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sexta-feira, outubro 31, 2003
VERMEER

Nasceu no dia de hoje, há 371 anos, em Delft, o pintor Vermeer . Também em Delft nasceu, no mesmo ano, Antoni van Leeuwenhoe, o inventor do microscópio, uma tecnologia que revolucionou o acto de ver permitindo observar com detalhe o não visto a olho nu. Ambos se conheceram e julga-se que o inventor é o modelo de dois quadros de Vermeer, O Geógrafo e O Astrónomo. O detalhe da pintura de Vermeer na cor, na luz, mesmo na representação dos pequenos gestos dos personagens pode estar ligado a esse conhecimento da visão mais detalhada que o microscópio instalou.
 
José Carlos Abrantes | 3:57 da tarde | 0 comments
quinta-feira, outubro 30, 2003
IMAGENS para hoje

Hoje, 5a feira, escolho três programas à volta das imagens: o início do ciclo Kubrik na Cinemateca, com a exibição do documentário Stanley Kubrik: Uma vida em imagens, de Jan Harlan, isto às 21h 30. No fim de tarde, 19h 30, na FNAC Colombo o lançamento de Paula Rego, Obra gráfica completa, de T.G. Rosenthal e ás 23h, na RTP1 a Grande Entrevista que Judite de Sousa fará a Maria José Morgado, a coincidir embora com o Kubrik da Cinemateca. Cinema, livro, televisão ou não estivessem as imagens cunhadas em diferentes suportes, implicando diferentes modos de as lermos e de as apropriarmos.
 
José Carlos Abrantes | 12:46 da tarde | 0 comments
quarta-feira, outubro 29, 2003
IMAGENS ANIMADAS

O cinema de animação teve, ontem, no King, em Lisboa, uma sessão lembrando a primeira exibição de desenhos animados feita por Emile Reynaud, em Paris, em 28 de Outubro de 1892, três anos antes da primeira sessão pública de cinema.

A apresentação incluíu filmes de escolas de animação de alguns países europeus. Dos portugueses passou um filme de Nuno Beato e outro de André Ruivo, ambos obras muito interessantes. Do debate que se seguiu, conduzido por Fernando Galrito, fiquei com a sensação que a animação portuguesa está a traballhar bastante, sendo talvez necessário passar a novos patamares na formação, na distribuição e divulgação dos filmes.
 
José Carlos Abrantes | 1:03 da manhã | 0 comments
terça-feira, outubro 28, 2003
IMAGENS de televisão

Gostei de ver, ontem, o Presidente da República, Jorge Sampaio na RTP1. A dignidade das imagens e dss palavras ainda é possível, neste tempo em que os jornalistas nos querem fazer crer que o mundo é igual à cabeça deles. Mas não é…Por isso, muito bem Jorge Sampaio, que recusou falar da Casa Pia nao recusando os outros assuntos, mesmo delicados.
 
José Carlos Abrantes | 8:56 da tarde | 0 comments
segunda-feira, outubro 27, 2003
IMAGENS em exposição

Fui no domingo de manhã ao Centro Cultural de Belém ver a exposição World Press Photo. Muito público, desta vez, a ver as fotos do ano. Algumas fotografias por um outro motivo, agarram mais o nosso interesse: destaco uma de Sarah Leen fotógrafa da National Geographic Magazine, que mostra uma "imago" (máscara que reproduzia o rosto do defunto na Roma antiga). O modelo Cassandra Weathley segura na mão uma reprodução do seu rosto feita a partir de silicone que exigiu uma imobilização da modelo durante 40 minutos e que permite reproduzir com fidelidade a textura da pele.


Para quem ainda não viu e nao tiver ocasião de ir ao CCB aqui fica o site da World Press Photo , onde se vêem as fotografias premiadas.
 
José Carlos Abrantes | 12:25 da manhã | 0 comments
IMAGENS em exposição

Fui no domingo de manhã ao Centro Cultural de Belém ver a exposição World Press Photo. Muito público, desta vez, a ver as fotos do ano. Algumas fotografias por um outro motivo, agarram mais o nosso interesse: destaco uma de Sarah Leen , fotógrafa da National Geographic Magazine, que mostra uma "imago" (máscara que reproduzia o rosto do defunto na Roma antiga). O modelo Cassandra Weathley segura na mão uma reprodução do seu rosto feita a partir de silicone que exigiu uma imobilização da modelo durante 40 minutos e que permite reproduzir com fidelidade a textura da pele.


Para quem ainda não viu e nao tiver ocasião de ir ao CCB aqui fica o site da World Press Photo , onde se vêem as fotografias premiadas.
 
José Carlos Abrantes | 12:04 da manhã | 0 comments
IMAGENS Concurso

A Bolsa Ernesto de Sousavai na sua décima primeira edição. Informações na Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento, sendo o telefone e fax 2188596755 e o email bolsaernestodesousa@mail.telepac.pt. O prazo de apresentação de candidaturas é 14 de Novembro.

A bolsa "destina-se a premiar um projecto inédito no âmbito da arte experimental multimédia, proporcionando estágio de um mês na "Experimental Intermedia Foundation", em Nova Iorque. Esta bolsa, criada em memória de Ernesto de Sousa em 1992, é da iniciativa conjunta de Isabel Alves e da Fundação Luso-Americana, a que em 1996 se juntou a Fundação Calouste Gulbenkian.
Agora na sua décima primeira edição, a BES proporcionará um estágio de um mês nos EUA (Março de 2004), sob a orientação da Experimental Intermedia Foundation. O programa de estudos compreende um período de investigação e experimentação nos Intermedia Studios da University of Iowa, sob a orientação do director do departamento de Intermedia, Hans Breder e será completado com a apresentação pública de uma obra com características intermediáticas na sala do EIF, em Nova Iorque, ou noutra que se julgue mais apropriada.

Considera-se uma "criação experimental intermédia" toda a proposta que de alguma forma associe imagem, som e movimento, numa perspectiva de pesquisa e inovação e tendo como finalidade a apresentação de um espectáculo. Os candidatos deverão possuir a nacionalidade portuguesa e ter um bom conhecimento de língua inglesa."

 
José Carlos Abrantes | 12:00 da manhã | 0 comments
sábado, outubro 25, 2003
IMAGENS em concurso

Esta aberto um concurso pela Fundação para a Divulgação das Tecnologias da Informação intitulado Imagem e Som Digital para jovens dos 15 aos 25 anos de idade (até ao dia 5 de Novembro).
 
José Carlos Abrantes | 8:04 da tarde | 0 comments
sexta-feira, outubro 24, 2003
IMAGENS em livro

Recebi recentemente o último livro de Serge Tisseron, Comment Hitchcok m’a guéri: que cherchons nous dans les images?. Um livro em certa medida surpreendente pois Tisseron, psicanalista, fala na primeira pessoa. Segundo ele a questão central das imagens gira hoje à volta das inter-relações entre as imagens que nos cercam e as imagens que nos habitam interiormente. ST opina que entrar nas imagens interiores é uma experiência tão exaltante como ir ao cinema ver as imagens por outros fabricadas. Trata-se de um livro com uma componente psicanalítica mais forte do que o habitual e em que o autor defende a ideia que o olhar continua, de outra forma, a captar as sensações dos primeiros tempos de vida sendo como que uma extensão do toque da pele entre a mãe e o bébé.

Serge Tisseron, Comment Hitchcok m’a guéri: que cherchons nous dans les images?, Paris, Albin Michel, 2003

 
José Carlos Abrantes | 7:13 da tarde | 0 comments
quinta-feira, outubro 23, 2003
IMAGENS E DESIGN

Começa hoje no S. Jorge, emn Lisboa o ciclo de cinema da Experimenta Design. "O detalhe, a miniatura, a poesia e a beleza das pequenas coisas são explorados nos quase 100 filmes apresentados até 2 de Novembro."
Boa sorte para o comissário, o Ricardo Matos Cabo, que foi um dos alunos que tive em Coimbra mais entusiasta e conhecedor das imagens.
 
José Carlos Abrantes | 5:08 da tarde | 0 comments
quarta-feira, outubro 22, 2003
A IMAGEM MUDA COM O TEMPO

Nem tudo que é belo hoje também o foi no passado. Basta ver no Público de ontem, numa peça de Ana Navarro Pedro, como o hoje admirado Botticelli, foi noutras épocas "alvo das chacotas dos seus conterrâneos por recusar entrar na era "moderna" da pintura a óleo." Mudam-se os tempos, mudam-se as imagens….
 
José Carlos Abrantes | 5:11 da tarde | 0 comments
terça-feira, outubro 21, 2003
IMAGENS MENTAIS

Os sonhos de que falamos ontem são imagens mentais que fabricamos e com as quais vivemos, ora reconfortados, ora incomodados, ora indiferentes, por vezes, perplexos.

É impossível deixar de recordar o poema de António Gedeão que Manuel Freire imortalizou numa canção (julgo que já o citei, mas porque não relembrar outra vez um poema bandeira da cultura de resistência? Voltámos, aliás, a precisar de sonhar, como em tempos idos. Valham-nos as imagens interiores ou as metáforas poéticas e literárias).

Pedra filosofal

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
É vinho, é espuma, é fermento,
Bichinho álacre e sedento,
De focinho pontiagudo, que fossa através de tudo
Num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia, máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista, mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista, que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva, alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

António Gedeão,
Movimento perpétuo, 1956


 
José Carlos Abrantes | 8:46 da manhã | 0 comments
segunda-feira, outubro 20, 2003
IMAGENS DE ANIMAÇÃO

Fui duas vezes ao King, no fim de semana, ver cinema de animação. Uma com produções da Aardman (os criadores da Fuga das Galinhas) e outra com filmes de um dos últimos Cinanima, o festival de animação que se realiza em Espinho. Apesar do bom nível da produção da Aardman, gostei mais dos filmes do Cinanima, pois eram provenientes de criadores diversos (espanhóis, japoneses, ingleses..), sendo, por isso, mais interessante ver diferentes estilos narrativos e diferentes processos de animação. Pena que a qualidade da exibição tenha deixado a desejar. Pena também que apenas tenha sido dedicada uma sessão à animação portuguesa, esgotada, o que me impediu de ver os filmes de criadores nacionais. Uma única sessão em 3 dias de exibições, sendo que as sessões da Aardman e do Cinanima tiveram repetição. Critérios pouco uniformes que lamento…
Àqueles que retiram prazer na estética da animação e nas narrativas associadas, resta esperar a próxima sessão do Cinanima, em Espinho, no início do mês de Novembro. Um bom ponto de encontro para os que, de qualquer idade, ainda conservam capacidade de sonhar na vida de adultos.
 
José Carlos Abrantes | 11:32 da tarde | 0 comments
sexta-feira, outubro 17, 2003
INVESTIGAÇÃO SOBRE IMAGENS

Trouxe do Brasil sobretudo imagens mentais, recordações, uma experiência do bom e do mau que por lá pulula. E também uma ou outra prenda, muitos discos, bastantes livros. Já me tenho referido a alguns. Um deles, "Vivendo com a telenovela: Mediações, recepção e ficcionalidade"é um trabalho de qualidade, dirigido Maria Immacolata Vassalo Lopes, da Universidade de S. Paulo. No estudo colabora a professora Sílvia Borelli da PUC de S. Paulo que pude ouvir e conhecer no último Congresso da Intercom.
Livro e Congresso deixaram-me a ideia que ao lado do Brasil com problemas existe um outro pujante e com qualidade.

Este livro é uma investigação sobre telenovelas a partir da sua recepção em 4 famílias. Para as autoras

1 a relação receptores-televisão é necessariamente mediatizada, sendo fruto mesmo de múltiplas mediações;

2 A recepção é um processo e não um momento, fazendo com que a telenovela seja "transportada" para grupos de participação em que o espectador se integra;

3 O significado televisivo é "negociado"pelos espectadores, ou seja os significados propostos pelos que fazem a telenovela não são necessariamente os significados percebidos. Por outras palavras, cada espectador negoceia um sentido a partir da sua cultura, do seu "background", do seu estado emocional, da sua pertença social.

Lopes, Maria Immacolata, Borelli, Silvia e Resende, Vera, "Vivendo com a telenovela: Mediações, recepção e ficcionalidade", S. Paulo, Sumus Editorial, 2002
 
José Carlos Abrantes | 12:10 da tarde | 0 comments
quinta-feira, outubro 16, 2003
IMAGENS DE ASTRONAUTA

Segundo O Diário de Notícias, as autoridades chinesas não transmitiram em directo o lançamento do seu primeiro astronauta com receio que algo corresse mal. "Meia-hora depois do lançamento, a televisão chinesa interrompeu a sua emissão normal para transmitir em diferido as imagens do lançamento. A transmissão directa, que tinha chegado a ser anunciada, foi cancelada dados os receios das autoridades de que algo pudesse correr mal.

Yang Liwei, na sua nova condição de herói, foi ontem durante todo o dia figura central da programação televisiva. Notas biográficas e pormenores vários da sua rotina a bordo da Nave Divina 5 foram sendo sucessivamente transmitidos pela TV."

Aqui está uma televisão "bem" controlada….que lembra outros tempos nas televisões ocidentais.




IMAGENS E LITERATURA José Saramago , numa entrevista ao canal brasileiro TV Cultura, antecipa nova polémica sobre o seu próximo livro intitulado Ensaio sobre a Lucidez. O editor, Zeferino Coelho, ainda não conhece o livro: as imagens circulam mais rápido que as palavras escritas, neste caso, trazendo a Lisboa elementos novos, revelados no Brasil.
 
José Carlos Abrantes | 12:34 da tarde | 0 comments
quarta-feira, outubro 15, 2003
IMAGENS, o que são

A capa e a reportagem da Time sobre Bragança, permitem-me fazer uma breve reflexão sobre o que são as imagens nos dias de hoje.

1 As imagens são frequentemente "impuras", ou seja, a sua significação não depende apenas de si próprias. Neste caso uma praça de Bragança, de noite, com o pelourinho e uma mulher em plano mais próximo, embora desfocada, só ganham sentido mais preciso pelos títulos de capa (EUROPE’S NEW RED LIGHT DISTRICT: How the global sex trade turned a small town upside down) e pelo texto inserido na revista. Não são apenas as palavras que interagem com a imagem, precisando o seu sentido, como o próprio grafismo (dimensão das letras, cor vermelha das palavras RED LIGHT, amarela para Global Sex Trade).

2 A significação das imagens é um aspectos importante do seu estudo. Mas as imagens não significam, muitas vezes, apenas por si. Precisam da linguagem, da palavra escrita ou falada, do som, para que uma significação mais precisa delas resulte. Mas não apenas isso: o contexto da sua produção e difusão podem por si dar-lhe dimensões particulares, o mesmo sucedendo com os contextos de recepção. De facto não é o mesmo "as meninas de Bragança" aparecerem na capa da Time ou num jornal de distrito. E sabemos como o contexto de recepção influencia também essa leitura deixando os bragantinos indignados e o governo reactivo. ("Ontem, a cidade acordou indignada com o "grande exagero, que vem colocar Bragança ao nível de cidades como Amesterdão, Marselha e outras", sintetizou o governador civil de Bragança, José Manuel Ruano.", lê-se no Público)

3 Existe um terceiro aspecto, a relação que estabelecemos com as imagens. Alguns poderão nem se deter muito no seu significado. A capa da Time terá sido um rendimento económico (para o fotógrafo, para a TIME). A relação que o governo português privilegiou foi a de impedir a publicação de uma outra imagem, um anúncio sobre o Euro 2004, acentuando assim esta dimensão económica das imagens. Tal como a relação técnica que existe entre a imagem e os modos da sua fabricação, ou a relação "globalizada" (de difusão massificada) gerada pela publicação numa revista lida em muitos pontos do globo.

Significação, contextos e relação são assim três dimensões distintas embora, seguramente, interligadas. Talvez que o conceito mais geral e abrangente para estudar as imagens seja mesmo o de relação. Voltaremos ao assunto....
 
José Carlos Abrantes | 3:56 da tarde | 0 comments
terça-feira, outubro 14, 2003
TELEVISÃO

Eduardo Cintra Torres assinalou, na crónica de ontem do público que o desafio de criar programas de qualidade, não tinha sido conseguido pelo serviço público de televisão neste ano de vigência da nova admnistração.
 
José Carlos Abrantes | 10:13 da tarde | 0 comments
segunda-feira, outubro 13, 2003
UM EVENTO COM IMAGENS

NOVIDAD é um evento cultural organizado pelo CCBI e pretende ser um espaço de encontro e discussão sobre a utilização das novas tecnologias na criação de imagens, sons e movimento. Nesta nova idade das manifestações artísticas, NOVIDAD pretende promover a reflexão sobre as tendências actuais do cinema. Para além da exibição de filmes, retrospectiva, exposição de instalações vídeo e multimédia a decorrer no Teatro Cine da Covilhã e no edifício Arte e Cultura da Câmara Municipal da Covilhã, realizam-se dois workshops na UBI - Universidade da Beira Interior, explorando as capacidades das novas tecnologias.

NOVIDAD – as novas tendências do cinema
Imagem e som em Zeros & Uns - 2003
(Covilhã-Portugal)
22 Novembro a 5 Dezembro
 
José Carlos Abrantes | 4:23 da tarde | 0 comments
CINEMA

Fui ontem ao S. Jorge ver o filme de Nicholas Philibert, Être et Avoir, que já tinha visto em 2002, em Paris. Renovei a ternura pelo filme, a admiração pelo autor. Parece simples ser professor primário, parece uma boa escolha de vida, vendo a simplicidade e a sabedoria daquele professor de uma aldeia da zona centro de França. Uma bela homenagem a quem ensina….

Vi dois outros filmes na semana de cinema francês que está a decorrer: Bon Voyage, de Jean Paul Rappenau, que achei demasido espalhafatoso, apesar da bela Isabele Adjani (presente na apresentação vestida com uma sóbria gabardine escura) e Swimming Pool, de François Ozon, autor também de 8 Mulheres. Swimming Pool atrai pela surpresa e vivacidade, pela mistura do universo da vida (ficcionada) com o universo imaginado pela escritora de livros policiais que se retira para escrever na casa de campo do editor.

Interessante que em todas as sessões a sala estava praticamente cheia, mostrando que existe público para cinema falado em francês.
 
José Carlos Abrantes | 4:18 da tarde | 0 comments
domingo, outubro 12, 2003
TELEVISAO

Acabei de ver o Arrêt sur Images (Cinquiéme, Domingo, a partir das 11h 38) que foi hoje dedicado ao papel que os media franceses jogaram no "affaire Flactif", o caso de uma família desaparecida. A polícia investigou durante 5 meses e em Setembro, são presos dois vizinhos da família, o casal Hotyat, suspeito de crime. O casal tinha sido longamente entrevistado como testemunha por um magazine da TF!, Sept sur Huit. A narrativa, que for a construída sobre o desaparecido, altera-se radicalmente com a descoberta do assassínio. Um perito, psiquiatra, presente no estúdio, declara que por experiência acumulada parte sempre com uma representação veiculada pelos media que, depois, não coincide com a que se vai emergir no processo jurídico. Os jornalistas foram apontados pelos diferentes intervenientes como narradores parciais, como respigadores de factos e opiniões que colem melhor à narrativa que vão construindo, ignorando os outros factos ou opinões que se oponham ou contradigam. O efeito de espiral do silêncio foi também evocado pois as opiniões não concordantes com a versão dominante, hegemónica nos media, têm tendência a não se exprimir.

Além do tema central foi também interessante ver como David Abiker mostrou como a imagem de Schwarzenegger foi construída de modo bastante empobrecedor na televisão francesa , pondo mais o destaque nos músculos, na cinefilia e no passado de emigrante, do que no programa do candidato, que também falou de desemprego, de redução de impostos e se manifestou a favor do aborto, em certas condições. Assim se constroem as representações televisivas e se sugerem representações (mentais, culturais) nos espectadores que com elas vivem o dia a dia… Para depois aceitarem, recusarem, interagirem com os outros, noutros contextos.
 
José Carlos Abrantes | 2:46 da tarde | 0 comments
TELEVISAO

Acabei de ver o Arrêt sur Images (Cinquième, Domingo, a partir das 11h 38) que foi hoje dedicado ao papel que os media franceses jogaram no affaire Flactif, o caso de uma família desaparecida. A policia investigou durante 5 meses e em Setembro, são presos dois vizinhos da família, o casal Hotyat, suspeito de crime. O casal tinham sido longamente entrevistado como testemunha por um magazine da TF1, Sept sur Huit. A narrativa que for a construída sobre o desaparecido altera-se radicalmente com a descoberta do assassínio. Um perito, psiquiatra, presente no estúdio, declara que por experiência acumulada, parte sempre com uma representação veiculada pelos media que depois não coincide com a que se vai construir no processo jurídico. Os jornalistas foram apontados pelos diferentes intervenientes como narradores parciais, como respigadores de factos e opiniões que colam melhor à narrativa que vão construindo, ignorando os outros factos ou opinões que se oponham ou contradigam. O efeito de espiral do silêncio foi também evocado pois as opiniões não concordantes com a versão dominante, hegemónica nos media, têm tendência a não se exprimir.

Além do tema central foi também interessante ver como David Abiker mostrou como a imagem de Schwarzenegger foi construída de modo bastante empobrecedor na televisão francesa , pondo mais o destaque nos músculos, na cinefilia e no passado de emigrante, do que no programa do candidato, que também falou de desemprego, de redução de impostos e se manifestou a favor do aborto, em certas condições. Assim se constroem as representações televisivas e se sugerem representações (mentais, culturais) nos espectadores que com elas vivem o dia a dia… Para depois aceitarem, recusarem, interagirem com os outros, noutros contextos.
 
José Carlos Abrantes | 2:05 da tarde | 0 comments
quinta-feira, outubro 09, 2003
IMAGEM MÉDICA A imagem médica voltou a ser notícia, terça feira, no Público, pois o Prémio Nobel da Medicina foi entregue a dois investigadores deste domínio.
.
"O Instituto Karolinska, o organismo sueco responsável por anunciar o Nobel da Medicina, laureou este ano dois investigadores pioneiros no uso da ressonância magnética nuclear. O trabalho desenvolvido pelo norte-americano Paul Lauterbur, de 74 anos, e pelo britânico Sir Peter Mansfield, de quase 70, ambos físicos, durante a década de 60, trouxe à medicina a possibilidade de explorar bidimensionalmente o corpo humano de uma forma mais inócua. Passados mais de 30 anos sobre os primeiros passos na aplicação da ressonância magnética à medicina, mais de 60 milhões de exames destes são feitos por ano em todo o mundo.

Os primeiros trabalhos de exploração das potencialidades dos núcleos atómicos influenciados por campos magnéticos potentes surgiram na década de 40. Descobriu-se então que a energia dos núcleos atómicos de hidrogénio podia aumentar com a absorção de ondas de rádio na mesma frequência, e que quando os núcleos voltavam ao nível inicial, estabilizando, essas ondas de rádio eram emitidas, provocando ressonância.

Pelo trabalho desenvolvido nesta área, Edward Mills Purcell e Félix Bloch ganharam em 1952 o Nobel da Física. De início, a técnica fez furor, por exemplo, na análise das estruturas bioquímicas. Há que não esquecer que o hidrogénio está presente na água, elemento essencial da vida.

Provavelmente, até aqui pouco percebeu sobre a importância desta técnica. Mas se lhe contarmos que, durante a década de 70, Paul Lauterbur e Peter Mansfield trataram de aplicar estes princípios à captação, de forma o mais inofensiva possível, de imagens do interior do corpo humano, por meio daquilo a que hoje chamamos imagens de ressonância magnética nuclear, talvez já lhe diga um pouco mais. "

Aqui se tem chamado a atenção para que as imagens de hoje estão a ser construídas sob um paradigma diferente daquele que durante séculos comandou a fabricação de imagens. De facto, com este tipo de imagens já não se constroem imagens sob o modelo do que o olho humano vê, sob os modelos da visão natural, mas sim sob uma perspectiva do que o olho humano não pode ver, neste caso, o interior do corpo.
 
José Carlos Abrantes | 12:37 da tarde | 0 comments
quarta-feira, outubro 08, 2003
CINEMA
Vai decorrer, a partir de amanhã, o Festival de Cinema Francês, no Cinema S. Jorge, em Lisboa. Uma ocasião única para ver cinema francês, bastante ausente das nossas salas.

Chamo a atenção para o filme Être et Avoir, de Nicolas Philibert, um documentário delicioso sobre um professor primário de uma escola no Larzac, em França. Domingo, às 16h 30.

Cinema São Jorge
Av. Liberdade, 175
1050-200 Lisboa
T: 213103400/213103401

De 9 a 19 de Outubro
Bilhetes: 3,50€

Quinta 9
21h00 - Bon Voyage, de Jean-Paul Rappeneau (entrada com convites)

Sexta 10
19h00 - Tiresia, de Bertrand Bonello
21h30 - Fanfan la Tulipe, de Gérard Krawczyk

Sábado 11
14h30 - Saltimbank, de Jean-Claude Biette
16h30 - Tiresia, de Bertrand Bonello
19h00 - Swimming Pool, de François Ozon
21h30 - Choses Secrètes, de Jean-Claude Brisseau

Domingo 12
14h30 - La Trilogie I: Un couple Épatant, de Lucas Belvaux
16h30 - Être et Avoir, de Nicolas Philibert
19h00 - Petites Coupures, de Pascal Bonitzer
21h30 - Novo, de Jean-Pierre Limosin

Segunda 13
19h00 - Vivre me Tue, de Jean-Pierre Sinapi
21h30 - Stupeur et Tremblements, de Alain Corneau

Terça 14
19h00 - Royal Bonbon, de Charles Najman
21h30 - Un Homme, un Vrai, de Jean-Marie & Arnaud Larrieu

Quarta 15
19h00 - Après la Pluie, Le Beau Temps, de Nathalie Schmidt
21h30 - Ce jour-là, de Raoul Ruiz

Quinta 16
19h00 - La Trilogie II: Cavale, de Lucas Belvaux
21h30 - Embrassez Qui Vous Voudrez, de Michel Blanc

Sexta 17
19h00 - La Petite Lili, de Claude Miller
21h30 - Les Égarés, de André Téchiné

Sábado 18
16h30 - Gomez et Tavares, de Gilles Paquet-Brenner
19h00 - Les Triplettes de Belleville, de Sylvain Chomet
21h30 - Son Frère, de Patrice Chéreau

Domingo 19
16h30 - 18 Ans Après, de Coline Serreau
19h00 - Mon Idole, de Guillaume Canet
21h30 - La Trilogie III: Après la Vie, de Lucas Belvaux

 
José Carlos Abrantes | 8:42 da tarde | 0 comments
terça-feira, outubro 07, 2003
TELEVISAO
O DN refere-se à petição ontem aqui divulgada, falando também do Schneidermann autor de televisão (Arret sur Images, La Cinquieme, 11h30-12h30, domingos).

Hoje é o Publico que se lhe refere numa pequena notícia de Elizabete Vilar. Fica o endereço correcto do site.


 
José Carlos Abrantes | 7:49 da tarde | 0 comments
domingo, outubro 05, 2003
CINEMA

Quem foi Elia Kazan e o que representa a sua obra? Imprescindível ler João Lopes no DN, de ontem: "O que está em causa é algo que Kazan tão genialmente colocou em cena nos seus filmes. O que está em causa é a compaixão. A saber: a capacidade de olhar cada ser humano, não como a expressão linear de um «conceito» ou uma «ideologia», mas sim como um turbilhão de coisas ditas e não ditas, de elementos racionais e irracionais, de factos transparentes ou indecifráveis. Para Kazan, somos sempre seres de desejo e, por isso mesmo, verdadeiras galáxias de sentidos visíveis e significações invisíveis." Vá ler, pois Kazan fica mais claro e transparente. Mesmo que a sua solidão aumente...
 
José Carlos Abrantes | 7:55 da tarde | 0 comments
sábado, outubro 04, 2003
PETIÇÃO

A direcção de Le Monde pretende despedir o seu crítico de televisão, Daniel Schneidermann, por este ter expresso livremente o seu pensamento. Schneidermann é também o autor e apresentador do melhor programa europeu de análise de televisão, Arrêt sur Images (La 5, domingos, 11h30-12h30).


Eu e o Eduardo Cintra Torres lembrámo-nos de criar um abaixo-assinado para enviar a Le Monde. Este abaixo-assinado é feito através de site próprio na web, o qual é totalmente seguro quanto ao texto e assinaturas realmente entradas.

Fazemos um convite para se juntarem a este protesto em favor da liberdade de escrever.

Clicando aqui poderão assinar a petição



Obrigado.

Um abraço,


Jose Carlos Abrantes e Eduardo Cintra Torres






A liberdade de escrever

Um despacho da AFP de 1 de Outubro dá conta que o jornalista Daniel Schneidermann foi convocado pela direcção do jornal Le Monde para uma reunião prévia ao seu despedimento. Um novo livro de Schneidermann, Le Cauchemar Médiatique, renova críticas à direcção do quotidiano pelo modo como este geriu as acusações contidas numa outra obra, La face cachée du Monde, de Pierre Péan et Philippe Cohen. Segundo o Público de 30 de Setembro, Daniel Schneiderman afirma na obra, apresentada em 2 de Outubro, que "o 'Le Monde', mais do que responder como um clã siciliano ofendido pela provocação de um clã rival (...), deveria responder como um jornal numa democracia desenvolvida do século XXI: abrindo as suas contas e os seus arquivos."

Os abaixos assinados consideram este despedimento injusto e censório, indicador de que a liberdade de pensamento não é uma batalha terminada, mesmo em França, um dos berços da democracia e saúdam o jornalista enquanto crítico em geral e enquanto crítico face ao poder dos patrões dos media.





La liberté d’écrire

Une dépêche de L’Agence France Presse (1 Octobre) signale que le journaliste Daniel Schneidermann a été convoqué pour un entretien préalable à son licencement par la direction du journal Le Monde. Dans un nouveau livre, Le Cauchemar Médiatique, Schneidermann reprend quelques unes des critiques à la direction du quotidien. Elles concernent la façon maladroite don’t le journal a géré les acusations qui avaient été formulées dans une autre oeuvre , La face cachée du Monde, de Pierre Péan et Philippe Cohen. Daniel Schneidermann afirme dans son livre, paru le 2 Octobre, que "Le Monde ne devrait pas réagir comme un clan sicilien provoqué par un autre clan rival (…..) mais qu’il devrait plutôt répondre comme un journal qui fonctionne dans une démocratie du XXI siècle: para l’ ouverture des ses finances et de ses archives" (cité par le quotidien portugais Público, du 30 Septembre).

Les signataires considérent ce licencement injuste et un acte de censure. C’est pour eux un indice que la liberté de la presse n’est pas une bataille finie, voire en France, un des berceaux de la démocratie. Ils saluent Daniel Schneidermann en tant que critique en géneral et en tant que critique face au pouvoir des patrons des médias.


Eduardo Cintra Torres
José Carlos Abrantes

 
José Carlos Abrantes | 12:43 da manhã | 0 comments
quinta-feira, outubro 02, 2003
CINEMA E EDUCAÇÃO

Ver um filme é por si uma actividade interessante. Mas Michael Moore fez um Guia para professores poderem aproveitar do seu Bowling for Columbine. Vale a pena ver….


 
José Carlos Abrantes | 11:47 da tarde | 0 comments
quarta-feira, outubro 01, 2003
CINEMA Numa notícia datada de 24 de Setembro o DN ( a partir da Folha de S. Paulo) dava a conhecer que a família de Vinicius de Moraes teria disponiblizado a obra daquele artista e poeta para consulta na Internet, cedendo os direitos de autor. Uma boa iniciativa para os cinéfilos pois podem agora ler as críticas de cinema de Vinicius. E como as imagens (sobretudo as de cinema) se ligam à música e a música (e o cinema) à poesia eis um site interessante para consulta, para passar das imagens, às palavras e destas aos sons… ou pela ordem que o cibernauta melhor entender…
Infelizmente a notícia do DN não se refere ao site. Felizmente uma pesquisa avançada no Google dá sempre resultados seguros…Mas este jornalista (não identificado…) que fez a peça não saberá que esta é uma informação necessária para o leitor de hoje que também pode ser utilizador da web?
 
José Carlos Abrantes | 11:11 da tarde | 0 comments