IMAGENS DA TVI

Vale a pena acabar o ano com uma boa notícia sobre imagens fabricadas em Portugal. Uma telenovela da TVI, Morangos com Açúcar, foi considerada, no Brasil, a melhor telenovela estrangeira de 2004.

IMAGENS ARTíSTICAS

Só hoje pude folhear a edição de Moma Higligts, do Público, edição que contém 350 obras do Museum of Modern Art, New York. Muito interessante o que vi, o que li.

IMAGENS DE TELEVISÃO: tsunami

O dia das imagens é o titulo da crônica de Miguel Gaspar sobre o modo como as televisões lidaram com a tragédia, na Ásia.

IMAGENS NA IMPRENSA

Vale a pena ver o portfolio do Le Monde les ravages du tsunami. E já agora dar uma olhada, num outro, sobre as eleições na Ucrânia, no mesmo jornal, o tal que, há anos, não usava imagens.

Reflexão sobre IMAGENS NA IMPRENSA

No Le Monde há 170 conferências em linha na Universités de Tous les Savoirs.

Sobre imagem estão à disposição em texto e som:

IMAGE FIXE, IMAGE MOUVANTE - 5 -19 JUILLET 2004
François Jost : Cinéma, télévision : entre réalité et fiction
Daniel Schneidermann : L'image télévisuelle
Nozha Boujemaa : L'image informatique

IMAGENS DE DESPORTO: Novos dispositivos para ver

Cada um de nós, ao ver um jogo de futebol na televisão, não tem sempre consciência das próteses que usa para ver: as câmaras de filmar que dão multiplos pontos de vista, os zooms, as repetições, os ralentis. Tudo isso nos que nos dá a ver um jogo diferente do da equipa de árbitragem. Por isso não pode deixar de se aplaudir a experimentação que hoje o Público
anuncia para a Polónia. Apesar de todas as reservas sobre o ritmo futuro do jogo e sobre o efeito que irá ter na “autoridade” dos árbitros. Nada há como experimentar.

(A DISPONIBILIDADE DAS) IMAGENS

Precisei hoje de ver se havia imagens na net das Obras do Fidalgo, em Vila Boa de Quires. O edifício é um solar do século XVIII, inacabado, pois o arquitecto, espanhol, teria falecido antes da sua conclusão. Encontrei uma foto de Cristina Silna, no site 1000 Imagens

IMAGENS DE DESPORTO

O desporto é um domínio onde o progresso dos dispositivos de recolha de imagens tem permitido maior verdade desportiva. No atletismo, por exemplo, a chegada dos atletas nas provas de corrida tem um registo que permite definir a ordem de chegada, com exactidão. No futebol, a verdade hoje é atributo dos dispositivos dos registos de imagem sendo o dispositivo humano apontado frequentemente como falível e desadequado ao julgamento da verdade desportiva. Agora são especialistas que consideram que o olhar humano não se adequa à rapidez de julgamento nos lance de fora de jogo ..

IMAGENS DE TELEVISÃO

Sobre o Falar Televisão de 5a feira, o 19º, há ecos no Público, num texto de Ana Serafim

“O programa humorístico Gato Fedorento, da SIC Radical, foi considerado o melhor da televisão portuguesa no ano de 2004, num debate dedicado ao tema "Televisão: o melhor e o pior de 2004", que decorreu na quinta-feira à noite e que contou com a presença de alguns críticos e responsáveis da área. A estagnação dos canais generalistas portugueses, a ineficácia do serviço público de televisão e a intromissão do Governo de Santana Lopes na comunicação social foram os aspectos mais criticados neste encontro, que se insere na série Falar Televisão, que o Centro de Investigação Media e Jornalismo organiza regularmente.”

Também o Jornal de Notícias, num texto de Ricardo Pais Barroso se refere ao animado debate da última 5a feira.
"Gato Fedorento" (SIC Radical) foi eleito como o que de melhor e mais refrescante se produziu em Portugal. E barato. Por outro lado, o caso Marcelo Rebelo de Sousa, e a intempestiva saída da TVI, foi considerada no debate como a "grande cicatriz do ano". Afinaram esta tese Eduardo Cintra Torres, crítico do "Público"; Miguel Gaspar, "Diário de Notícias"; Emília Brederode Santos, do Conselho Nacional Educação, e Francisco Teixeira da Mota, colunista especializado em Direito, também do "Público".

IMAGENS DE CINEMA

Eis uma iniciativa de cinema que se realizará´em Março 2005

I ENCONTRO DE LITERATURA E CINEMA

Os diálogos entre a Literatura e o Cinema percorrem a história da Sétima Arte e ilustram distintos momentos de convergência e de divergência. O Cinema soube colher na Literatura os fundamentos necessários para se afirmar como expressão artística autónoma até iniciar um itinerário de independência estética. Contudo, em distintas correntes, movimentos e realizadores, a Literatura permaneceu como fonte para argumentos e
estratégias narrativas.
Neste percurso multifacetado, a Literatura também se aproximou da Sétima Arte, nomeadamente quando alguns escritores começaram a utilizar técnicas de explícito recorte cinematográfico. A alquimia da imagem foi capaz de atrair os textos literários não só pela capacidade de modelização cinematográfica que um filme concretiza, mas também porque quer abordemos o domínio semiótico, quer as vertentes estética ou histórica, o Cinema não deixa de estabelecer relações com a Literatura.
Este I Encontro de Literatura e Cinema pretende contribuir para a dilucidação das problemáticas que envolvem as relações entre a letra e a imagem, muitas vezes unidas pela relevância social, histórica e cultural que possuem, bem como pelas capacidades de representação ideológica.


Call for papers


Estão abertas as candidaturas para a apresentação de comunicações científicas no I Encontro de Literatura e Cinema, a realizar no dia 14 de Março de 2005, na Aula Magna do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

1) As comunicações devem versar as relações entre a Literatura e o Cinema;
2) Todas as comunicações devem ser enviadas até 11 de Fevereiro, para o seguinte endereço: lmcardoso@esev.ipv.pt ;
3) Devem ser enviados os seguintes elementos: Título, síntese curricular do autor, contactos do autor;
4) Os textos devem ser enviados em formato WORD, Times New Roman, corpo 12,
espaço duplo, sendo a extensão máxima de 10 páginas;
5) Os textos serão publicados posteriormente na revista FORUM MEDIA, do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

Organização
Luís Miguel Cardoso
Área Científica de Português

A informação chegou-me por mail de Luís Pereira.

IMAGEM: blogs

O Le Monde abriu o seu site a blogs, como ja foi bastante divulgado. Entre eles está Tendance Floue, gerido por um colectivo de fotógrafos que se apresenta assim:

“La rencontre des 12 photographes du collectif Tendance floue n’est pas le fruit du hasard. Au delà d’une esthétique photographique, nous partageons un point de vue sur le monde, une sensibilité.

Si nous nous reconnaissons photojournalistes, nous nous démarquons d’une photographie qui aurait pour mission de changer le cours des choses. Nous cherchons à nous appuyer sur des questions culturelles, sociales et politiques, sur des mœurs, des pratiques et des comportements qui peuvent conduire à un traitement documentaire. Car celui-ci demeure la valeur première de la photographie. Mais nous nous situons en rupture avec cette seule évidence.

Nous n’avançons pas avec des certitudes mais nous servons de nos doutes comme base de travail.

La rencontre et la confrontation des écritures photographiques au sein du collectif permettent d’ouvrir le chemin sur des questionnements, susceptibles d’enrichir le regard et la sensibilité particulière de chacun.

Susciter la réflexion plutôt qu’imposer une réponse. Nous inscrivant dans le présent, nous privilégions l’émotion sur le factuel et le spectaculaire. Nous sommes témoins subjectifs de ce présent. Faire ressentir plutôt que donner à voir. “

Tendance floue offre son regard… à tout le monde.

IMAGENS DE CINEMA: Documentário

Ouvi na Antena 1, hoje pela manhã. Rui Simões fez um documentário sobre como um grupo de actores experienciou a cegueira. Se ouvi bem o título é “Se sabes olhar vê, se podes ver repara”. Os actores estavam na altura a preparar o “Ensaio da Cegueira”, baseado no livro de José Saramago.

IMAGENS DE TELEVISÃO: ÁFRICA

Viagem ao Coração das Trevas é o texto do Olho Vivo de Hoje de Eduardo Cintra Torres, uma reflexão sobre como são importantes as imagens de África para a nossa televisão.
“É também por isso, para mostrar o mundo, que fazem falta os documentários e os teledocumentários. Para não vermos apenas São Bento, Belém, o estádio do Dragão ou a catedral da Luz, a Casa Branca e o Eliseu, o hospital de Santa Maria ou a quinta das celebridades, a segunda ponte do Feijó ou a via de cintura interna. Para não vermos apenas o Rato e a Buenos Aires e a Soeiro Pereira Gomes, o estádio de Alvalade ou a fachada da Casa Pia, o estúdio "kitsch" do Lumiar ou de Carnaxide, a casa surreal da novela ou o tribunal de Gondomar.”

IMAGENS DE TELEVISÃO: PROVEDOR

No Brasil na TV Cultura já há um provedor de televisão . Lembro que também em França, na France 2, existe um mediador de informação, actualmente Jean Claude Allanic e uma mediadora de programas. Recordo ainda que no Curso da Arrábida, "A construção do olhar", realizado em 2000, esteve prevista a vinda do então provedor Didier Epelbaum, que, na última hora, foi “desviado” para uma missão jornalística nas Filipinas. O texto da sua intervenção, bem como o de Renaud Gilbert, ombudsman da Maison de Radio-Canada (que engloba rádio e televisão e que esteve presente) , sairão em 2005, num livro da coleccção Media e Jornalismo, do CIMJ. Didier Epelbaum viria depois a ser o primeiro orador convidado do Falar Televisão (27 de Fevereiro de 2002) dando conta então da Carta de Principios que estava a elaborar e da sua ex-actividade de mediador de televisão, com um programa em antena, aos sábados, depois da informação das 13h.
Em 2005 haverá mais discussão pública em Portugal sobre este assunto pois está prevista, em moldes a definir, a vinda de Jeffrey Dvorkin, presidente da ONO (Organisation of News Ombudsmen) e também de Dominique Mehl, investigadora do CNRS. O primeiro é ombudsman da National Public Radio (é verdade, também há provedores na rádio), a segunda está a fazer um estudo sobre o correio da mediadora de programas de France 2, Geneviève Guicheney que também esteve no curso da Arrábida Públicos, Televisão (2001). Veio depois a convite da Comissão de Trabalhadores da RTP, em 2002, na fase em que se pensava que a RTP2 poderia ser extinta.

PARABÉNS AO ANTÓNIO GRANADO

Abro uma excepção a escrever sobre imagens para transcrever a notícia do prémio atribuído ao António Granado, tal como foi dada pelo Manuel Pinto, no blog Jornalismo e Comunicação (hoje retomada no DN e no Público). O António Granado é responsável pelo meu envolvimento no mundo dos blogs e deu-me algumas ajudas para pôr este de pé. E mesmo as imagens de que aqui se fala são tributárias de muitas chamadas de atenção do António Granado na escrita do seu blog, onde vou algumas vezes buscar notícias e ideias.
Se há prémios justos este é um deles pelo trabalho sistemático e pioneiro que o Granado tem desenvolvido.

"O Ponto Media acaba de ser galardoado com o prémio de ouro de melhor blogue jornalístico em língua portuguesa, atribuído por um júri no âmbito do Deutsche Welle International Weblog Awards 2004. O facto é motivo de regozijo, porquanto este blogue (e o seu autor, o jornalista e académico António Granado), além de pioneiro, tem deixado uma marca de qualidade na blogosfera. Um abraço, pois, ao António!
O blogue do colunista Ricardo Noblat recebeu o prémio de prata, atribuído pelo público. Entre os nomeados e finalistas, encontra-se ainda o Intermezzo, cuja proeza também daqui se saúda."

IMAGENS DE CINEMA: Financiamentos

O DN de ontem dava conta de uma decisão judicial que encerra uma polémica interessante à volta do papel dos júris no financiamento do cinema. O filme Camarate , de Luís Filipe Rocha, não foi financiado em 1997 e a produtora MGN contestou os critérios que levaram à exclusão desse filme e ao apoio a um filme de Joaquim Sapinho e a um de João Mário Grilo (no tempo do Ministro Manuel Maria Carrilho). Escreve Eurico de Barros “A produtora entendia que a Comissão Técnica de Apreciação, composta pelo professor e autor Eduardo Prado Coelho, pelo crítico Mário Jorge Torres e pelo então director-geral da SIC, Emídio Rangel (ausente), decidira segundo critérios de «apreciação estética». Quando, pelo Regulamento em vigor, deveria tê-lo feito pelos critérios do currículo do realizador, do produtor e interesse estratégico do projecto. São estes que orientam o Apoio Directo, ao contrário do Apoio Selectivo, feito com base na qualidade artística, estética e cultural dos projectos apresentados. “
O Supremo Tribunal Admnistrativo decidiu segundo os critérios da lei, o que não pode ser contestado. Mas também tem interesse para o futuro equacionar a posição de Eduardo Prado Coelho: “Os júris do cinema são cada vez mais compostos por juristas em vez de artistas e críticos; proponho que sejam só os juristas a fazer parte deles.»

IMAGEM: CINEMA

Assinalo mais um texto de João Lopes no DN de hoje, "Perfume de cinema", sobre a publicidade que Nicole Kidman fez para a Chanel, realizado por Baz Luhrmann. “Um dos mais fabulosos filmes de 2004”, diz João Lopes. Uma publicidade pode ser um fabuloso filme, inquestionável. E tem a vantagem de ser bem curta.
Lamento não conseguir encontrar o texto no site do DN para fazer um link.

IMAGEM: VER OS ROSTOS


The Economist publica um interessante artigo sobre ao reconhecimento de rostos. Tenho ideia precisa que João Lobo Antunes numa conferência na Fundação Calouste Gulbenkian,talvez há um ano se referiu a este reconhecimento. Ainda guardo a recordação que os humanos reconhecem melhor os rostos que os objectos, talvez pela necessidade de sobrevivência que os obrigou a dar grande atenção ás expressões dos outros humanos, ora amigos, ora ameaçadores. O artigo intitulado “About face” descreve diferentes investigações neste domínio recentemente realizadas e põe em destaque o conceito de prospagnosia que implica dificuldades no reconhecimento dos rostos. O artigo ilustra com uma pintura de Magritte "Le fils de l’homme" esse rosto ausente. E ficamos a saber que, os cérebros observados numa das investigações realizadas através de imagens de ressonância magnética, mostram uma actividade muito superior a olhar para os rostos quando comparada ao olhar para os objectos.

"A third study, published in this week's Neuron by Galit Yovel and Nancy Kanwisher of the Massachusetts Institute of Technology, digs a little deeper into the question. Dr Yovel and Dr Kanwisher have been studying what happens in people's brains when they look at faces.

To do this, they used a brain-scanning technique called functional magnetic-resonance imaging, which follows the brain's activity in real time. Their area of particular interest was part of the brain called the fusiform face area (FFA), which previous work had suggested is involved in the recognition of objects, including faces.

Dr Yovel and Dr Kanwisher showed their subjects pictures of faces and houses, and measured the level of activity in the FFA. They found that it was far more active when someone was looking at a face rather than a house."

IMAGEM: TELEVISÃO

Em Espanha foi aprovado um Código de Protecção de Menores relativo às emissões de televisão.

IMAGEM: CINEMA, DOCUMENTÁRIO

Há dias organizei um Falar Televisão sobre O Documentário na Televisão. Coligi uma breve bibliografia sobre Documentário, em que sobressaem os trabalhos de Manuela Penafria.

IMAGEM: CINEMA, DOCUMENTÁRIO

GAUTHIER, G., Le documentaire, un autre cinéma, Paris, Nathan, 1995
GODOY, H., Documentário: Realidade e Semiose: Os sistemas audiovisuais como fontes de conhecimento, S. Paulo, Annablume Editora, 2002
PENAFRIA, M. In Bocc http://www.bocc.ubi.pt/
Novas linguagens audiovisuais tecnológicas, 1999
O Documentarismo do Cinema, 2003
O filme documentário em debate: John Grierson e o movimento documentarista britânico, 2004
O filme documentário em suporte digital, 1999
O plano-sequência é a utopia. O paradigma do filme-Zapruder, 2003
O ponto de vista no filme documentário, 2001
Ouvir imagens e ver sons, 2003
Perspectivas de desenvolvimento para o documentarismo, 1999
Unidade e diversidade do filme documentário, 1998
VAN CAUWENBERGE, G., Vers une définition du documentaire, In Filmer à tout Tout Prix, Bruxelles, Edimedia

AS IMAGENS: Dispositivos da sua recolha em televisão

Não se podem recolher imagens sem regras. Isso diz Eduardo Cintra Torres
no seu artigo das segundas feiras a propósito das filmagens do julgamento Casa Pia e da balburdia gerada pelos jornalistas em reportagem. “Não sendo possível eles auto-regularem as suas movimentações quando em concorrência, quando em directo, sob uma pressão incrível dos acontecimentos e das emissões, cabe às autoridades reguladoras dos movimentos das pessoas no espaço público - os poderes e as polícias - estabelecerem regras e criarem barreiras. Não se trata de limites à liberdade de expressão, trata-se apenas de limites à anarquia.