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terça-feira, fevereiro 10, 2004
OLHAR História do olhar

O olhar tem sido historicamente construído. Hoje não vemos o mesmo que ontem, amanhã veremos diferente de hoje. E isto não apenas pela mutação do mundo visto. Também porque os nossos modos de ver se alteram, se ajustam a novos enquadramentos tecnológicos, se modificam por concepções epistémicas que se vão sucedendo no tempo ou, mesmo, apenas, por mudanças psicológicas ou de estados de alma.

O renascimento procurou ver como o olho humano via. Tal atitude mostrou um mundo diferente pela criação de regras de representação em perspectiva até entao desconhecidas. Mas não foi apenas a técnica de representação que mudou. Mudou também o que passou a ser representado. As cartas do mundo foram-se tornando mais precisas pois as costas foram sendo esquadrinhadas pelos marinheiros. Veronese foi chamado à Inquisição por nos seus quadros representar criados e cães, ausentes da pintura de então. Veronese defendeu-se. "Pinto o que vejo", respondeu. Só que, até então, os pintores não representavam o que viam nem como viam.

Sabemos também como a fotografia, surgida na primeira metade do século XIX, alterou os modos de ver, dando uma objectividade nunca vista às representações da realidade; como Manet, o impressionismo e o post-impressionismo deram vida a novos modos de representação; como o cinema, criou lentamente uma linguagem, primeiro visual, depois também sonora, para exprimir pontos de vista, movimentos, realidades e ilusões. Temos presente como a arte do século XX foi privilegiando a expressão, a performance, o objecto quotidiano, dando origem a novos olhares do lado dos criadores, mas influindo também na criação dos gostos dos públicos.

Esta breve passagem pela dimensão historica do olhar tem, obrigatoriamente, que referir os olhares que a televisão forjou. "A TV não é o espelho da sociedade: a televisão é a Casa dos Espelhos da sociedade - tanto mostra o que é como é, como aumenta, desfigura, ridiculariza-se, ridiculariza-nos, brinca, desforma, inventa, ficcionaliza." (Torres, 2000). Os olhares do design, da BD, das webcam, das imagens virtuais mostram como os recentes dispositivos vão construindo novas formas de ver.
 
José Carlos Abrantes | 11:00 da tarde |


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