de que Schneidermann tivesse renovado as suas críticas no seu próximo livro, "Le Cauchemar Médiatique", a publicar na quinta-feira. No livro, que não se centra no "Monde", afirma: "Parece-me que 'Le Monde', mais do que responder como um clã siciliano ofendido pela provocação de um clã rival (...), deveria responder como um jornal numa democracia desenvolvida do século XXI: abrindo as suas contas e os seus arquivos."
Segundo o mesmo jornal que se apoia no Libération, "Jean-Marie Colombani, e o chefe de redacção, Edwy Plenel, acusam Schneidermann de ter infringido o artigo 3b da convenção colectiva dos jornalistas, que afirma "o direito dos jornalistas a terem liberdade de opinião", mas com a restrição de que "a expressão pública dessa opinião não [deve] em caso algum atentar contra os interesses da empresa de imprensa onde eles trabalham".
 
José Carlos Abrantes | 12:24 da tarde | 0 comments
CINEMA A morte de Elia Kazan , autor de Esplendor na Relva e Há Lodo no Cais, é hoje o assunto de destaque do Público. A morte deste cineasta obriga-me a referir o desaparecimento, em 9 de Setembro, de Leni Riefenstahl, documentarista, também ela envolvida numa polémica interminável, porventura mais intensa, entre a beleza das imagens e o compromisso político com o nazismo.
 
José Carlos Abrantes | 12:07 da tarde | 0 comments
AGENDA COM IMAGENS "Será realizada, no Rio de Janeiro, entre 19 e 23 de abril de 2004, a IV Cúpula Mundial de Mídia para Crianças e Adolescentes promovida pela Fundação Summit Media for Children. O evento está sendo preparado, no Brasil, sob a responsabilidade da Multirio, empresa vinculada à Prefeitura do Rio de Janeiro, e pela ONG Midiativa. O objetivo é discutir a qualidade da mídia para crianças e adolescentes, reunindo especialistas que coordenam projetos no campo da relação entre mídia e educação ou que trabalham na produção e/ou análise de produtos culturais e educativos dirigidas à crianças e adolescentes, utilizando a linguagem audiovisual, nas áreas do vídeo, TV, rádio e informática-internet."

Assim se apresenta esta iniciativa no site da Intercom.
 
José Carlos Abrantes | 9:14 da manhã | 0 comments
segunda-feira, setembro 29, 2003
BIG BROTHER (BB) Acabo de receber um número especial da revista MédiaMorphoses, uma pubicação do Institut National de l’Audiovisuel (INA), um organismo de imagens francês. A revista é dirigida por Geneviève Jacquinot-Delaunay e este nº tem um dossier organizado por Guy Lochard e Guillaume Soulez. Além de uma análise do programa francês, existem textos relativos aos BBs da Europa (há um texto sobre o BB português da autoria de Eduardo Cintra Torres), textos sobre alguns países das américas nomeadamente o Brasil (texto de Sílvia Borelli, da USP). Outros caminhos são ainda explorados na análise dos reality shows ou das suas repercussões em países como a Rússia e a China, o Marrocos e a Turquia, além de outros.
Um trabalho de grande qualidade para ser lido por francófonos.
 
José Carlos Abrantes | 4:41 da tarde | 0 comments
domingo, setembro 28, 2003
KODAK Leio no Le Monde de sábado que a Kodak viu descer de tal modo a sua cotação (num dia 18%) que se arrisca a saír do indíce Dow Jones onde está desde 1930. As películas tradicionais têm as vendas em descida contínua desde há 3 anos e a Kodak quer passar a investir no sector digital de modo mais coerente (impressoras, laboratórios digitais, imagem médica…). O mundo é composto de mudança…..

PAUL ALMASY No mesmo jornal se informa que faleceu Paul Almasy um fotógrafo cujo trabalho conheci a partir de uma exposição organizada por Frederic Lambert para o Clemi já lá vão alguns anos. Nas aulas e cursos tenho utilizado algumas das suas fotografias: uma sobre desigualdade sociais na América Latina e duas outras que contrastam por vários motivos (uma com uma camponesa, outra com uma festa no Palácio de Versaillles).
Além de fotógrafo Paul Almasy também ensinou imagem em várias escolas francesas.

LAPSO O autor de Carnaval no Fogo é Ruy Castro e não Ruy Guerra, como, por lapso, referi...
 
José Carlos Abrantes | 4:04 da tarde | 0 comments
sexta-feira, setembro 26, 2003
IMAGENS CULTURAIS Desde pequeno tenho ideia de alguns portugueses que, tendo enriquecido no Brasil, apareciam com seus fatos (ternos) muito claros, brancos, de linho e seu chapéu de palhinha. Eram os brasileiros…Temos tendência em considerar que o que conhecemos foi o que sempre existiu. Tenho por isso algum fascínio pelos livros, textos, filmes, obras em geral, que nos dão a dimensão histórica dos eventos, pessoas ou acontecimentos, ajudando-nos a compreender que o hoje não é igual ao ontem, nem será semelhante ao amanhã. Para o bem e para o mal....

Num livro que acabei ontem intitulado "Carnaval no fogo, Crónica de uma cidade excitante demais" encontrei muitas vezes reflexões deste tipo que mostram que o Rio de Janeiro e os cariocas não foram sempre iguais ao que são hoje. Exemplo: o modo de vestir. Bom desde a carta de Pero Vaz de Caminha que sabemos que os portugueses encontraram indígenas felizes e nus e não descansaram enquanto não os vestiram à maneira europeia. Diz Ruy Castro, o autor do livro, que "o próprio carioca custou a desenvencilhar-se dos quilos de roupa que, contrariando a temperatura, lhe foram impostos pela tradição europeia."
Mas o mais surpreendente é que o autor conta que é em 1902 que um médico, o Dr Graça Couto, choca as famílias ao sair à rua com terno (fato) de linho branco e sapatos da mesma côr. Há cem anos portanto. E como era um influente cientista foi seguido pelos seus pares, ministros, juízes e outros ilustres cidadãos. Hoje, no reportório de uma criança portuguesa, esse fato de linho claro associa-se facilmente ao brasileiro. Mas nem sempre foi assim. Muitas outras imagens que temos do Rio são contextualizadas por Ruy Guerra, dando-nos elementos para percebermos o Carnaval, tão diferente no início, da descoberta das praias ou da evolução dos costumes que libertou os cariocas.

Ruy Castro, Carnaval no fogo: Crónica de uma cidade excitante demais, Rio de Janeiro, Companhia das Letras, 2003

IMAGENS FABRICADAS Num dos últimos dias da minha estadia no Rio de Janeiro um simpático motorista de táxi levou-me para o Centro fazendo um desvio para a traseira do Copacabana Palace. Objectivo? Mostrar-me como aquela zona fora diferente no fim do século XIX, princípio do século XX. De facto grandes fotografias nas paredes mostravam o Copacabana Palace junto ao mar, enquanto agora existe uma larguíssima avenida e o célebre calçadão. Aquele carioca estava fascinado pela diferença entre aquela Copacabana de casas baixas, de mar próximo, exprimindo o seu espanto sobre como foi possível ter-se modificado tanto a cidade. Nisso, a fotografia, tem um papel de detonador irresistível: ainda recentemente tive a mesma sensação sobre Lisboa numa exposição que referi aqui no blogger e que esteve no Convento das Bernardas. Assim se sugere aos amantes da fotografia que fixem o que é hoje: amanhã não será provavelmente e talvez o testemunho de cada um seja original, mesmo único.
 
José Carlos Abrantes | 8:32 da tarde | 0 comments
quinta-feira, setembro 25, 2003
DOCUMENTÁRIO

Os que se interessam pelo documentário terão uma boa oportunidade de reflectir sobre este género cinematográfico, proximamente, no Rio de Janeiro: o Brasil Documenta, III Forum Internacional de Documentários que decorrerá entre 10 e 14 de Novembro. As sessões decorrerão no Instituto Moreira Salles e na PUC-Rio. Fui ao Instituto, recentemente, onde vi uma exposição de fotografia: tem um jardim com uma vegetação tropical como só no Rio se pode encontrar e é do mais aprazível que já conheci, não longe da famosa favela Rocinha. Só para ESTAR no IMS, vale a pena ir ao Rio, quanto mais para ver e discutir documentários!
Agradecimentos à colega Cynthia Schneider, da PUC de Curitiba, que me deu informação sobre este evento.
 
José Carlos Abrantes | 2:32 da tarde | 0 comments
quarta-feira, setembro 24, 2003
TELEVISÃO
Portugal

Ontem na Assembleia da República o Ministro Morais Sarmento apresentou A Dois, o novo canal que substituirá a RTP2. Muitas perguntas ficaram no ar, sem resposta. Mas a crítica maior com a qual me identifico sublinha a manta de retalhos que a programação reflectirá: será a Associação Nacional das Farmácias a única entidade presente no domínio da saúde (pergunta de Maria de Belém, do PS)? Será o debate sobre a História de Portugal marcado pela Liga dos Combatentes (pergunta de Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda)?
 
José Carlos Abrantes | 7:04 da tarde | 0 comments
TELEVISÃO

Brasil: No Diário de Notícias de ontem refere-se a suspensão do programa "Domingo Legal" de uma estação de televisão brasileira, a SBT. No tarde de domingo, dia 7 de Setembro, ameaças de morte foram proferidas a entidades oficiais por criminosos que mais tarde, veio a saber-se, tinham sido proferidas por actores. Agora o responsável do programa, Gugu Liberato, deverá depor e pede-se uma punição exemplar. Uma das punições previstas será a retirada da concessão do direito de transmissão televisiva. Mas ninguém acredita. O correspondente do DN no Rio de Janeiro, Sergio Barreto Motta, dizia na segunda feira que essa hipótese "obviamente não irá occorre, porque o dono do SBT, Sílvio Santos, goza de grande prestígio no governo." É preciso melhrar a democracia no Brasil, se assim fôr. Mas se olharmos para a Europa não estamos melhores: basta ver a Itália de Berlusconi.

França: No ponto media de António Granado de sábado, no Público, pode ler-se que o programa Arrêt sur Images está ameaçado. Há um ano, estava eu em Paris e telefonei a Daniel Schneidermann pois no Domingo, à hora habitual , o programa não estava no ar. Daniel Schneidermann afastou a hipotese que eu coloquei (essa de o programa ter sido posto for a de grelha) com uma convicção que isso seria uma coisa impensável. Nesse caso era um erro meu provocado pela diferença horária ou pelo numero do canal de cabo, já não tenho a certeza. Mas afinal, até em França, o impossível acontece: a emissão de domingo passado foi desprogramada tendo Daniel Schneidermann aceite essa decisão ao que relata o Le Monde .
Daniel Schneiderman esteve duas vezes em Portugal: a primeira em Novembro de 1995, quando a emissão tinha começado, num Encontro Internacional de Educação para os Media, organizado pela Licenciatura em Jornalismo da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e, mais recentemente , na série de conferências Falar Televisão, em 1 de Julho de 2003 (tendo também feito uma intervenção nos Encontros da Arrábida desse ano, num curso organizado por Joaquim Vieira). Não verifiquei se a emissão se fez no último domingo, mas pela consulta da página do programa na internet, vê-se que não. Uma perda para os meus domingois, uma perda para a televisão e o conhecimento crítico dos media, apesar de algumas críticas que se poderiam fazer ao formato e ao animador, jornalista do Le Monde. Mas não serão as virtudes e os defeitos uma característica essencial da obra humana?
 
José Carlos Abrantes | 6:34 da tarde | 0 comments
terça-feira, setembro 23, 2003
IMAGENS DO BRASIL

Um dos livros que trouxe na bagagem foi o de um autor, Marcos Napolitano, que trabalha na Universidade do Paraná: Como usar o cinema na sala de aula. Aliás há outro título no mercado com nome semelhante, Como usar a televisão na sala de aula, do mesmo autor. Verifico agora que também adquiri outra obra de Marcos Napolitano, Cultura brasileira: Utopia e massificação (1950-1980), uma interessante análise da evolução cultural no Brasil nas datas referidas.

O livro sobre cinema é muito útil para professores pois tem planeamento de actividades, a descrição de actividades baseadas em conteúdos, por disciplinas e em temas tranversais, actividades baseadas na tecnica e na linguagem de cinema, bem como fichas de filmes.
Em Portugal não existe obra equivalente para o cinema.

Napolitano, M, Como Usar o Cinema na Sala de Aula, S. Paulo, Contexto, 2003
 
José Carlos Abrantes | 11:35 da tarde | 0 comments
segunda-feira, setembro 22, 2003
IMAGENS DO BRASIL

Depois de uma passagem pelo Intercom que se realizou em Belo Horizonte, no Brasil, descansei uns dias no Rio. Aí fui várias vezes à Livraria da Travessa, na Visconde de Pirajá, livraria que adorei quer pelo seu design, quer pelas suas reservas em livros, quer pela parte audio e video (DVDs), quer pelo facto de nela existir um bom restaurante onde jantei por mais do que uma vez. Aberta até à meia noite, também. Das livrarias presentes no Congresso e das do Rio trouxe vários livros quase todos sobre imagens, mais um pequeno texto de João Guimarães Rosa, A Hora e a Vez de Augusto Matraga, um livro de Contos do mesmo autor, um livro de Rui Castro, Carnaval em fogo..etc.

Dos livros de imagem que já li refiro um sobre a fotografia do Império, da autoria de Pedro Karp Vasquez. Já tinha assinalado neste blogger que D. Pedro se interessou fortemente pela fotografia que entrou no Brasil poucos meses depois do seu anúncio oficial em 1839, em Paris. Logo em Janeiro de 1840 um abade francês, Louis Compte, fotografou diferentes locais do Rio de Janeiro, conta Pedro Vasquez. Segundo o autor "existia em meados do século XIX uma carência de vistas do Brasil, país até então muito pouco representado, já que durante o período colonial os portugueses tinham proibido terminantemente que se pintassem paisagens, para evitar o atiçamento da cobiça dos invasores europeus."

Ainda hoje retenho a beleza de alguns lugares vistos, mas que hoje são partilhados mundialmente, para felicidade de todos e raiva dos colonialistas (nos túmulos...). É uma imagem inesquecível aterrar no Rio , ver o Corcovado ou ver o Rio a partir do Corcovado, os jardins planeados por Burle Marx ou mesmo a Rocinha quando vista de certas perspectivas. As imagens que vemos com os nosso olhos, as imagens naturais, na terminologia de Villafañe, são elas também, imagens importantes que incorporamos em nós e nos acompanham no que sentimos e pensamos, na nossa cultura. Infelizmente também são inesquecíveis as imagens de violência com que me deparei logo no segundo dia da estadia, na bela praia de Ipanema.

O livro tem interesse pela descrição da actividade dos primeiros fotógrafos no Brasil, alguns dos quais de origem portuguesa.

Vasquez, Pedro K., A Fotografia do Império, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editores, 2002

 
José Carlos Abrantes | 11:43 da tarde | 0 comments