sexta-feira, dezembro 05, 2008
CIDADE DA IMAGEM, alerta vermelho?
Projecto depende de aval do Governo
A CDU de Sintra questiona o negócio que envolve a câmara local, a empresa Casal da Granja de Santa Cruz, Promoções Turísticas Imobiliárias e a Media Capital no projecto para a construção, em Almargem do Bispo, da futura Cidade da Imagem.
Os terrenos, pertença da Casal da Granja e inseridos numa área de 200 hectares, dos quais 50 estão em REN (Reserva Ecológica nacional), vão ser cedidos à Media Capital pelo valor simbólico de mil euros. A empresa, dona da TVI, promete a criação de 2500 postos de trabalho. A Casal da Granja, por sua vez, frisa, no protocolo a que o CM teve acesso, que vai proceder a "investimentos de dimensão considerável" nos restantes 150 hectares.
Para avançar, o projecto terá de ser considerado PIN (de Potencial Interesse Nacional) e aprovado pelos ministérios do Ambiente e da Economia, explicou ao CM Miguel Carretas da CDU de Sintra. Nesse caso, terá apoios financeiros do Governo, "conforme decorre da lei", frisou o presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, na semana passada à Correio TV.
Miguel Carretas questiona de que forma terrenos privados podem concorrer a um projecto PIN e teme que a "contrapartida da Casal da Granja, que está ligada a uma conhecida construtora da Tapada das Mercês, seja a garantia de poder construir numa área classificada como reserva agrícola e ecológica nacional". Apesar de apoiar a Cidade da Imagem, o deputado acredita que nos 150 hectares restantes nascerão novos projectos imobiliários, até aqui vetados por os terrenos estarem em área REN.
Seara considera o projecto "estratégico para qualquer concelho" mas, tal como a Media Capital, representada por Manuel Polanco, recusou comentar o protocolo ao CM. Também não foi possível contactar a Casal da Granja.
Correio da Manhã, hoje, Isabel Faria
Assunto a seguir nos próximos anos. É preciso ver se a cidade da imagem se transforma em cidade do betão, parte em reserva ecológica, mas, sobretudo, para ajudar a evitar que tal venha a acontecer. Ou será que já não se pode evitar? O inevitável será português nestas e noutras questões? Sintra é uma jóia da coroa. Não pode ser deixado à cobiça de mesquinhos interesses imobiliários, se fõr o caso.
A CDU de Sintra questiona o negócio que envolve a câmara local, a empresa Casal da Granja de Santa Cruz, Promoções Turísticas Imobiliárias e a Media Capital no projecto para a construção, em Almargem do Bispo, da futura Cidade da Imagem.
Os terrenos, pertença da Casal da Granja e inseridos numa área de 200 hectares, dos quais 50 estão em REN (Reserva Ecológica nacional), vão ser cedidos à Media Capital pelo valor simbólico de mil euros. A empresa, dona da TVI, promete a criação de 2500 postos de trabalho. A Casal da Granja, por sua vez, frisa, no protocolo a que o CM teve acesso, que vai proceder a "investimentos de dimensão considerável" nos restantes 150 hectares.
Para avançar, o projecto terá de ser considerado PIN (de Potencial Interesse Nacional) e aprovado pelos ministérios do Ambiente e da Economia, explicou ao CM Miguel Carretas da CDU de Sintra. Nesse caso, terá apoios financeiros do Governo, "conforme decorre da lei", frisou o presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, na semana passada à Correio TV.
Miguel Carretas questiona de que forma terrenos privados podem concorrer a um projecto PIN e teme que a "contrapartida da Casal da Granja, que está ligada a uma conhecida construtora da Tapada das Mercês, seja a garantia de poder construir numa área classificada como reserva agrícola e ecológica nacional". Apesar de apoiar a Cidade da Imagem, o deputado acredita que nos 150 hectares restantes nascerão novos projectos imobiliários, até aqui vetados por os terrenos estarem em área REN.
Seara considera o projecto "estratégico para qualquer concelho" mas, tal como a Media Capital, representada por Manuel Polanco, recusou comentar o protocolo ao CM. Também não foi possível contactar a Casal da Granja.
Correio da Manhã, hoje, Isabel Faria
Assunto a seguir nos próximos anos. É preciso ver se a cidade da imagem se transforma em cidade do betão, parte em reserva ecológica, mas, sobretudo, para ajudar a evitar que tal venha a acontecer. Ou será que já não se pode evitar? O inevitável será português nestas e noutras questões? Sintra é uma jóia da coroa. Não pode ser deixado à cobiça de mesquinhos interesses imobiliários, se fõr o caso.