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terça-feira, fevereiro 21, 2006
IMAGENS: CINEMA

Vi Munique e Match Point. O primeiro, a partir de factos reais, é uma narrativa que tem o mérito de deixar muitas questões no ar. Nem palestinianos, nem israelitas saem incólumes do olhar de Spielberg. A tomada de reféns e a sua eliminação nos Jogos Olimpicos de Munique é-nos contada durante todo o tempo do filme, cruzando esse tempo com o da acção dos "vingadores" em momentos posteriores. As imagens de televisão da época são fundidas no espaço fictício cinematográfico onde a acção dos assaltantes se desenrola. Vários espaços se vão entrelaçando obrigando o espectador a uma atenção constante para situar os espaços (e os tempoos) em que a acção se desenrola.

O filme de Woody Allen parece querer dizer que os temas deste cineasta foram revigorados ao sair de Nova York para Londres. De facto, estamos numa história de gente nova onde os mais velhos também têm lugar. Os diferentes estados de alma que a narrativa vai criando são de grande complexidade. Logo no início a bola de ténis que fica fixa, em paralítico, enquanto a voz off nos explica que a sorte a pode fazer cair para um ou outro lado da rede. E essa tese central do filme acaba por ter expressão, aqui e além, de forma mais viva, na parte final. Mas em todo o filme Allen demonstra grande perícia em nos dar com planos curtos muitas informações e em contrapôr sequências que nos dão, com crueza ou ironia, os sentimentos familiares opostos à trangressão, a ascensão profissional e social aos desejos que a bela Scarlett Johannson lança à sua volta, ou as expectativas de gravidez da jovem casada com a gravidez não desejada.

Os dois filmes geram muitas questões. Serão as imagens assim tão simples e "primitivas" como por vezes se considera? Ou estaremos face a duas obras que nos tornam mais complexos, mais interrogativos face ao mundo e a nós próprios? Relacionamo-nos com os outros, relacionamo-nos com as imagens. E esta relação com as imagens é também uma relação com os outros, que antes estiveram connosco ou que, um dia virão a estar. Nessa altura teremos Munique dentro de nós. Bem como o Match Point. Que a sorte nos proteja! Que a guerra se afaste!
 
José Carlos Abrantes | 2:11 da tarde |


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