segunda-feira, outubro 11, 2004
LENDO IMAGENS
Estou a ler o livro de Alberto Manguel, Lendo Imagens já referido a 23 de Setembro. Li apenas três capítulos do livro: a imagem como narrativa (sobre o quadro de Van Gogh, Barcos na praia de Saintes-Maries), a imagem como ausência (sobre o quadro Dois Planos, de Joan Mitchell) e a imagem como enigma (A virgem e o menino à frente de um guarda-fogo atribuída a Robert Campin). Estou a achar o livro uma reflexão muito interessante. Alberto Manguel faz prova de uma grande capacidade de reunir informação sobre as imagens que analisa, revelando também grande agilidade relacionando factos e interpretações. E sobretudo deixando-nos um espaço de liberdade, mesmo uma liberdade histórica, que permite relativizar as leituras passadas e presentes. Exemplo: a propósito da imagem da Virgem diz Manguel: “Ao lê-la hoje, emprestamos à pintura uma abundância de detalhes curiosos (…) dos quais o artista não podia ter ideia; nós mesmos é claro, não podemos saber que capítulos novos serão acrescentados à história das leituras futuras. “ Onde está o sentido das imagens? Nelas, apenas, ou também em nós que lhes vamos acrescentando sentidos que nem o artista podia prever?
Estou a ler o livro de Alberto Manguel, Lendo Imagens já referido a 23 de Setembro. Li apenas três capítulos do livro: a imagem como narrativa (sobre o quadro de Van Gogh, Barcos na praia de Saintes-Maries), a imagem como ausência (sobre o quadro Dois Planos, de Joan Mitchell) e a imagem como enigma (A virgem e o menino à frente de um guarda-fogo atribuída a Robert Campin). Estou a achar o livro uma reflexão muito interessante. Alberto Manguel faz prova de uma grande capacidade de reunir informação sobre as imagens que analisa, revelando também grande agilidade relacionando factos e interpretações. E sobretudo deixando-nos um espaço de liberdade, mesmo uma liberdade histórica, que permite relativizar as leituras passadas e presentes. Exemplo: a propósito da imagem da Virgem diz Manguel: “Ao lê-la hoje, emprestamos à pintura uma abundância de detalhes curiosos (…) dos quais o artista não podia ter ideia; nós mesmos é claro, não podemos saber que capítulos novos serão acrescentados à história das leituras futuras. “ Onde está o sentido das imagens? Nelas, apenas, ou também em nós que lhes vamos acrescentando sentidos que nem o artista podia prever?