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quarta-feira, março 03, 2004
GRANDE PLANO

Vejamos hoje uma fotografia de Man Ray. Cerca de cem anos se passaram sobre a fotografia de Daguerre. O grande plano, de início ausente na fotografia e no cinema começara a ganhar popularidade. Mas com muitas reservas pois os espectadores desconfiam, criticam, não acham natural que uma cabeça possa caminhar sem o corpo e sem as pernas.
Olhamos para esta fotografia e compreendemos que a sua grande beleza deriva de uma construção: olhar apenas um pormenor é algo que tem a ver com um olhar parcelar, dirigido, concentrado, permitido por uma prótese da visão humana, a das lentes. Compreendemos que a força das lágrimas pode ser evocada com mais propriedade a partir de um grande plano do que através de um plano geral, em que a lágrima se dilui no conjunto da pessoa fotografada. Neste caso trata-se, não de uma restrição técnica que modifica o objecto na sua representação, mas de uma potencialidade técnica com o mesmo resultado. Mas essa potencialidade dá outro sentido às lágrimas ( ou aos sorrisos).
 
José Carlos Abrantes | 11:57 da tarde |


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