segunda-feira, novembro 14, 2005
FAZER IMAGENS
No Falar de blogues também se fabricaram imagens. Leia o qure escreveu o André de Carvalho no Geração Rasca.
"Com a chegada da Joana Amaral Dias, começaram a disparar flashes por todo o lado. Subitamente parecia que estava numa disco. A sala toda forrada a preto, cadeiras pretas, e as luzes brancas dos flashes sempre a zurzir, fizeram-me lembrar, por momentos, algumas das saudosas discotecas manhosas da década de oitenta do Bairro Alto. Só faltava o som dos Cult ou dos Bauhaus para o filme ficar completo.
Parecia que não havia ninguém naquela sala que não possuísse acoplada, em si, uma extensão digital que tirasse fotos - o Mcluhan é que tinha razão. Para ajudar à party e, para mais tarde recordar, no centro da mesa, José Abrantes levanta os braços e também começa a replicar a plateia com a sua extensão digital, flashando tudo e todos. Cada vez que apontava a câmara na minha direcção, eu esforçava-me por fazer um ar sério e compenetrado, mas era cada flashada, que não era humanamente possível suportar toda aquela luz de olhos abertos e manter simultaneamente uma pose adequada à circunstância."
Não haverá quem tenha uma foto minha de braços levantados e a flashar tudo e todos? Só fiz três fotografias...que diria o André se tivessem sido trinta...
No Falar de blogues também se fabricaram imagens. Leia o qure escreveu o André de Carvalho no Geração Rasca.
"Com a chegada da Joana Amaral Dias, começaram a disparar flashes por todo o lado. Subitamente parecia que estava numa disco. A sala toda forrada a preto, cadeiras pretas, e as luzes brancas dos flashes sempre a zurzir, fizeram-me lembrar, por momentos, algumas das saudosas discotecas manhosas da década de oitenta do Bairro Alto. Só faltava o som dos Cult ou dos Bauhaus para o filme ficar completo.
Parecia que não havia ninguém naquela sala que não possuísse acoplada, em si, uma extensão digital que tirasse fotos - o Mcluhan é que tinha razão. Para ajudar à party e, para mais tarde recordar, no centro da mesa, José Abrantes levanta os braços e também começa a replicar a plateia com a sua extensão digital, flashando tudo e todos. Cada vez que apontava a câmara na minha direcção, eu esforçava-me por fazer um ar sério e compenetrado, mas era cada flashada, que não era humanamente possível suportar toda aquela luz de olhos abertos e manter simultaneamente uma pose adequada à circunstância."
Não haverá quem tenha uma foto minha de braços levantados e a flashar tudo e todos? Só fiz três fotografias...que diria o André se tivessem sido trinta...
com o jeito que ele tem para narrativa... um best seller.
Um rapaz tem jeito não tem?
Escrevo à pouco tempo para o geração rasca e só posso dizer que tive sorte, porque os rapazes são realmente criaturas inspiradas.