sexta-feira, agosto 29, 2003
NADAR
Quem foi meu aluno sabe que, de vez em quando, nos exames, havia uma pergunta sobre Nadar Lembrei-me dele agora, para o blogger, pois fui à livraria da FNAC e aí encontrei um pequeno livro, que comprei para oferta a uma pessoa amiga amadora de fotografia. Comprei ainda para a minha colecção de livros (onde os arrumar?) um sobre Jacob Riis e outro sobre Lewis Hine. Vamos ao primeiro.
Nadar exerce a sua actividade ma segunda metade do século XIX em Paris na altura em que a fotografia tem um enorme desenvolvimento. Nadar procura a expressão verdadeira nos seus retratados que são quase sempre homens e mulheres das letras e das artes: Baudelaire, Vitor Hugo, Sara Bernhardt, Manet, por exemplo. Poses em estúdio, com "décors" sóbrios mas muito cuidados, para fazer sair o que cada um tem dentro de si próprio.
Nadar vai também fotografar nas catacumbas de Paris e precisa de inventar um flash, para fotografar no escuro. Sobe a um balão e torna-se num dos primeiros homens a fotografar das alturas, acrescentando uma perspectiva de olhar então desconhecida do olho humano.
O retrato, sendo um dos grandes géneros da fotografia, foi desenvolvido por diferentes autores, com diferentes perspectivas: Disderi, contemporâneo de Nadar, regista a patente do cartão de visita com múltiplas poses e regista um sucesso comercial estrondoso. Julia Margaret Cameron (1815-1879) faz um trabalho semelhante ao de Nadar em Inglaterra, fixando também contemporâneos célebres. Lewis Carrol (1832-1898), autor de Alice no País das Maravilhas, fotografa rapariguinhas, algo estranho, perturbador. Muitos outros assinalam depois grandes variações no modo de retratar: Philip Halsmann, por exemplo, salta com os seus modelos para obter um momento mais solto, menos tenso.
Nadar, London, Phaidon, 2002
Quem foi meu aluno sabe que, de vez em quando, nos exames, havia uma pergunta sobre Nadar Lembrei-me dele agora, para o blogger, pois fui à livraria da FNAC e aí encontrei um pequeno livro, que comprei para oferta a uma pessoa amiga amadora de fotografia. Comprei ainda para a minha colecção de livros (onde os arrumar?) um sobre Jacob Riis e outro sobre Lewis Hine. Vamos ao primeiro.
Nadar exerce a sua actividade ma segunda metade do século XIX em Paris na altura em que a fotografia tem um enorme desenvolvimento. Nadar procura a expressão verdadeira nos seus retratados que são quase sempre homens e mulheres das letras e das artes: Baudelaire, Vitor Hugo, Sara Bernhardt, Manet, por exemplo. Poses em estúdio, com "décors" sóbrios mas muito cuidados, para fazer sair o que cada um tem dentro de si próprio.
Nadar vai também fotografar nas catacumbas de Paris e precisa de inventar um flash, para fotografar no escuro. Sobe a um balão e torna-se num dos primeiros homens a fotografar das alturas, acrescentando uma perspectiva de olhar então desconhecida do olho humano.
O retrato, sendo um dos grandes géneros da fotografia, foi desenvolvido por diferentes autores, com diferentes perspectivas: Disderi, contemporâneo de Nadar, regista a patente do cartão de visita com múltiplas poses e regista um sucesso comercial estrondoso. Julia Margaret Cameron (1815-1879) faz um trabalho semelhante ao de Nadar em Inglaterra, fixando também contemporâneos célebres. Lewis Carrol (1832-1898), autor de Alice no País das Maravilhas, fotografa rapariguinhas, algo estranho, perturbador. Muitos outros assinalam depois grandes variações no modo de retratar: Philip Halsmann, por exemplo, salta com os seus modelos para obter um momento mais solto, menos tenso.
Nadar, London, Phaidon, 2002