<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar/4000921?origin\x3dhttp://asimagensenos.blogspot.com', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
sexta-feira, junho 30, 2006
IMAGENS DA REPRESSÃO
Já divulgado em orgãos de comunicação social eis um comunicado redigido por ex-presos políticos. Amanhã, 1 de Julho, haverá uma concentração às 10h 30, junto à Sé de Lisboa.
O texto evoca imagens da repressão, dum tempo de que, felizmente, nos libertámos no 25 de Abril.

NÃO APAGUEM A MEMÓRIA DO ALJUBE

Ao longo de mais de 30 anos a cadeia do Aljube, em Lisboa, foi um dos principais símbolos da repressão fascista.
Os presos eram aí encarcerados em celas com cerca de 2,20x 1,20 m , enxovias onde a cama era uma tarimba em madeira com uma enxerga sem lençóis. Não havia luz natural, mas uma pequena lâmpada que só acendia nas horas de refeição e um pouco antes do silêncio nocturno. Pela sua dimensão, onde só cabia uma pessoa, estas celas ficaram conhecidas como “curros”. O isolamento era total e as visitas de familiares, raras.
A estas condições de detenção juntavam-se outras não menos vergonhosas e vexatórias da dignidade dos presos: não tinham direito à posse de qualquer objecto pessoal, não podiam usar cinto nem atacadores, a leitura era proibída. Só tinham direito a um banho por semana, quando havia, no mesmo local onde evacuavam: por cima da “turca” colocavam um estrado de madeira.
Nestas condições estiveram encarcerados por longos períodos, que chegaram a atingir seis meses sem visitas, milhares de portugueses que lutaram contra a opressão do regime salazarista.
Devido a queixas várias, entre as quais da Amnistia Internacional, o Aljube acabou por ser fechado em Agosto de 1965 e em 1968 Marcelo Caetano ordenou a destruição dos “curros”.

No mundo concentracionário do fascismo português, que foi uma realidade brutal, a cadeia do Aljube constituia a primeira etapa do que era um verdadeiro Roteiro do Terror: seguiam-se longos interrogatórios, que chegavam a durar semanas, na sede da PIDE na Rua António Maria Cardoso, em cujas salas foram inflingidas as torturas do sono e da estátua e executados brutais espancamentos. O Forte de Caxias, o Forte de Peniche e os terríveis campos de concentração do Tarrafal e de S. Nicolau, foram outros locais de opressão e tortura do regime salazarista.
O tempo de detenção dos presos, mesmo quando em cumprimento de pena, aplicada em julgamentos fantoches no sinistro Tribunal Plenário, ficava sempre ao arbitrío da PIDE e durava o tempo que esta entendesse ao abrigo da famosa lei das “medidas de segurança” que estabelecia que o tempo de condenação podia ser prorrogado por períodos de tres anos renováveis: em resultado disso muitos resistentes passaram longos anos na prisão, sem nunca saberem quando seriam libertados.

Por todas estas razões e porque se assiste a uma consistente tentativa de apagar a memória do que foi a resistência ao facismo, quando o regime democrático para o qual estes resistentes contribuiram significativamente se mantém estranhamente desatento a este passado, os signatários, ex-presos políticos, tomam a iniciativa de apelar a todos os companheiros de luta para que se juntem a nós na exigência da recuperação do edifício do Aljube como local de memória da resistência ao fascismo.

Não consentiremos no branqueamento do fascismo nem na deturpação da luta dos resistentes!
 
José Carlos Abrantes | 3:43 da tarde | 0 comments
PROXIMIDADES


Não é desta versão que gosto mais, nem é esta a canção que escolheria se tivesse outraa alternativas. Mas, do que está no You Tube, é a que escolho. No lançamento do Carioca, o Chico Buarque é uma grande proximidade....de milhões de pessoas. Estranho?
 
José Carlos Abrantes | 2:36 da tarde | 1 comments
AVANCA’06 - Encontros Internacionais de Cinema, Televisao, Video e Multimedia
Enviado pela organização. Ver o Regulamento e ficha de inscrição em SÓ TEXTOS.

10 Workshops – 24 especialistas internacionais de reconhecida obra.
O maior espaco europeu de workshops internacionais de Verao na area dos audiovisuais.
Inscricoes abertas - 26 a 30 de Julho 2006

AVANCA’06, a comemoração da decima edicao!

Durante os cinco dias dos Encontros AVANCA’06, cada participante dos workshops tera um amplo espaco de formacao, varias sessoes competitivas de filmes, documentarios de televisao, videos, web-movies, numa seleccao inedita vinda de todo o mundo, exposicoes e espacos destinados ao encontro de todos os participantes.
Entretanto… nos ultimos dias o AVANCA’06, ira visitar o Festival de Gastronomia de AVANCA!

OS WORKSHOPS:

1 - “Cinema e pintura – um espaço criativo para protagonistas”
A pratica do cinema e da pintura como artes onde se contam historias de protagonistas. O filme “Topor et moi” ee o ponto de partida de todo o trabalho criativo previsto.
Com Sylvia Kristel e Ruud den Drijver (Holanda)

2 - “Desenvolver projectos de animacao para ou de adultos”
A animacao de adultos ee um espaço unico e livre onde toda a criatividade ee bem vinda. Mas desenvolver na pratica projectos de animacao sera um desafio criativo arriscado?
Com Picha (Belgica)

3 - “A direccao do trabalho do actor”
A analise e a pratica do trabalho do actor e da direccao do seu trabalho no cinema contemporaneo. Para actores e realizadores.
Com Szabolcs Hajdu (Hungria)

4 - “Ficcao ou documentario? Tanto faz... realizar um documentario e espreitar os temas ilegais do audiovisual”
A pratica da realizacao de um documentario em tres dias e a necessidade de ir sempre ao cinema com um advogado... (bases juridicas e legais necessarias para produtores e realizadores).
Com Enrique Nicanor e Cayetana Mulero (Espanha)

5 - “Captar e tratar o som directo do cinema e do video digital”
Os equipamentos e as técnicas de captação de som directo, com vista à utilização no cinema e no vídeo digital, optimizando a qualidade do som recolhido, de modo a melhor intervir na pós-produção.
Com Joaquim Pinto (Portugal)

6 - “Producao e co-producao de longas-metragens na Europa”
Como ser e o que deve saber para ser um produtor na Europa. Os candidatos devem indicar os seus 3 filmes e 3 livros preferidos, bem como as suas revistas de leitura habitual.
Com Rudolf Mestdagh (Belgica)

7 - “Storyboard no cinema de imagem real”
Abordagem teorica e pratica ao “storyboard” aplicado aa ficcao de imagem real.
Com Raphael Saint-Vincent, Olivier Saint-Vincent, Louis de Rancourt (Franca)

8 - “Controlar a luz na animacao de pixiliacao”
Experimentar a imagem e o seu controlo na construcao de animacao com actores. A pratica da animacao e da direccao de fotografia.
Com Urmas Joemees (Estonia)

9 - “Escrever ficcao de longa-metragem de baixo orcamento – o ponto de vista do argumentista, do realizador e do produtor”
A linguagem cinematografica ee a base de todos os audiovisuais contemporaneos, aqui abordada numa forma pratica, experimental e pedagogica.
Com Ahmed Boulane (Marrocos)

10 - “Como utilizar um telemovel na sala de aula”
Destinado a professores e a todos os interessados em experimentar as novas possibilidades audiovisuais dos telemoveis para intervir criativamente nas aulas. Ee a aposta da utilizacao de um “brinquedo” na educacao para o cinema e o audiovisual.
Com Anibal Lemos, Francisco Lanca, Francisco Vidinha, Henrique Espirito Santo, Joselia Neves, Lauro Antonio, Maria Antonia Seabra, Sergio Nogueira e Serio Fernandes (Portugal)
 
José Carlos Abrantes | 12:39 da tarde | 0 comments
quinta-feira, junho 29, 2006
PROXIMIDADES

Vaya con dios - Nah neh nah
 
José Carlos Abrantes | 12:57 da manhã | 0 comments
PROXIMIDADES

Uma emoção nunca vem só....
Chanson pour l'Auvergnat, Georges Brassens
 
José Carlos Abrantes | 12:41 da manhã | 0 comments
PROXIMIDADES Jacques Brel - Ne Me Quitte Pas

Uma emoção...com pérolas de chuva num país sem chuva...
 
José Carlos Abrantes | 12:27 da manhã | 0 comments
quarta-feira, junho 28, 2006
UM LIVRO DE PEDRO SERRAZINA
capa

Não conheço pessoalmente o Pedro Serrazina. Mas conversei com muitos alunos sobre as imagens que ele criou na Estória do gato e da lua, imagens que deixaram sempre um espanto e uma emoção, cada vez que foram vistas. E a palavra belo era muitas vezes usada. E os sons, de Tentugal, nunca passaram sem ser notados.
Agora um livro...

convite
 
José Carlos Abrantes | 7:30 da tarde | 0 comments
E ESTA, mais adequada aos tempos de bola...
 
José Carlos Abrantes | 12:38 da manhã | 0 comments
AS CANÇÕES SÃO COMO AS CEREJAS
e ainda deve haver (di)anas...
 
José Carlos Abrantes | 12:06 da manhã | 0 comments
terça-feira, junho 27, 2006
DEAN MARTIN
Ainda não aprendi a pôr música, mas a atracção é irresistível...

 
José Carlos Abrantes | 11:48 da tarde | 0 comments
FILMES NOS TELEMÓVEIS
Hoje o Público noticia que uma adolescente inglesa, de 15 anos, filmou, no seu telemóvel, a entrada de um assaltante em sua casa. Actualmente a polícia usa as imagens para identificar o assaltante. A nossa relação com as imagens manifesta-se a todo o momento, no seu consumo, no seu fabrico, na sua utilização.
 
José Carlos Abrantes | 9:57 da manhã | 0 comments
domingo, junho 25, 2006
DOC LISBOA 2006
de 20 a 29 de Outubro, o mundo cabe em Lisboa, segundo a APORDOC. Nada mais certo.
Também na foto de Gerard Castello Lopes usada para divulgação do Festival se podem meter mundos...
Foto de Gerard Castelo Lopes
 
José Carlos Abrantes | 3:32 da tarde | 1 comments
sábado, junho 24, 2006
SERIGRAFIA
às 16h de hoje, no Centro Português de Serigrafia, rua dos Industriais, no 6, em Lisboa, inaugura-se uma exposição de Silva Palmeira, "o Amor do Visível.
A rua é perto da Assembleia da República, a exposição estará ate 29 de Julho e o título da obra aqui referida é Luz do Rio.

Luz do Rio
 
José Carlos Abrantes | 3:14 da tarde | 0 comments
sexta-feira, junho 23, 2006
FILME DE ZEPE sobre Stuart
Ontem, na entrega dos prémios Stuart, foi exibida uma animação feita por Zepe. Mais um bom trabalho no cinema de animação feito em Portugal.



ver também outros post em 1001 Razões para Gostar de Portugal e em Os Media, o Jornalismo e Nós.
 
José Carlos Abrantes | 6:22 da tarde | 5 comments
quinta-feira, junho 22, 2006
DIREITO À IMAGEM
Coloquei no O céu sobre Lisboa alguns comentários que aqui reproduzo.

"Há países onde o rigor é maior que em Portugal. Por exemplo, em França, lembro-me que um fotógrafo se queixou, no programa Arrêt sur Images, de Daniel Schneiderman, de ter sido posto em tribunal por ter publicado uma foto de um mimo que estava a fazer uma exibição na rua. Os autores da queixa eram dois e não um: o encenador do espectáculo, que não aparecia na foto, também se juntou à queixa.
José Carlos Abrantes | Homepage | 06.22.06 - 12:57 am | #

Recordo ainda um caso de uma francesa que foi fotografada no campeonato mundial com uma pintura de rosto com as cores da bandeira. A foto foi tirada em multidão, mas depois uma revista, julgo que a Paris Match, isolou a fotografada e fez dela capa. A jovem sentiu-se lesada, recorreu a um advogado, julgo que a tribunais e recebeu uma indemnização. Conheço um caso semelhante em Portugal: a pessoa não protestou, ficou satisfeita com o ter aparecido na primeira página do jornal desportivo. E até fez crónicas, não pagas, no referido jornal.
José Carlos Abrantes | Homepage | 06.22.06 - 1:02 am | #

Ainda um terceiro caso para dar a dimensão da diferença entre a fotografia e a televisão. Na primeira impressão parece que a televisão expõe mais as pessoas, pelo maior número de espectadores. Mas um caso, ainda em França relacionado com os atentados em Paris, no metro, nos meados dos anos 90, levou os tribunais a condenar a publicação impressa e a serem mais complacentes com a imagem em movimento. Tratava-se de imagens de pessoas feridas. A permanência da imagem fixa pesou no juízo face à volatilidade da imagem televisiva.
José Carlos Abrantes | Homepage | 06.22.06 - 1:08 am | # "
 
José Carlos Abrantes | 1:08 da manhã | 0 comments
quarta-feira, junho 21, 2006
IMAGENS EM CITAÇÃO


Visto no Abrupto.
 
José Carlos Abrantes | 6:42 da tarde | 0 comments
FALAR DE BLOGUES com José Pacheco Pereira
Só agora posso disponibilizar o Falar de Blogues com José Pacheco Pereira, que teve lugar em 7 de Dezembro de 2005. Outra vez graças ao Pedro Custódio. Não está famoso o som, mas ouve-se...
 
José Carlos Abrantes | 5:06 da tarde | 0 comments
DIREITO À IMAGEM
O céu sobre Lisboa publicou 4 fotos de pessoas que passam numa rua de Lisboa, ali na esquina que dá para a Praça Camões. As fotos são muito interessantes, revelam algo da verdade que as pessoas trazem com elas. E o debate que se seguiu sobre o direito a fotografar pessoas na rua é, também ele, muito interessante e a merecer desenvolvimentos.

Já publiquei aqui imagens que me incomodaram, também. E, ainda recentemente, num Falar de Blogues, uma pessoa presente me questionou por ter tirado uma foto à assistência, o que tenho feito com alguma regularidade. Será que as pessoas que estão num debate público podem exigir que a sua imagem, integrada no colectivo da assistência, não seja publicada? Parece-me que não.

Vale a pena ler os argumentos esgrimidos no O céu sobre Lisboa, no dia 9 de Junho, onde vou pôr parte deste comentário.
 
José Carlos Abrantes | 6:20 da manhã | 1 comments
terça-feira, junho 20, 2006
KLIMT
Segundo o DN, os valores mais elevados de sempre foram pagos por uma pintura, neste caso um quadro de Klimt, Adele H.

Não há semiologia que resista a esta relação dos dólares com as imagens...

Adele H

Segundo o Público, "o retrato de Adele, um óleo incrustado a ouro, é considerado como uma das peças mais significativas do artista, que foi apontado como amante da aristocrata. Pintado em 1907, foi uma encomenda do marido, Ferdinand Bloch-Bauer, um industrial de açúcares judeu que dispunha ainda de outros quatro quadros do mesmo autor na sua colecção - um segundo retrato da mulher e três paisagens, avaliadas em cerca de 105 milhões de euros, valor agora alcançado apenas com uma das obras.
Adele, que liderava um salão literário em Viena e morreu em 1925, teria manifestado a sua vontade de doar as obras ao museu nacional da Áustria. O marido nunca cumpriu esse desejo, mantendo-as na posse da família. As pinturas seriam roubadas da sua casa de Viena pelos nazis em 1938; Maria Altmann, então uma jovem recém-casada, assistiu à pilhagem antes de escapar para os EUA com outros familiares judeus em fuga das perseguições do regime de Hitler."As imagens também têm história e estórias...

PS Tenho-me interrogado sobre o que são 105 milhões de euros. Eis algumas respostas depois de uma breve pesquisa:

105 milhões de euros para a aquisição de 10 mil novos vagões de mercadorias (Boletim UE 7/8-2000 (pt): 1.10.17);

O orçamento da SAD do Sporting para a próxima época vai fixar-se em 19 milhões de euros, ou seja, mais 2 milhões do que na temporada passada (Record). (entre 5 e 6 equipas do Sporting)

Informação - Bruxelas recomenda licença única para cópias da Net ...
As estimativas para os lucros da venda de música através da Net em 2005 apontam para cerca de 500 milhões de euros nos EUA e somente 105 milhões na Europa. ...
 
José Carlos Abrantes | 4:16 da tarde | 1 comments
ECOLOGIA DA IMAGEM
Inseri hoje no meu site o texto Breves contributos para uma ecologia da imagem, resultante de uma comunicação proferida em Castelo Branco, em 1999.
 
José Carlos Abrantes | 11:42 da manhã | 1 comments
TOPOR
O Festival de Avanca levou-me ao blogue de TOPOR de quem vi uma animação, La Planete Sauvage, entre 1982 e 1984 em Bordeus, salvo erro. E nem as imagens, nem o nome do artista se esquecem.
 
José Carlos Abrantes | 11:30 da manhã | 0 comments
TOPOR versus Emanuelle
avanca2006

e viva o Festival de Avanca (de 26 a 30 de Julho).

"Sylvia Emmanuelle Kristel nos encontros de Avanca
Sylvia Kristel (n. 1952), a actriz francesa de origem holandesa que se tornou famosa por ter protagonizado Emmanuelle (1973), de Just Jaeckin, o primeiro de uma série de filmes que marcaram o cinema erótico europeu na década de 1970, vai participar no Avanca 2006 - Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia, que se realiza de 26 a 30 de Julho. A actriz dirigirá um workshop dedicado ao tema Cinema e pintura - Um espaço para protagonistas, a partir do filme Topor et Moi (2004), uma pequena animação que a própria Sylvia Kristel realizou, em parceria com o pintor e animador Roland Topor, sobre a vida artística em Paris na época da série Emmanuelle. Na sua 10ª edição, os Encontros de Avanca contarão também com a presença de outro nome marcante da animação europeia, o belga Picha (autor da longa-metragem Tarzoon, a Vergonha da Selva), que orientará igualmente um workshop, ao lado do realizador húngaro Szabolcs Hajdu. "

do Público de hoje...
 
José Carlos Abrantes | 11:06 da manhã | 0 comments
IMAGENS COM SOM AMBIENTE
Se o digital é isto, venha o digital. Sonho com a possibilidade de ver um jogo de futebol com o som ambiente sem ouvir os comentários de ninguém. Ter a sensação de estar no estádio.

"Cansados dos comentários de John Motson, presença obrigatória nas partidas transmitidas pela BBC há 35 anos, os espectadores ingleses abraçaram a alternativa oferecida pelo serviço digital daquele canal: jogos em directo, na televisão, apenas com os ruídos provenientes do estádio como pano de fundo à acção futebolística. O botão vermelho que permite escolher a transmissão sonora durante os jogos deveria, segundo os responsáveis da BBC, servir para ilustrar os últimos benefícios da televisão digital. No entanto, a sua cor tem servido para alimentar a crítica britânica que fala de um "cartão vermelho" nas mãos dos espectadores apresentado ao lendário comentador. Motson, que já comentou mais de 1000 partidas ao longo da sua carreira, é também famoso pelas suas recorrentes "calinadas" em frente ao microfone. O autor de frases como "o Mundial de futebol é um evento verdadeiramente internacional" é muito criticado pelas suas constantes referências ao campeonato de 1966, aparente falta de capacidade em ler o jogo e uma tendência natural para constatar o óbvio. Apesar de tudo, o comentador de 60 anos está de pedra e cal na BBC, estação com a qual tem contrato até ao final do Europeu de futebol de 2008. "

na secção dos media, do Público, hoje.

à atenção da RTP, da SIC e da TVI....
 
José Carlos Abrantes | 11:00 da manhã | 3 comments
segunda-feira, junho 19, 2006
FALAR DE IMAGENS
No próximo semestre iniciarei, em colaboração com a Livraria Almedina,
uma nova série de debates,

Falar de Imagens
.

Já há datas: 7 de Setembro, uma 5ª feira, 17 de Outubro, uma 3ª feira e 16 de Novembro, uma 5ª feira. Sempre às 19h e no Atrium Saldanha, em Lisboa.
 
José Carlos Abrantes | 5:53 da tarde | 0 comments
IMAGENS DE UM REGRESSO XIII
A Virgin, voa a pensar em terra e dá um bom conselho...

Bruxelas Ir e Voltar
 
José Carlos Abrantes | 11:21 da manhã | 2 comments
IMAGENS DE UM REGRESSO XII
Também passei por aqui..
Bruxelas Falstaff

Estive dentro, a olhar para fora..
Bruxelas Falstaff II
 
José Carlos Abrantes | 11:18 da manhã | 1 comments
IMAGENS DE UM REGRESSO XI
Vale sempre apena ir às catedrais por dentro

Bruxelas Catedral Interior

e por fora

Bruxelas Catedral
 
José Carlos Abrantes | 11:13 da manhã | 0 comments
domingo, junho 18, 2006
IMAGENS DE UM REGRESSO X
A Mediappro foi no Botanique
Bruxelas Um dos lugares do Mediappro

e, uma das mesas, foi constituída pelo Tierry, pelo Pier Cesare, pelo Vítor, pela Evelyne e...

Bruxelas Mediappro

..a síntese coube a Sonia Livingstone. Eis um excerto:
 
José Carlos Abrantes | 10:24 da tarde | 0 comments
IMAGENS DE UM REGRESSO IX
Um Espaço Cultural, de porta aberta, é um convite irresistível. E lá dentro havia uma exposição de uma fotógrafa, Josephine Rodriguez.

Bruxelas Espace Wallonien IV

e uma outra de moda...

Bruxelas Espace Wallonien III
 
José Carlos Abrantes | 10:12 da tarde | 0 comments
sexta-feira, junho 16, 2006
IMAGENS DE UM REGRESSO VIII
A Grand Place tem as suas harmonias e os seus contrastes...

Bruxelas Grand Place

e há quem trabalhe, também...

Bruxelas Trabalhadores Grand Place

e não longe, o passeio mais recatado, no caminho da Tropismes e de outra livraria ali perto

Bruxelas Passage
 
José Carlos Abrantes | 5:01 da tarde | 3 comments
IMAGENS DE UM REGRESSO VII
Bruxelas Horas Um tempo que se visualiza...
 
José Carlos Abrantes | 11:03 da manhã | 0 comments
IMAGENS DE UM REGRESSO VI
Bruxelas a descer

A descer e com a ilusão das três dimensões
 
José Carlos Abrantes | 10:59 da manhã | 0 comments
quinta-feira, junho 15, 2006
IMAGENS DE UM REGRESSO V
Já chovia menos quando o Museu apareceu, depois de dobrada a esquina. Bruxelas Museu dos Instrumentos musicais

E, lá dentro, havia instrumentos, como este...

Bruxelas Museu dos Instrumentos Musicais II

e muitas sonoridades...




Cá fora, do outro lado do passeio....

Bruxelas ao lado do Museu dos Instrumentos Musicais
 
José Carlos Abrantes | 11:09 da tarde | 0 comments
IMAGENS DE UM REGRESSO IV
Trazemos imagens de Hergé, solidificadas pelos anos. Imagens que me abriram a imaginação nos anos iniciais de escolaridade. E eram vistas e lidas no Cavaleiro Andante. O suspense durava, então, uma longa semana e chegava ao sábado.

Tintin na lua

Bruxelas BD

Bruxelas BD II
 
José Carlos Abrantes | 7:24 da tarde | 0 comments
IMAGENS DE UM REGRESSO III
Da chuva incomodativa depois da imprevista canícula. Canícula que não foi menos incomodativa.
Bruxelas A chuva, depois da canícula
(continua...)
 
José Carlos Abrantes | 6:53 da tarde | 0 comments
IMAGENS DE UM REGRESSO II
Trazemos imagens de cadeiras vazias após uma chamada dos passageiros do voo TAP número que não recordo, mas que poderia ir verificar, se fosse importante. Mas não é....
Bruxelas Partida
 
José Carlos Abrantes | 6:47 da tarde | 0 comments
IMAGENS DE UM REGRESSO I
Ao regressar trazemos imagens em nós, de nós, dos outros, da cidade, do que vimos e vivemos, imagens que já levámos e voltamos a trazer, imagens que vão desaparecer e outras que ficam. No vôo vamos vendo além da janela...
 
José Carlos Abrantes | 6:23 da tarde | 0 comments
PALAVRAS SOLTAS à volta de imagens
"É óbvio que todos os observadores experientes começam como observadores inexperientes e não sofisticados."

Abigail Housen


IN Capa
 
José Carlos Abrantes | 4:10 da tarde | 0 comments
domingo, junho 11, 2006
AS IMAGENS E OS ADOLESCENTES
"Os diferentes elementos que recolhi no trabalho sobre o acolhimento das séries destinadas a adolescentes permitem analisar concretamente o trabalho de ajustamento que se opera para que o “eu” do telespectador se transforme num “nós”, numa existência em conjunto perante a televisão."

Dominique Pasquier, Públicos e comunidades sociais: O papel dos media na sociedade juvenil In ABRANTES, J.C. (coord.), Écrans em Mudança – Dos Jovens na Internet ao Provedor da Televisão,Lxª, Livros Horizonte, Col. Media e Jornalismo, 2006.
 
José Carlos Abrantes | 8:03 da manhã | 0 comments
sexta-feira, junho 09, 2006
ECRÃS EM MUDANÇA
Tânia Morais Soares e Maria Emília Brederode Santos faciltaram-me textos sobre o livro que apresentaram na Feira do Livro, em conjunto com Paquete de Oliveira. Envolvido na apresentação, esqueci, desta vez, as fotos habituais.

Eis o texto de Maria Emília Brederode Santos:

"ABRANTES, J.C. (coord.), Écrans em Mudança – Dos Jovens na Internet ao Provedor da Televisão,Lxª, Livros Horizonte, Col. Media e Jornalismo, 2006.

Apesar de as investigações relatadas nos dois primeiros capítulos deste livro (de Jacques Piette, coordenador da investigação sobre “os jovens e a internet”, quer no Canadá quer a nível internacional, e de J.C. Abrantes, coordenador em Portugal) terem já meia dúzia de anos e incidirem sobre um meio em expansão aceleradíssima - a Internet – este é um livro extremamente actual que vai ao encontro de questões que estão hoje a ser intensamente debatidas na sociedade portuguesa :

Como explicar e ultrapassar as dificuldades e deficiências da escola portuguesa ? Será a escola portuguesa uma escola “transbordante”, com excesso de tarefas e de missões e que, por isso, acaba por não cumprir a sua função essencial de transmissão de conhecimentos ? Ou, pelo contrário, será uma escola “minimalista”, demasiado centrada nos saberes académicos e que esquece as aprendizagens fundamentais da vida , o aprender a ser, a criar e a viver com os outros ?

Ora os resultados da investigação portuguesa sobre o uso das NTIC e da internet revelam que a escola cumpre melhor o seu papel educativo no que respeita ao acesso às NTIC do que outras instituições com um papel educativo como por exemplo as famílias. Mas com limitações : acesso sim, mas não regular; pouca utilização como recurso pedagógico, utilização sobretudo em espaços não lectivos (sala de informática, centro de recursos, etc.) com pouco enquadramento docente e portanto incluindo “chats” e jogos – o que no Canadá seria impossível (situação que é aliás criticada pelos investigadores canadianos que a consideram “uma excessiva domesticação pedagógica da internet”).

Em Portugal poderá existir, pelo contrário, uma excessiva liberdade no uso da internet ?
O que é certo é que mais uma vez se fala nos perigos deste novo meio de comunicação e mais uma vez se apela à Educação para os Media que se atribui, claro, à escola ! O capítulo II incide justamente sobre a “educação dos públicos”, abrindo com um historial de Jacques Gonnet que regista as várias tendências existentes para defender uma abordagem pela produção a levar a cabo pela escola. Ora esta “educação mediática” poderia ser realizada pelos media, especialmente pela tv se esta assumisse a sua função educativa, coisa que de modo algum acontece, como lamenta Marçal Grilo no capítulo “Televisão : educação ou deseducação?”

Geneviève Guicheney, provedora de programas da France Télévision, relata-nos a sua experiência n o Capítulo III deste livro. Fica-nos a reflexão :a criação recente em Portugal da figura do provedor do telespectador na RTP poderá ser uma porta de entrada para a tv começar a fazer educação para os media ?"Maria Emília Brederode Santos


E o de Tânia Morais Soares.

Apresentação Pública do Livro: Abrantes, José Carlos (Org.), Ecrãs em Mudança, Lisboa, Livros Horizonte/CIMJ, 2006.

6 de Junho de 2006, Feira do Livro de Lisboa.

Comunicação de Tânia de Morais Soares – Investigadora do ISCTE e do CIMDE

Gostaria de começar por agradecer o amável convite de José Carlos Abrantes, para participar na apresentação pública do seu livro.

Queria também cumprimentar os meus ilustres colegas de mesa (Maria Emília Brederode Santos e José Manuel Paquete de Oliveira), bem como a editora Livros Horizonte e o CIMJ, pelo excelente trabalho que nos dão agora a oportunidade de conhecer.

Sobre este livro haveria certamente muito a dizer, suscitou-me imensas reflexões e cruzamentos interessantes com outras problemáticas que tenho vindo a estudar, mas o tempo escasseia e vou tentar salientar apenas alguns aspectos fundamentais. Embora o livro cruze três grandes objectos de estudo da actualidade: A Televisão, a Internet e a Educação, vou centrar-me na vertente associada à Internet.

Sobre a temática que atribui o título ao Livro, ou seja a dos Ecrãs, é talvez interessante verificar que o próprio dispositivo veio alterar profundamente uma espécie de “ergonomia social” desde a difusão da televisão em larga escala, nomeadamente, no âmbito do registo da convivialidade, ao ponto de ser apelidada de “lareira electrónica” enquanto centralizadora e agregadora das relações sociais e familiares. Curioso é ainda o facto de o Ecrã de computador ser feito à imagem e semelhança do Ecrã de televisão embora, à partida, destinado a fins essencialmente opostos: um para utilização essencialmente colectiva embora domiciliária, outro para utilização individual; um destinado à comunicação de massas, outro à produção de informação técnico-profissional restrita a grupos específicos; um essencialmente do âmbito da esfera pública, outro da esfera privada; um orientado para os conteúdos audiovisuais, outro para os conteúdos escritos e para a linguagem matemática; etc.

Até há bem pouco tempo, estas e outras distinções faziam todo o sentido e tendiam a afastar a natureza destes dois tipos de dispositivos de comunicação. No contexto actual, estamos precisamente a assistir ao desenvolvimento da dita convergência tecnológica que levanta um vasto conjunto de questionamentos, nomeadamente, sobre a eficácia comunicativa de uma futura e plena integração dos conteúdos audiovisuais na Internet. O modelo de difusão da televisão tradicional continua a demonstrar níveis de eficácia comunicativa e de intervenção social sem paralelo. Daí, podermos questionar, porquê investir seriamente na promoção do online se a televisão permanece o meio mais performativo do tempo presente, o mais poderoso de todos os mediadores sociais? Porquê apostar num modelo electrónico de televisão se o modelo herteziano mantém a liderança, mesmo face ao cabo? Porquê transferir para a Internet a difusão de conteúdos audiovisuais? Será que o futuro da televisão está na Internet ou o futuro da Internet está na Televisão? Estaremos a assistir ao fim da Televisão, pelo menos nos moldes em que a conhecemos? As questões são inumeráveis e as respostas são tão efémeras quanto a própria inovação tecnológica.

Concretamente a respeito do conteúdo do livro em causa, devo admitir que tenho trabalhado muitas das problemáticas em foco, embora não na perspectiva dos jovens que me parece verdadeiramente interessante.

Com efeito, inúmeros estudos têm dado a conhecer que os utilizadores da Internet possuem um perfil bastante diferenciado daquele que é o perfil da população portuguesa em geral. As características sociográficas do público online são tendencialmente dissemelhantes das da audiência dos media tradicionais, o que se acentua no que respeita à heterogeneidade da audiência televisiva, aproximando-se mais de uma maior segmentação associada aos públicos da imprensa escrita.

Porém, aquilo que parece distinguir mais profundamente os públicos da Internet é precisamente a variável idade. A diferenciação geracional foi, a meu ver, bem retratada por Dominique Wolton, quando associa a Internet à aventura cultural de uma geração. Citando este autor, trata-se de “uma geração que nasceu com a televisão e que quer quebrar laços com esse medium para se distinguir das gerações precedentes. Uma geração a quem agrada a vertigem da velocidade e a diluição das distâncias”.

Ora o que este livro faz é então dar a conhecer as representações e a praxis desse grupo predominante na estrutura da audiência da Internet, e passo a citar: “Ao abordar a questão dos públicos dos media, creio também ser oportuno falar nos jovens, que, afinal de contas, representam o futuro desses públicos, bem como da Internet, que, para eles, representa o futuro dos media”.

Entre as diversas tendências apuradas neste estudo, existem algumas que não quero deixar de salientar:

Embora este grupo de investigadores não se queiram centrar na questão da problemática dos efeitos, colocam em evidência algumas questões de extrema importância e actualidade e que se encontram no cerne do debate teórico, nomeadamente:

1. A questão do livre acesso versus o controlo do acesso a alguns dos conteúdos da Rede;

«Trata-se de um domínio difícil para as escolas dados os riscos da navegação livre, contacto fácil com conteúdos pornográficos, por exemplo, ou a prática do chat como forma de encontros directos».

2. A questão da credibilidade das fontes de informação que circulam na Rede;

«os jovens confiam na informação que a Internet contém. Porém, acabam por hierarquizar os graus de confiança atribuindo quase sempre maior credibilidade a sites oficiais ou institucionais».

3. A relativa à autonomia ou independência do utilizador na confecção do seu próprio consumo de informação (alusão aos self-media, à interactividade e à pro-actividade);

«O atractivo da Internet – o que a distingue dos média tradicionais, em que os “programas são impostos” sem interacção possível – é a possibilidade que oferece a cada um de agir sozinho e orientar, ao seu próprio ritmo, o modo de consulta que deseja».

4. Os efeitos sobre os restantes consumos culturais: não só de media mas de cultura em geral;

«O que os jovens abandonam em favor da Internet é o que Mariet designa por “televisão tapeçaria”, a televisão que viam quando não tinham mais nada que fazer, a que servia para ajudar a passar o tempo”.
Consideram que existe sobretudo uma relação de complementaridade entre a Internet e os media “tradicionais”. Alguns chegam a admitir uma integração, mesmo uma fusão de todos os media, se bem que a configuração desse “megamedia” permaneça, aos seus olhos, bastante vaga».

5. Os efeitos nas sociabilidades e na socialização (dependência versus autonomia do sujeito);

«A prática é individual, não é solitária. As conversas sobre a Internet ocorrem entre pares. As utilizações excessivas constituem uma excepção; o efeito de dependência é mínimo. São de facto os jovens quem se apropria da Internet e não é a Internet que se apodera dos jovens».

6. O futuro da integração tecnológica na vertente pedagógica e nos métodos de ensino convencionais;

«Os jovens estão convencidos de que uma grande parte da sua aquisição do saber pode passar pela Internet, tanto na escola como fora dela. Em contrapartida, a maioria afirma que a Internet não pode substituir a escola na sua estrutura clássica (aula, professor e quadro): para eles, a escola é uma ocasião de socialização que a virtualidade da Net não pode substituir».

7. A questão da construção da identidade cultural e nacional na rede (A língua enquanto referência identitária);

«Ao navegar na Internet, não se sentem de maneira nenhuma “estrangeiros” num ambiente alheio à sua cultura. Os jovens não fazem distinções quanto à origem nacional dos sítios e dos recursos na Net. Também não se referem ao conceito, abstracto para eles, da francofonia; o que lhes importa é a língua em que a usam».

8. A questão da evolução ortográfica e gramatical do discurso escrito e oral das futuras gerações;

«Os adultos mostram-se preocupados com a qualidade do francês que os jovens utilizam, mas para estes, o “francês da Net” é uma transcrição, uma transposição que tem de ser rápida, cómoda e eficaz – é de certo modo a estenografia da Net – e os jovens fazem claramente a distinção entre esta utilização específica do “francês de chat”, o francês escrito convencional e a língua falada».

9. A questão da cultura do audiovisual tender a suplantar a cultura literária;

«A pesquisa tradicional nas bibliotecas parece estar irreversivelmente condenada, não resiste à comparação com a rapidez, a comodidade e a eficiência da pesquisa na Internet.
Consideram que a informação contida nos livros é “antiga”. Para eles, a informação que circula na Net é mais recente por ser constantemente actualizada».

10. O futuro do confronto ou da comunhão de interesses geracionais;

«Os pais, depois de tomada a decisão de aceitar uma ligação em casa, quase não intervêm e exercem muito pouco controle sobre a forma como os filhos utilizam a Internet. Na maioria dos casos, as conversas sobre a Internet ocorrem entre pares e em detrimento das relações “inter-geracionais».

Concretamente no que respeita ao caso português é fundamental a conclusão de José Carlos Abrantes: «a escola representa um local de forte democratização para a Internet em Portugal (…) Paradoxalmente, a escola tem, em geral, uma abordagem fraca, sem profundidade, da Internet». Reflectida na desilusão um aluno português: «os seus professores raramente apelam ao uso da rede como recurso pedagógico, o que a seu ver é incorrecto, dado que “poderia ser uma coisa muito interessante”».

Mas existem duas conclusões que me parecem essenciais e com as quais gostaria de terminar:

A primeira é a que se refere à hipótese segundo a qual «o crescimento de utilização da Internet no domicílio passe sobretudo pelos lares com jovens».

E para finalizar, a que afirma: «a Internet, apesar de ser considerada “revolucionária” do ponto de vista tecnológico, integra-se no quotidiano com facilidade e sem perturbações de maior. Os adolescentes vêem na Internet muito mais uma evolução do que uma revolução».

Esta e outras ideias lançam as bases para um amplo e interessante debate e fazem deste livro um ponto de partida importante e uma referência bibliográfica fundamental para aqueles que se interessam por estas temáticas. Por todos estes motivos que espero que agucem a curiosidade para a sua leitura, volto a cumprimentar José Carlos Abrantes pelo seu excelente trabalho."Tânia Morais Soares
 
José Carlos Abrantes | 12:49 da tarde | 1 comments
FABRICAR IMAGENS...
...e discuti-las é um bom princípio. É o que tem feito Susana Sousa Dias, no King.

No relato do Público de hoje, dia 8, Susana Sousa Dias relembrou as dificuldades que teve para usar as imagens de arquivo da RTP, arquivos que deveriam ser de acessibilidade mais fácil para os investigadores e criadores de imagens.

"A própria história da feitura do documentário Natureza Morta, que "foi integralmente pago pela França" e que, segundo a realizadora, não teria sido possível em Portugal, onde lhe foram levantados os mais variados obstáculos, "diz muito sobre as questões da memória e do esquecimento", nas palavras de Susana Sousa Dias.
As imagens, usadas, oriundas dos arquivos da PIDE, tiveram de ser compradas à Pathé francesa, porque em Portugal a RTP lhe pediu somas astronómicas, explicou, salientando que realizar o documentário foi "uma aventura inimaginável", em que foi preciso "correr alguns riscos".


Mais à frente o texto assinala como as imagens se modificam quando lhes é retirada a banda original e também como nova modificação ocorre pela junção de novas sonoridades.

"A ideia era "mostrar o reverso, através das próprias imagens produzidas pelo Estado Novo". E para a concretizar, Susana de Sousa Dias tirou-lhes o som original.
Tira-se o som às imagens e elas mudam radicalmente", explicou a realizadora, que lhes colou um outro som, incómodo, angustiante e metálico, a lembrar portas de ferro que se fecham, como nas prisões."
 
José Carlos Abrantes | 12:15 da tarde | 0 comments
quarta-feira, junho 07, 2006
BRASIL, KIBON
Pôr os pés sobre palavras, no tal Museu....

Brasil, S. Paulo,
 
José Carlos Abrantes | 2:17 da tarde | 0 comments
BRASIL, KIBON

KIBON, originally uploaded by abrantes.

 
José Carlos Abrantes | 2:11 da tarde | 0 comments
O MELHOR DO BRASIL
Museu da Língua Portuguesa, Estação da Luz, S. Paulo

No andar térreo, está uma exposição temporária sobre Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. A instalação artistica mergulha-nos na obra e envolve-nos no "nevoeiro" do sertão.

Brasil, S. Paulo

Brasil, S. Paulo

Brasil, S. Paulo

"Em dois meses o Museu acolheu dois mil visitantes por dia, quatro mil nos dias de fim de semana, sendo a grande maioria jovens das escolas. Alguns deles tornar-se-ão novos leitores depois de experimentarem os prazeres das palavras que aí manipulam."

O prazer das palavras, no chão que pisamos

Brasil, S. Paulo

Brasil, S. Paulo

Foi seu Cabral
 
José Carlos Abrantes | 12:59 da manhã | 0 comments
terça-feira, junho 06, 2006
ECRÃS EM MUDANÇA Hoje, 18h 30m, no Foyer, Feira do Livro
Dos jovens na Internet ao provedor de televisão

Lá o (a) espero...

Capa"O livro “Ecrãs em mudança” reúne contribuições sobre as relações da televisão e da internet com os seus públicos, sobretudo os jovens. Dá também relevo ao provedor de televisão recentemente instituído pela RTP. A interacção entre os públicos e tais tecnologias faz-se, sobretudo, a partir dos ecrãs, face aos quais nos entregamos, quotidianamente, mais ou menos tempo, na nossa actividade profissional e de lazer. Tais ecrãs estão em mudança pois, quer uns quer outros, sofrem transformações constantes nos conteúdos, nos dispositivos, nos públicos, nas tecnologias que os fazem estar presentes nas sociedades modernas." da introdução do livro Ecrãs em Mudança.

O livro será apresentado por
José Manuel Paquete de Oliveira, provedor da RTP
Tânia Morais Soares, investigadora do ISCTE
Maria Emília Brederode Santos, directora da revista Noesis

às 18h 30m, no dia 6 de Junho, 3ª feira, na Feira do Livro.
O livro sairá na colecção do CIMJ, numa edição de Livros Horizonte. A edição foi subsidiada pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Abrantes, J.C. (Org.), Ecrãs em Mudança, Lisboa, Livros Horizonte/CIMJ, 2006.
 
José Carlos Abrantes | 9:41 da manhã | 0 comments
segunda-feira, junho 05, 2006
PALAVRAS SOLTAS à volta de imagens
O campo da visão sempre me pareceu comparável ao terreno da escavação arqueológica.
Paul Virilio
 
José Carlos Abrantes | 9:59 da tarde | 0 comments
AS IMAGENS E A REACÇÃO DE LEITORES
Um caso muito interessante a publicação desta fotografia pelo jornal San Antonio Express-News. Interessante sobretudo pelas reacções dos leitores, em contraste com a publicação de uma foto anterior.

disturbingimages

Photo of injured horse stirs complaints

A graphic photograph of a crippled racehorse on the front page of the San Antonio Express-News evoked more than 200 complaints from readers. The photo showed the horse on her knees with her front legs broken and her nose in the dirt. The horse was euthanized shortly after the photo was taken.

Some readers felt the photo and accompanying story should not have appeared on the front page while others suggested its placement was designed to sell newspapers. Editors at the paper think otherwise. The story "showed that behind the glamour of racing there is this underbelly," said editor Audrey Lee, who decided to put the story and photo on the front page. "We knew it (the photo) was emotionally charged content. We knew it would evoke strong reaction. However, most of us felt that when you read the story, the photo illustrated perfectly the plight of some of these horses."

Interestingly, the newspaper recently ran a photo, albeit not on the front page, of a 1916 lynching in Waco, Texas. The newspaper's ombudsman received just two calls in response, neither of which objected to using the photo.

Bob Richter in The San Antonio Express News

Também publicado no blogue Os Media, o Jornalismo e Nós.
 
José Carlos Abrantes | 10:06 da manhã | 0 comments
domingo, junho 04, 2006
PALAVRAS SOLTAS à volta de imagens
Não esqueçamos que, antes de suscitar eventuais comportamentos, as imagens mobilizam os pensamentos, recordações, fantasmas, em suma, tudo que se chama "imagens interiores".

Serge Tisseron, Les bienfaits des images, Paris, Odile Jacob, 2002
 
José Carlos Abrantes | 6:17 da tarde | 0 comments
sábado, junho 03, 2006
FOTOGRAFIA EM LEILÃO
Catálogo

O leilão organizado pela p4photography levou á sala do CCB um numeroso público, entre os quais muitos jovens, como noticia o DN.

A prova do atelier Alvão com os socalcos do Douro foi uma dessas imagens cobiçadas, tendo rapidamente passado de uma base de 25 euros a 540. Um álbum com 88 retratos em caricatura de figuras da vida artística e literária portuguesa passou dos 200 aos 1400 euros. Azeite e Azeitonas e Frutas e Flores, de Mário Novaes, foram dos 50 aos 460 euros. E o livro Lisboa Cidade Triste e Alegre, publicado em 1959 por Victor Palla e Costa Martins, começou nos 400 e acabou nos 1100 euros. Quando foi arrematado, as mais de 200 pessoas que encheram a sala aplaudiram.


O Público também dá atenção ao assunto:
António Barreto, que "não vinha muito comprador porque não quero fazer dinheiro com a fotografia, quero é trocar e aqui é bom para se conhecer pessoas", acha que esse desconhecimento explica-se por este ser "um mercado inseguro". "A fotografia africana vendeu-se pouco. Os retratos das grandes figuras históricas teve pouco sucesso. Houve um do Salazar que se vendeu bem [520 euros] por ser assinado pelo San Payo, mas outros do Salazar não saíram."
Em certos momentos, disse Barreto, "senti que o que estava em causa era a emoção". Porque em Portugal o mercado da fotografia "é novo e reduzido", o sociólogo ficou surpreendido por ver a sala cheia - estariam mais de 200 pessoas, muitas de pé - e por alguns preços que "superaram o que esperava".
 
José Carlos Abrantes | 7:06 da manhã | 0 comments
sexta-feira, junho 02, 2006
SERPA, Junho
Pede ver em Só Textos o programa do Doc's Kingdom.
 
José Carlos Abrantes | 7:53 da tarde | 0 comments
OBTER IMAGENS
Uma carta de um leitor, no Público de hoje, coloca problemas interessantes sobre o modo de obter imagens.

Reportagem com câmara oculta
No dia 30 de Maio de 2006, cerca das 21h00, o canal 1 da RTP transmitiu, ao longo de cerca de 30 minutos, imagens captadas em salas de aulas de uma escola secundária pública, das quais constavam alunos, professores e outros funcionários.

Tais imagens foram captadas por meio de "câmara oculta" [sic], sem conhecimento e sem consentimento dos alunos filmados e foram reproduzidas publicamente sem autorização destes (tratando-se de menores, dos seus representantes legais), os quais, acresce, se encontravam no local onde foram filmados, não por escolha, mas no cumprimento da obrigação legal (que incumbe aos seus encarregados de educação) de cumprir a escolaridade mínima obrigatória.

Sendo certo que as faces dos menores filmados não eram identificáveis nas imagens transmitidas, certamente o foram para quem as captou, montou e divulgou, e permanecerão identificáveis nos registos mantidos dessas imagens. Por outro lado, sendo discernível a cor de pele dos menores, a sua estrutura morfológica e a roupa que tinham vestidos, a identidade dos menores filmados era perfeitamente reconhecível para quem se insira no respectivo círculo social.

De acordo com os jornalistas da RTP, a instalação da "câmara oculta" foi autorizada pelo conselho directivo da escola em causa. Por sua vez, a empresa pública de televisão forneceu os meios técnicos para aquela instalação, inseriu as imagens em apreço numa reportagem produzida, realizada e comentada por funcionários seus, e enquadrou a exibição das imagens assim obtidas num debate em que participou, designadamente, um secretário de Estado.

As imagens captadas e/ou a respectiva captação foram manipuladas de modo a que, em regra, as mesas dos professores (e estes) se encontrassem fora do enquadramento. As imagens foram exibidas truncadas, sem qualquer inserção contextual ou explicação para os comportamentos exibidos. Pelo contrário, surgiram sem som ambiente, e acompanhadas de uma narração subjectiva e emocional e desconforme com as imagens que apresentava (v.g. qualificando de aulas períodos que, manifestamente, não eram lectivos - nalguns achavam-se funcionárias a fazer as limpezas) e de uma música de fundo constante, obviamente retirada da banda sonora de um filme de terror ou suspense.

Os factos ora narrados conformam crimes e infracções disciplinares e deontológicas cuja evidência é chocante. Impõe-se a abertura imediata, pelas entidades competentes, dos procedimentos necessários à punição de quem os praticou. Pessoas que desconhecem de forma tão absoluta os direitos de personalidade dos restantes cidadãos (mesmo daqueles que, na sua magistral opinião, não os merecem) não podem, pura e simplesmente, exercer as actividades de professores, jornalistas e governantes.
Não se pode repetir o grotesco espectáculo de ver tais "distintas personagens" a exigir a obediência de alunos de condição sócio-económica miserável aos melhores padrões de civilidade, enquanto eles próprios violavam os mais básicos vínculos de confiança e respeito a que estão obrigados para com estes e para com a comunidade, e demonstravam o mais inconcebível desconhecimento (ou desconsideração) pelas regras éticas das suas profissões e pela Constituição e leis da República.

José Pedro Tomás Lisboa
 
José Carlos Abrantes | 7:16 da tarde | 0 comments
ECRÃS EM MUDANÇA
Um dos textos é sobre

Os jovens e a Internet: de que “público” se trata?
Jacques Piette
Universidade de Sherbrooke

Resumo
No domínio da pesquisa em comunicação de massas, a análise do público jovem ocupa há muito tempo um lugar muito especial. Realizam-se actualmente numerosos inquéritos com o objectivo de estudar a relação entre os jovens e os media, em particular no que diz respeito à televisão.

No entanto, o retrato que resulta desses elementos de pesquisa causa perplexidades a muitos níveis, pois dá lugar a uma panóplia de posições teóricas difíceis de conciliar, desde a visão alarmista do público passivo, vulnerável, entregue aos efeitos poderosos e perniciosos dos media, àté à celebração da liberdade total do público “naturalmente crítico” – mercê da sua familiaridade e do seu grande conhecimento – que utiliza os media a seu bel prazer, em função das suas necessidades e das satisfações que procura. Entre os dois extremos, encontra-se de tudo, quer sobre os efeitos indirectos e cumulativos dos media, quer sobre os comportamentos e atitudes, ou sobre as percepções que o público jovem tem de si mesmo e do mundo. E é com base nestas posições contraditórias que a educação para os média procura hoje encontrar pistas de intervenção susceptíveis de consenso, tentando estimular a criação duma “distância salutar” favorável ao desenvolvimento da autonomia crítica do jovem em relação aos media.

O aparecimento dos “novos media”, e em primeiríssimo lugar da Internet, veio relançar hoje, mais uma vez, o debate sobre a natureza específica do público jovem. À luz de um inquérito realizado no Quebeque, em França, Portugal, Espanha, Bélgica e Suíça, sobre a percepção, utilização (em casa e na escola) e apropriação da Internet pelos jovens, procura-se explorar as questões ligadas à concepção que se tem do público jovem – se é que ele existe – considerando as relações que este público estabelece com a cultura do écrã adquirida em contacto com os “novos media.
 
José Carlos Abrantes | 10:57 da manhã | 0 comments
quinta-feira, junho 01, 2006
Teatro Almada 2006

Teatro Almada 2006, originally uploaded by abrantes.

Só pelo Piccolo Teatro di Milano já vale a pena. Mas há mais... Lá estarei!

 
José Carlos Abrantes | 4:09 da tarde | 0 comments
ECRÃS EM MUDANÇA
Pode ler aqui a introdução que escrevi para o livro Ecrãs em mudança.
 
José Carlos Abrantes | 12:10 da tarde | 0 comments
HOJE, em Lisboa
Às 18h30, no Auditório da Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento, Rua do Sacramento à Lapa, 21 A Criança e a Televisão: Contributos para o Estudo da Recepção , em que será oradora a Profª. Sónia Carrilho.

À noite, um leilão de fotografia, no CCB.
Do que se conhece, nunca em Portugal o martelo do leiloeiro passou uma sessão inteira a decidir o valor das fotografias. A estreia acontece hoje à noite no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, naquele que é apresentado como o primeiro leilão de imagens fotográficas organizado no nosso país.
Os 300 lotes em disputa representam imagens e suportes que vão desde os primeiros anos da história da fotografia, no séc. XIX, até ao fim dos anos 1970. Entre eles há também livros, máquinas e objectos ligados à fotografia.
Apesar de não se apresentar como um “leilão de autor”, saltam à vista alguns nomes: Carlos Relvas e a planície alentejana, Rocchini e as vistas de Lisboa, A. Bobone e os retratos da monarquia, Biel e os caminhos de ferro, Benoliel e as ruas de Lisboa, San Payo e as faces de Salazar, Alvão e as vinhas do Douro, Horácio Novaes e o sufoco do Estado Novo, Mário Cabrita Gil e os rostos da literatura.

Notícia do Público, hoje.


Dois acontecimentos recentes ambos na linha de pensamento deste blogue que procura aproximar as imagens e os seus utilizadores. Na conferência, são os estudos de recepção, pouco desenvolvidos entre nós, que se afirmam. No leilão são as relações entre a arte, o mercado e o público comprador e apreciador que estão em causa.
 
José Carlos Abrantes | 11:05 da manhã | 0 comments