terça-feira, dezembro 02, 2003
ANALOGIA
A analogia é uma relação da imagem com a realidade sensível que faz que possamos estabelecer identidades entre a imagem e aquilo que ela representa . A imagem de René Magritte, Ceci n’est pas une pipe(Isto não é um cachimbo) representa um cachimbo na imagem, sendo a legenda a negação desta evidência. O cachimbo de Magritte é parecido com a realidade, pois assemelha-se a um cachimbo, mas não é a realidade pois não é um cachimbo. Magritte chamou a esta sua pintura A traição das imagens pois estas, por mais analógicas que sejam, são sempre imagens, logo não realidades. O pintor interrogado sobre isto declarou que os que pensam que essa imagem é um cachimbo deveriam então experimentar enchê-lo de tabaco ou fumar por ele. Ou seja, mesmo as imagens mais analógicas são expressão de convenções ao nível da expressão (neste caso, por exemplo, falta a tridimensionalidade do objecto ou o tamanho desta imagem cachimbo não encontra correspondência no objecto corrente cachimbo, pois a dimensão do quadro, de 1929, é de 60x81 cm).
Neste sentido também Ernest Gombrich, que defende
1 que toda a representação, por mais analógica que seja, é convencional ( a dimensão, os enquadramentos, as cores, etc).
2 que haverá convenções mais "naturais" que outras (por exemplo, a perspectiva natural criada pelos renascentistas pintando como o olho humano vê seria mais natural do que as convenções cubistas).
Bibliografia
AUMONT, J., A imagem, Campinas, Papirus Editora, 1993 (1º edição francesa 1990)
PAQUET, M., Magritte, Köln, Taschen, 1995
Um site
Magritte
A analogia é uma relação da imagem com a realidade sensível que faz que possamos estabelecer identidades entre a imagem e aquilo que ela representa . A imagem de René Magritte, Ceci n’est pas une pipe(Isto não é um cachimbo) representa um cachimbo na imagem, sendo a legenda a negação desta evidência. O cachimbo de Magritte é parecido com a realidade, pois assemelha-se a um cachimbo, mas não é a realidade pois não é um cachimbo. Magritte chamou a esta sua pintura A traição das imagens pois estas, por mais analógicas que sejam, são sempre imagens, logo não realidades. O pintor interrogado sobre isto declarou que os que pensam que essa imagem é um cachimbo deveriam então experimentar enchê-lo de tabaco ou fumar por ele. Ou seja, mesmo as imagens mais analógicas são expressão de convenções ao nível da expressão (neste caso, por exemplo, falta a tridimensionalidade do objecto ou o tamanho desta imagem cachimbo não encontra correspondência no objecto corrente cachimbo, pois a dimensão do quadro, de 1929, é de 60x81 cm).
Neste sentido também Ernest Gombrich, que defende
1 que toda a representação, por mais analógica que seja, é convencional ( a dimensão, os enquadramentos, as cores, etc).
2 que haverá convenções mais "naturais" que outras (por exemplo, a perspectiva natural criada pelos renascentistas pintando como o olho humano vê seria mais natural do que as convenções cubistas).
Bibliografia
AUMONT, J., A imagem, Campinas, Papirus Editora, 1993 (1º edição francesa 1990)
PAQUET, M., Magritte, Köln, Taschen, 1995
Um site
Magritte