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terça-feira, janeiro 31, 2006
LIVRO SOBRE TIMOR E OS MEDIA

Diogo, Directora e Rui

foi apresentado hoje na Universidade Católica. Uma utopia que se tornou realidade, a independência de Timor. Faz pensar que outras utopias também serão realizáveis. Foi com estas ideias que Rui Marques encerrou a sessão de apresentação. Nela se havia acentuado a qualidade do trabalho académico que esteve na base do livro, bem como se defendeu o jornalismo de causas, pese embora o exagero de certos comportamentos "totalitários" que, em 1999, se instalaram na sociedade portuguesa. Adelino Gomes salientou que o jornalismo que se fez, embora incorporando a causa de Timor, não deixou de fazer uma informação com outros pontos de vista.

Livro timor Adelino e Vasco Teixeira
 
José Carlos Abrantes | 11:31 da tarde | 0 comments
IMAGENS COM TEXTOS
Capas

Encontrei há pouco numa loja de jornais e revistas o número 168 das Sciences Humaines. Além dos assuntos da capa destaco as recensões de livros. O livro do mês é um livro da Seuil, La signification sociale de l'argent, de Viviane Zelizer. As imagens são poucas na revista. Valem os textos.
 
José Carlos Abrantes | 3:49 da tarde | 0 comments
IMAGENS EM MEMÓRIA

CLUBE P Mortos

Haverá quem tenha esta imagem em memória?
 
José Carlos Abrantes | 3:39 da tarde | 2 comments
segunda-feira, janeiro 30, 2006
IMAGENS DE OUTROS

Alcanena, ontem




Snow #01
Originally uploaded by Maria Branco.




Snow #06
Originally uploaded by Maria Branco.




Snow #04
Originally uploaded by Maria Branco.




Snow #05
Originally uploaded by Maria Branco.



As fotos são de Maria Branco, a quem agradeço.
 
José Carlos Abrantes | 1:01 da tarde | 1 comments
PROVEDORIAS

Pode ver o meu texto de hoje no DN no SÓ TEXTOS.
 
José Carlos Abrantes | 12:39 da tarde | 0 comments
PROVEDORIAS

Pode ver o último texto de Manuel Pinto, provedor que cessa funções no JN, no SÓ TEXTOS.
 
José Carlos Abrantes | 12:21 da tarde | 0 comments
domingo, janeiro 29, 2006
PROVEDORIAS

Aqui pode consultar o blogue do Provedor do Público onde pode consultar a crónica de hoje.

DESCUIDOS E OBSCENIDADES

A cobertura da campanha para as "Presidenciais 2006" motivou alguns protestos por parte dos leitores do PÚBLICO.
 
José Carlos Abrantes | 7:59 da tarde | 0 comments
PROVEDORIAS

"Manuel Pinto despede-se da função de Provedor do Leitor do JN

Manuel Pinto, professor na Universidade do Minho e principal dinamizador deste blog, completa hoje dois anos como Provedor do Leitor do "Jornal de Noticías". Ao longo deste período, eu e os meus colegas da UM testemunhámos a sua permanente preocupação em colocar o seu cargo ao serviço de uma leitura mais crítica e mais participativa por parte dos leitores do JN. Hoje, no texto de despedida, Manuel Pinto faz uma balanço do seu trabalho e deixa notas de motivação para continuar uma caminhada que ele próprio contribuiu para alargar e enriquecer:

"Daquilo que descobri e aprendi, nestes dois anos, um ponto se destaca. Nós, portugueses, somos ainda muito conformistas e estamos longe de exercer em plenitude os nossos direitos de cidadania. Muitos de nós, leitores, nem sequer conhecemos os direitos e responsabilidades que nos cabem como cidadãos, como consumidores, como pessoas. Ora quem não conhece o que lhe cabe, não exerce e fica condenado à menoridade da cidadania. Mas não basta conhecer. Muitos conhecem, mas não dispõem dos recursos para as iniciativas (de protesto, de comentário, de aplauso) que se imporiam.

(...)

Isto significa que muito do que se pode fazer neste campo cabe certamente à educação escolar, ao associativismo e às iniciativas da vida cívica, mas cabe também, e em medida não pequena, aos meios de comunicação e ao JN em particular, que continuam a ser instituições sentidas como inacessíveis, por quem está de fora. Se este Jornal quiser abrir-se mais ? e eu julgo que só teria a ganhar com isso ? precisa de tomar medidas, algumas delas bem simples como seja: dar mais dignidade e, porventura espaço, à secção de cartas do leitor; publicar com mais destaque os endereços vários para os quais os leitores possam contactar os departamentos do Jornal, incluindo o do próprio provedor; e, sobretudo, instituir com regularidade um espaço de informações sobre as iniciativas, opções e critérios relacionados com a vida do próprio jornal."

este post, escrito pela Felisbela Lopes, foi retirado do Jornalismo e Comunicação

Felicito o Manuel Pinto na conclusão do mandato. Foi com gosto e proveito que li as suas crónicas. Resta esperar que um novo provedor seja empossado em breve no JN.
 
José Carlos Abrantes | 7:49 da tarde | 1 comments
IMAGEM DA NEVE

Hoje, visto de cima

Neve Lisboa 2
 
José Carlos Abrantes | 3:26 da tarde | 0 comments
sábado, janeiro 28, 2006
PANORAMA

IMAGENS DO MUNDO

PANORAMA uma iniciativa da APORDOC. Já começou ontem e prolonga-se até 5 de Fevereiro. Pode ver o programa completo no SÓ TEXTOS.
 
José Carlos Abrantes | 3:40 da tarde | 0 comments
sexta-feira, janeiro 27, 2006
MAIS DOIS LIVROS em Fevereiro

Espaço público em Hannah Arendt de de Carla Martins,
será lançado no El Corte Inglês, em Lisboa, 9 de Fevereiro, às 18h 30.
A apresentação está a cargo de José Bragança de Miranda.

Espaço Público Hannah ArendLivros

Jornalismo, grupos económicos e democracia, de Fernando Correia
Será lançado em 15 de Fevereiro, às 18h 30, na sala Veneza, do Hotel Roma, em Lisboa.
Apresentação a cargo de Mário Mesquita e Alfredo Maia.

Livros 2006
 
José Carlos Abrantes | 10:48 da manhã | 0 comments
MAIS UM LIVRO ACTUAL para a semana

"No próximo dia 3 de Fevereiro pelas 11 horas na Fundação Calouste Gulbenkian ocorrerá o lançamento do último volume da colecção Debates da Presidência da República.
A obra será apresentada pelo Prof. Manuel Castells que coordenou comigo a organização deste último volume intitulado "A Sociedade em Rede. Do Conhecimento à Acção Política".

recebido do coordenador da obra, Gustavo Cardoso.
 
José Carlos Abrantes | 10:42 da manhã | 0 comments
IMAGENS DE VÍDEO

MOSTRA DE VÍDEO
+OLHARES
DESEQUILÍBRIO(S)
27 e 28 de Janeiro
a partir das 19h00

+ Olhares é uma mostra anual de objectos fílmicos que o Chapitô criou para promover e dignificar o audiovisual como expressão de arte. Este ano, abre-se uma secção, dedicada a uma forma artística emergente, filmes realizados com câmaras de telemóveis de última geração: Pocket Videos. Sob o tema Desequilíbrio(s), serão exibidos filmes do Iraque, Costa Rica, Brasil, Estados Unidos, França, Suiça, Espanha e Portugal, a grande maioria em estreia absoluta.

(recebido do Chapitô)
 
José Carlos Abrantes | 10:39 da manhã | 0 comments
DOIS LIVROS OPORTUNOS
anunciados esta semana.

Livro

O DN entrevista José Pacheco Pereira e notícia que o livro será hoje apresentado.

K SOCIOLOGIA

"Estará nas livrarias esta semana um livro que se adequa ao momento: Sociologia Política e Eleitoral - Modelos e Explicações de Voto, de Paula Espírito Santo, editado pelo ISCSP.
Segundo a autora, nesta obra analisam-se os modelos sociológicos e abordam-se também, mas com brevidade, os modelos formais (caso da teoria das escolhas racionais) de voto. Além da teorização referente à área das decisões de voto analisam-se também conceitos e problemas relativos à opinião pública, à cultura política e à socialização política, para enunciar os mais proeminentes. Analisa-se ainda o papel de variáveis como o género, a idade, a religião, o partido político na explicação do voto, além de diversos outros tópicos como o militantismo ou problemas sócio-políticos como a abstenção eleitoral."
 
José Carlos Abrantes | 10:10 da manhã | 0 comments
quinta-feira, janeiro 26, 2006
IMAGENS EM AVANCA

avanca2006

Estão abertas, até ao dia 2 de Maio, as inscrições para os Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia – AVANCA 2006. Serão admitidas para selecção, todas as obras produzidas após 1 de Janeiro de 2004 e inéditas em Portugal nas seguintes categorias: CINEMA (curtas e longas metragens de ficção e animação), VÍDEO (com duração máxima de 20 minutos), TELEVISÃO (documentários destinados a exibição televisiva), e MULTIMÉDIA (filmes produzidos para a “web” nas categorias de ficção, experimental e animação).

Com o objectivo de traçar uma perspectiva global da contemporâneidade no cinema, na televisão, no vídeo e na multimédia este Festival, organizado pelo Cine Clube de Avanca, decorrerá na última semana de Julho de 2006.

(Informação recebida da organização do Festival)
 
José Carlos Abrantes | 11:05 da tarde | 0 comments
quarta-feira, janeiro 25, 2006
PROVEDORIAS

Porque são as palavras tão importantes?

"El 5 de enero pasado, este diario publicó un editorial que incluía esta frase: "Evo Morales es el primer indio elegido presidente de Bolivia y, como tal, representa una novedad de suma importancia". Ese mismo día, Jorge Alania Vera envió desde Lima un correo electrónico en el que decía: "En Perú la palabra indio tiene una connotación despectiva. No así la palabra indígena. Lo mismo sucede en Bolivia y Ecuador".

Ocho días después, el mismo lector insistió en el tema al publicarse en ELPAÍS.es el siguiente titular: "Fox no irá a los actos de toma de posesión del primer presidente indio boliviano". Desde Argentina, Marcos Calligaris criticó ese mismo título: "Indio significa 'natural de la India' y hace tiempo que a los nacidos en Latinoamérica han dejado de llamarlos así. La forma correcta es indígena".

"Coincidiendo también con la elección de Evo Morales, la Fundación del Español Urgente (Fundéu), a través de la agencia Efe, ha hecho un planteamiento totalmente distinto: "Se advierte de la utilización errónea de la palabra
indígena como sinónimo de indio. La Fundéu recuerda que indígena es sinónimo de la palabra aborigen (originario del suelo en que vive), por lo que se recomienda que no se hable de indígena cuando se quiera hacer referencia al origen indio de Evo Morales".

O provedor dos leitores do El País opta por uma solução preferencial mas não exclusiva:

"Creo que utilizar preferentemente indígena es una opción razonable porque evita que algunas personas se puedan sentir ofendidas. No es posible obviar el dato de que este diario tiene cada vez más lectores latinoamericanos, sobre todo a través de Internet. Pero tampoco sería razonable prescindir totalmente del término indio."


 
José Carlos Abrantes | 12:22 da tarde | 0 comments
terça-feira, janeiro 24, 2006
LIVROS enquanto o diabo esfrega um olho

Encomendei no dia 18, 4a feira, ás 17h e 56m três livros na Amazon. Chegaram hoje, 3a feira, por volta das 11h da manhã. Ja me têm dito nas Livrarias, em Lisboa, ser preciso mais tempo do que este para trazer um livro de um aramazém situado nos arredores de Lisboa. Tempos...

Eis um dos que chegou....

Livro
 
José Carlos Abrantes | 10:53 da tarde | 0 comments
MODIFICAR AS IMAGENS 2

Há algum tempo coloquei um post sobre um modo de modificar o sentido das imagens: a legenda. Mas uma imagem modifica-se com outra que se lhe segue. Este é o princípio da montagem em cinema.

Versão 1
ICAV Montagem

ICAV Montagem 2

ICAV Montagem 3


Versão 2
ICAV Montagem 3

ICAV Montagem 2

ICAV Montagem

Estas imagens são de um trabalho do CRDP de bordeuax, datam do fim dos anos 70 e eram utilisadas num programa intitulado ICAV (initiation à la communication audio-visuelle). Depois passou a ICOM (julgo que Initiation à la Communication et au Media).
 
José Carlos Abrantes | 5:43 da tarde | 0 comments
PROVEDORIAS

Aqui pode consultar o blogue do Provedor do Público.
 
José Carlos Abrantes | 12:11 da tarde | 0 comments
PROVEDORIAS

No Domingo, no JN, Manuel Pinto escreve sobre a força das palavras a propósito das declaraões de um alto responsável militar espanhol, reproduzidas no JN. E aproveita para lembrar o (des)conhecimento a que votamos o país vizinho, pese embora a crescente influência dos espanhóis no nosso dia a dia.
 
José Carlos Abrantes | 9:06 da manhã | 0 comments
segunda-feira, janeiro 23, 2006
PROVEDORIAS Crónica de hoje, no DN


Portugal imigrante
José Carlos Abrantes

“Seria escrito, caso se tratasse de um português: O português fala alto e explicava que o incidente poderia ter sido mais grave?”

“Morte de jovem em Belém podia ter sido evitada”, foi o título da notícia publicada pelo DN, em 12 de Janeiro, na secção Cidades. Um jovem de 19 anos fora empurrado para a linha férrea tendo morte imediata. Quem cometeu o crime? Um homem com 33 anos foi apontado como suspeito e preso pela polícia.
O editor João Pedro Fonseca defendeu os termos da narrativa, que mencionava a nacionalidade do suspeito: “ Era relevante para a notícia explicar que este sujeito estava em Portugal há pouco tempo, desde Dezembro, que vivera noutro país europeu, e que era de nacionalidade cabo-verdiana. Até para efeitos legais, um indivíduo de nacionalidade portuguesa condenado é preso em Portugal, um sujeito de nacionalidade cabo-verdiana pode, em determinadas situações, ser repatriado. (...) Omitir a nacionalidade em razão de quê? Se tivesse mais pormenores sobre o perfil do suspeito, mais elementos teria utilizado. O leitor quer saber quem é essa pessoa que faz essa coisa horrível que é empurrar pessoas para a linha! O leitor quer saber e o jornalista deve procurar todas essas informações.” (1)

Esta opinião será consensual? Rui Marques, Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, defende o oposto: ”quando não estamos perante um crime de motivação étnica, religiosa ou nacional, constitui, a meu ver, um erro jornalístico atribuir relevância no enquadramento da notícia, à etnia, religião ou nacionalidade do autor (porque não a cor dos olhos, a altura, o signo, a rua onde mora, ou um conjunto de outras irrelevâncias?). Tanto mais que tal só é concretizado quando este pertence a uma minoria visível e nunca é referido quando se trata de um membro da maioria que é sempre "transparente" na notícia. (...) Na notícia referida, em nada transparece no texto a evidência de uma motivação étnica ou nacional para a autoria do crime. Avança-se com a possibilidade de se tratar de um acto cometido no quadro de uma doença mental. Pergunta-se então o porquê a identificação da nacionalidade. (2)

Esta notícia mostra como os crimes são objecto natural da atenção dos media. Alguns estudos apontam para o facto de os cidadãos, que frequentemente não tiveram qualquer experiência pessoal de risco, se sentirem inseguros e atemorizados por saberem pelos media de um crime que pode criar pânico social. Foi o que aconteceu no caso do assalto da Crel, em 2000 ou no falso arrastão de Carcavelos, em 2005. No caso em análise, o clima foi diferente pois a excepcionalidade deste acto não foi apontada pelos media, nem lida pelos cidadãos, como um caso a temer repetições. Um dos elementos questionáveis na notícia é o da nacionalidade do suspeito ser referida. Poder-se-á dizer, como o editor, que a nacionalidade contextualiza o acto. Mas o desenrolar da notícia aponta para um distúrbio mental como elemento explicativo mais pertinente. Se a nacionalidade é um elemento relevante para a notícia, então esta deveria ter explicado como esse elemento fortuito influiu no crime. Não foi o caso. Aliás há na peça há uma frase incomodativa, pelo tom coloquial que adopta: “O cabo-verdiano falava alto e explicava até que o incidente poderia ter sido mais grave” . Será que este estilo solto, não mostra como está desadequada a utilização da nacionalidade? O alto comissário para a imigração observa: “Seria escrito, caso se tratasse de um português: O português fala alto e explicava que o incidente poderia ter sido mais grave?” Duvida-se que tal acontecesse. Parece-me que são adoptados dois pesos e duas medidas. Temos de pensar se isso não reforça preconceitos contra os estrangeiros, nomeadamente a comunidade cabo-verdiana, que no seu conjunto contribui com o seu trabalho para o desenvolvimento do país e constrói a sua vida sem ter problemas com a lei.

É certo que o DN deu pouca relevância à nacionalidade. Mas jornalistas e editores terão sempre que ponderar a necessidade e os efeitos dos elementos a revelar, mesmo que as fontes os veiculem e alguns leitores apreciem. Um jornal de referência, como o DN, faz-se de grandes mudanças como de pequenos detalhes.

(1) O texto do editor é citado num breve excerto.
(2) O texto integral de Rui Marques pode ser consultado em homomigratius.blogspot.com



BLOCO NOTAS


crime nos media

Escrever sobre crimes
Cristina Penedo publicou em 2003 “O Crime nos media: o que nos dizem as notícias quando nos falam de crime.” O trabalho inclui um estudo de caso, a análise de notícias de crime no Diário de Notícias e no Correio da Manhã, num período de 4 meses, no ano 2000. O Correio da Manhã incluiu nesse período quase duas mil peças sobre crime, o DN menos de mil.
Cristina Penedo afirma que os dois jornais analisados divergem na narração dos factos: “No jornal de referência, Diário de Notícias, a escrita sobre o crime é mais estruturada a partir de acções de controlo, o que traduz uma maior incidência da teia narrativa no modus operandi da polícia ou de outras forças de controlo formal no restabelecimento da ordem, enquanto o jornal popular Correio da Manhã, fornece mais detalhes sobre o modus faciendi da acção transgressiva e concede mais espaço à vitima que aí aparece com alguma frequência em discurso directo. “
Será que a autora foi alguma vez convidada pelo DN ou por qualquer outro órgão de imprensa, rádio ou televisão para dar a conhecer aos jornalistas o resultado das suas reflexões? Talvez isso permitisse tomar consciência do impacto das narrativas.

Blogues no novo DN
O relevo dado aos blogues no DN mereceu um elogio de José Pacheco Pereira (1): “No novo Diário de Notícias, que só agora pude ver em papel com atenção, e que está graficamente muito melhor, há aspectos interessantes ainda pouco notados. Por exemplo, na cobertura eleitoral das presidenciais, pela primeira vez na imprensa portuguesa é dado aos blogues um estatuto comunicacional de primeiro plano. Uma revista dos blogues tem o mesmo espaço da cobertura da televisão, o mesmo acontecendo nas citações com a imprensa tradicional. Bastava reparar nestes dois factos para se perceber a rápida mudança do panorama comunicacional que se está a dar e muitos não querem admitir.” Pelos vistos o DN quer. Ainda bem.

(1) Blogue Abrupto de 19 de Janeiro

Escreva
Escreva sobre a informação do DN para provedor2006@dn.pt: “A principal missão do provedor dos leitores consiste em atender as reclamações, dúvidas e sugestões dos leitores e em proceder à análise regular do jornal, formulando críticas e recomendações. O provedor exercerá, simultaneamente, de uma forma genérica, a crítica do funcionamento e do discurso dos media.”
Do Estatuto do Provedor dos Leitores do DN

Para outros assuntos : dnot@dn.pt
 
José Carlos Abrantes | 3:41 da tarde | 0 comments
IMAGENS EM MEMÓRIA

M Matou
 
José Carlos Abrantes | 11:33 da manhã | 0 comments
PROVEDORIAS

Ontem, no Público, Rui Araújo respondia à Precision Portugal que protestara pela crónica anterior do provedor do Público. A crónica encerrava com a frase seguinte:

"O jornalismo serve para informar. A publicidade e a propaganda comercial servem para convencer. A mistura destes géneros chama-se promiscuidade.

O texto integral da Precision esta em www.publico.pt/provedor/cartas
 
José Carlos Abrantes | 11:24 da manhã | 0 comments
sexta-feira, janeiro 20, 2006
IMAGENS EM MEMÓRIA

 
José Carlos Abrantes | 3:53 da tarde | 2 comments
PROVEDORIAS

O provedor (ombudsman) da Folha de S. Paulo lembra a cobertura noticiosa das acusações de corrupção dirigidas a Lula da Silva.

"The year that just ended had practically one big topic, accusations of corruption in the administration of President Luiz Inácio Lula da Silva and in the Congress, as well as events surrounding these developments. It was not easy coverage. I wrote various columns demanding three things, all of them involving the newspaper's commitment to its readers: quality, balance and pluralism."

Neste momento só tenho acesso à versão inglesa desta crónica publicada no sítio da Organisation of News Ombudsman.
 
José Carlos Abrantes | 2:39 da tarde | 0 comments
quinta-feira, janeiro 19, 2006
UM LIVRO SOBRE TELEVISÃO

Capa

aparecerá brevemente nas livrarias.
 
José Carlos Abrantes | 9:59 da tarde | 0 comments
PROVEDORIAS

Para a impressão de um jornal não é uma atitude fácil. Gina Lubrano, provedora do San Diego Union-Tribune, conta o que se passou naquela noite em que os familares dos mineiros soterrados passaram do júbili ao despero. De facto, uma notícia circulou dizendo que os mineiros estavam vivos. Passado algum tempo a notícia era de que os mineiros estavam mortos e só haveria um sobrevivente. A correcção na imprensa escrita é mais morosa e complexa do que na rádio e na televisão.

"Before I went to bed Tuesday night, I heard on the 11 o'clock news that 12 of the 13 miners were alive; their loved ones were euphoric. My heart went out to the family of the man who had not survived, but I went to sleep thankful for the miracle for the others.

When I turned on television news the next morning, I heard that joy had turned to despair when it was learned only one man had survived, and he was in critical condition.

Because I knew the world thought the miners were alive as of the Union-Tribune deadline Tuesday night, I opened my Wednesday newspaper uncertain about what I would find. When I saw the headline: "Only one survivor in W.Va. mine tragedy," I knew colleagues had gone into overdrive to bring readers the updated story."
 
José Carlos Abrantes | 5:43 da tarde | 0 comments
quarta-feira, janeiro 18, 2006
BLOGUES E JORNALISMo

O António Fidalgo escreveu no ubiversidade sobre este binómio que dará muito que falar nos próximos anos.

"Dois textos de opinião americanos, uma polémica na blogo-esfera portuguesa e um caso pessoal, explicam, pelo menos em parte, a crise dos jornais (que não é só comercial, diminuição drástica de vendas, mas sobretudo cultural, de diminuição de influência no espaço público). e a importância crescente dos blogues.
 
José Carlos Abrantes | 7:01 da tarde | 0 comments
FALAR DE BLOGUES 2006
Organização: José Carlos Abrantes e Almedina

Falar de Blogues: Feminino/Masculino
3 de Março, 19:00 horas
A Origem das Espécies , Francisco José Viegas
Controversa Maresia , Sofia Vieira
Geração Rasca , André Carvalho
Rititi , Rita Barata Silvério

Continuamos a discussão iniciada em 2005: haverá mesmo diferenças entre blogues femininos e masculinos? Que diversidade se pode encontra nos blogues assinados por mulheres?

Falar de Blogues Temáticos
30 de Março, 19:00 horas
Doc Log , Leonor Areal
Educar para os Media , Vitor Relvas
Margens de Erro , Pedro Magalhães

Os blogues temáticos aparecem com uma credibilidade forte. Muitas vezes são feitos por especialistas que problematizam, em profundidade, um tema.

Falar de Blogues no Jornalismo
17 de Maio, 19:00 horas
Jornalismo e Comunicação , Manuel Pinto
Mas certamente que sim! , Paulo Querido
Sopa de Pedra e Blinkar , António José Silva

Não se trata de discutir se os blogues são jornalismo, mas de saber como pode o jornalismo aproveitar os blogues e as tecnologias que os apoiam para se revigorar.

Na Livraria Almedina Atrium Saldanha, Loja 71 2º Piso Lisboa
 
José Carlos Abrantes | 5:00 da tarde | 2 comments
NOVA ENTIDADE REGULADORA

Segundo o Diário de Notícias ”os membros da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) serão eleitos pela Assembleia da República no dia 2 de Fevereiro.
O PS e o PSD anunciaram ontem uma lista conjunta de candidatos ao conselho regulador da entidade que irá substituir a actual Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS). Estrela Serrano, Elísio Cabral de Oliveira, Rui Assis Ferreira e Luís Gonçalves da Silva são os quatro nomes propostos. Falta conhecer o quinto elemento, que será cooptado (escolhido) pelos membros eleitos até cinco dias depois da eleição.” Votos de bom trabalho com uma intervenção efectiva são os votos deste blogue.
 
José Carlos Abrantes | 12:20 da tarde | 0 comments
IMAGENS (quase) ao preço da chuva

Comprei na FNAC estes 8 filmes de Hitchcok por menos de 20 euros. Antres só nos cinemas se viam filmes e era no momento ou nos cine-clubes. Agora os clássicos estão assim ao alcance de quase todas as bolsas.

Hitchcock Vertigo
Hitchcock Psico

Hitchcock Os Pássaros
Hitchcock A Corda

post de ontem, dia 17 no O Charme Discreto da Bloguesia
 
José Carlos Abrantes | 12:00 da tarde | 0 comments
PROVEDORIAS

A crónica de Sebastian Serrano, no El País, trata da "objectividade" dos números. E afinal nem os números escapam aos modos de os enunciar:

"Los periódicos echan mano de los porcentajes en sus titulares cada vez con más frecuencia. Es una manera gráfica de mostrar la voluntad de ser precisos, de buscar el aval de los números para expresar el deseo de objetividad. Ahora veremos que también los porcentajes dejan bastante margen a la subjetividad.

(...)
Para profundizar en el tema, el lector recomienda el libro Un matemático lee el periódico, del estadounidense John Allen Paulos, publicado hace 10 años en España por Tusquets.

Este divulgador de las matemáticas no recoge en esa obra un caso idéntico, pero sí guarda gran similitud la referencia que hace a las dos maneras que hay de abordar la incidencia de una enfermedad. Veámoslas: "Si se quiere realzar la seriedad de un problema, lo normal es que se hable de la cantidad de afectados a escala nacional. Si se quiere mitigar su importancia, lo más probable es que se hable de su índice de incidencia. Así, si una persona de cada 100.000 tiene determinada enfermedad, a nivel nacional habrá 2.500 casos ".

Allen Paulos añade: "La segunda cantidad parece más alarmante y en ella harán hincapié los maximizadores. Cargar las tintas en la situación de algunas de estas 2.500 personas publicando o televisando entrevistas con los familiares y amigos hará aún más dramático el problema. Los minimizadores, por su lado, podrían comparar la situación con un atestado campo de béisbol durante una eliminatoria de copa y señalar a continuación que solamente una persona de cada dos campos deportivos así de llenos padece la enfermedad en cuestión".
 
José Carlos Abrantes | 11:50 da manhã | 0 comments
terça-feira, janeiro 17, 2006
PROVEDORIAS Le Monde

A crónica de 14 de Janeiro de Rober Solé, no Le Monde, debruça-se sobre correio dos leitores que questiona alguns títulos do Le Monde ou sobre eles pede explicação. O provedor revela que há regras diferentes de titulação para diferentes secções do Le Monde.

"En abandonnant la manchette systématique sur une seule ligne, qui n'autorisait que cinq ou six mots, Le Monde s'est donné plus de souplesse. L'objectif n'est pas pour autant d'endormir le lecteur par des titres plats et sans saveur.

Chacune des trois parties du Monde nouvelle formule a une titraille particulière. Dans la première, consacrée à l'actualité, une typographie étroite permet des phrases informatives et précises. Dans la deuxième, appelée "Décryptages", les titres sont plutôt courts, vifs et incitatifs. Dans la troisième, les titres des pages "Consommation" se veulent simples, pratiques et ludiques, alors que ceux des pages culturelles varient selon qu'il s'agit d'informations ou de critiques."

E no fim do texto lembra que a maquete e as decisões editoriais também condicionam o modo de fazer um título:

"Les titres sont un sujet inépuisable. Arrêtons-nous là pour aujourd'hui. Reste à... titrer cet article. Un chroniqueur peut se permettre des fantaisies, et la liberté du médiateur est entière. "A juste titre" aurait bien résumé le propos, mais je l'avais déjà employé, pour une autre chronique, en novembre 1999. Il serait du reste trop court dans cette nouvelle présentation, sur deux lignes. Car la maquette impose aussi ses exigences à ceux qu'on pourrait appeler, après tout, les tenants du titre..."


 
José Carlos Abrantes | 11:32 da manhã | 0 comments
segunda-feira, janeiro 16, 2006
IMAGENS NO CHIADO

img017
 
José Carlos Abrantes | 7:58 da tarde | 0 comments
TOME NOTA

3º Encontro Nacional sobre Weblogs

Está decidido. O 3º Encontro Nacional sobre Weblogs vai decorrer em 13 e 14 de Outubro na Universidade do Porto, numa organização conjunta da Licenciatura em Jornalismo e Ciências da Comunicação (LJCC) e do Centro de Estudos das Tecnologias, Artes e Ciências da Comunicação (CETAC.COM). Brevemente haverá novidades.

tag:

1º Encontro
2º Encontro

Publicado por Fernando Zamith a 12 janeiro, 2006 00:12
 
José Carlos Abrantes | 5:00 da tarde | 0 comments
PROVEDORIAS

Crónica publicada hoje,no DN

Mudanças e proximidade

Os media têm efeitos contraditórios pois aproximam o que está longe mas, simultaneamente, afastam o que está perto. É esta segunda tendência que o jornalismo de proximidade contraria

No dia 9 de Janeiro o DN introduziu grandes mudanças no figurino habitual. Mais imagens, a procura de ritmos de leitura diversificados, nova distribuição da opinião nas páginas do jornal, novos colunistas e editorias, um caderno de Economia de segunda a sexta, suplementos e revistas criados de raiz ou modificados, uma opção assumida pela informação de proximidade, o olhar para a blogosfera de um modo mais activo. Tais mudanças foram explicadas aos leitores pelo jornal, no dia a dia e foi inserido um desdobrável numa das edições da semana. Os leitores também se exprimiram tendo sido publicadas algumas reacções na Tribuna Livre. Alguns leitores também se dirigiram ao provedor, como Helder Guégués: “ O Diário de Notícias de que sou leitor há muitos anos, está inequivocamente, melhor. O grafismo moderno e «limpo» convida ainda mais à leitura.” Este leitor, autor de um blogue sobre língua portuguesa intitulado Assim Mesmo, não se limitou ao merecido elogio. Apontou também alguns erros gramaticais e ortográficos evitáveis cometidos na edição inaugural. Referindo-se a um texto da nova secção, Cidades, apontava quatro:
“1. «[.] frequentam a escola daquela freguesia do concelho de Loulé, rapazes e raparigas [.]» (não pode ter aqui esta vírgula);
2. «[.] emigrantes que há algumas décadas atrás partiram para a Venezuela [.]» (há décadas);
3. «[.] que delineou para os próximos três anos, um projecto educativo [.]» (não pode ter aqui vírgula);
4. [.] com aulas extra-curriculares» (extracurriculares).”
E o leitor considera que “(...) tais erros, embora comuns nos políticos e no cidadão comum, são inadmissíveis num profissional cuja ferramenta de trabalho é a língua.”
João Pedro Fonseca, editor da secção, respondeu sem demoras. Esta atitude deve ser sublinhada pois não é frequente os editores assumirem a resposta às interpelações dos leitores, deixando tal tarefa, quase sempre, aos jornalistas implicados. “Tratei de falar directamente com o leitor, dando-lhe toda a razão nas correcções apontadas(...).Aproveitei até para informar este nosso leitor, que fiquei a saber que é revisor profissional, que vamos iniciar na secção Cidades algumas rubricas de interactividade com os leitores sobre temas relacionados com as vivências nas cidades. Respondeu-me prontamente elogiando a ideia e mostrando-se muito interessado em participar nessa relação com o jornal...
De sublinhar também esta dinâmica entre um comentário especializado de um leitor e as iniciativas redactoriais, bem como o reconhecimento dos erros, sem subterfúgios nem meias desculpas. “Acho que é um exemplo de como uma falha, (como tantas que acontecem diariamente) pode servir, se tivermos a humildade necessária para reconhecermos que erramos, para proporcionar uma ligação mais forte aos leitores”, escreveu o editor.
Uma das modificações anunciadas e que começou a ser concretizada pelo DN foi a de dar atenção ao jornalismo de proximidade. E, a referida editoria , Cidades, é expressão desse empenho dando conta de acontecimentos e problemas do dia a dia de diversas comunidades onde os leitores do DN habitam.
O que é o jornalismo de proximidade? Os media têm efeitos contraditórios pois aproximam o que está longe mas, simultaneamente, afastam o que está perto. É esta segunda tendência que o jornalismo de proximidade contraria procurando dar relevo informativo às “comunidades de lugar” onde a vida se desenvolve (ver Bloco Notas). A imprensa regional é o sector mais identificado com esta tendência. Um jornal nacional, uma rádio ou televisão podem também abrir informação de proximidade com os habitantes de uma zona ou de uma cidade do país, dando relevo a acontecimentos ou problemas que interessam mais directamente esses cidadãos. Ainda por cima num tempo em que surgem novas formas de colaboração dos cidadãos com os media geradas pela facilidade de fotografar, de filmar em vídeo, de gravar em áudio ou de comunicar por escrito com os media tradicionais. Essa proximidade implica mais as comunidades mas precisa de manter o rigor na escrita, a vigilância sobre as normas éticas e deontológicas e, ainda, o rigor na descrição da geografia física e humano dos locais objecto de notícia (ver Bloco Notas).


BLOCO NOTAS

Jornalismo de proximidade
Um livro sobre este assunto da autoria de Carlos Camponês, professor na Universidade de Coimbra, foi publicado na MinervaCoimbra. Diz-se na introdução: “A proximidade pode ser geradora do que denominamos por comunidades de lugar. O conceito reporta-se a uma proximidade situada localmente, num espaço e num tempo territorialmente identificados, e surge em contraposição ao conceito de “comunidades sem lugar” (...), ligadas por interesses e valores comuns, mas que não têm por referência um território específico.”

Outro erro
Marco de Canaveses foi incluído, erradamente, no concelho de Amarante. Diz o leitor Bruno Caetano : “Depois de tantas páginas de jornal terem sido escritas à custa da cidade de Marco de Canaveses, como por exemplo o caso Ferreira Torres ou mesmo F.C. Marco, já era altura de os jornalistas responsáveis por esta edição estudarem um pouco mais da geografia de Portugal e saberem que Marco de Canaveses e Amarante são dois concelhos, apesar de vizinhos, muito diferentes.”

Outras críticas
Há leitores que questionam a opinião insinuando estar a resvalar para a esquerda. “De João César das Neves nem se ouve falar”, escrevia um leitor. Mas, nesse dia, Os leitores também erram pois, nesse dia , o cronista escrevia a habitual crónica que intitulou “O próximo ciclo de prosperidade” apesar desta crónica não ter sido colocada na internet. Esperemos que a nova versão do sítio do DN venha trazer melhorias substanciais em relação à actual versão.

Mis correio
O leitor António Graça queixa-se da subida de preço do jornal ao sábado: “É evidente que sendo reformado, e tendo tido um aumento na minha reforma de € 0,10/dia em 2006, não terei a possibilidade de continuar a ser vosso leitor. “ Outro leitor, Paulo Melo, explicita o seu desapontamento face ao fim do DNA. E houve questionamentos sobre outros assuntos: uma fotografia de Mário Soares de braços abertos considerada pouco dignificante ou a correcção relativa ao montante de uma adjudicação do Metro de Lisboa, assunto assinalado em 1a página.

Escreva
Escreva sobre a informação do DN para provedor2006@dn.pt: “A principal missão do provedor dos leitores consiste em atender as reclamações, dúvidas e sugestões dos leitores e em proceder à análise regular do jornal, formulando críticas e recomendações. O provedor exercerá, simultaneamente, de uma forma genérica, a crítica do funcionamento e do discurso dos media.”
Do Estatuto do Provedor dos Leitores do DN
Para outros assuntos : dnot@dn.pt
 
José Carlos Abrantes | 4:29 da tarde | 0 comments
PROVEDORIAS

Ontem, no Público, Rui Araújo, na segunda crónica como provedor, não deixava margens para dúvidas: "O Público podia copmeçar a assinalar todos os anúncios (sem excepção) como publicidade, para evitar promiscuidades." Como leitor, agradeço.

Por sua vez, Manuel Pinto, no JN, voltou aos direitos das crianças e à forma como a infância tem sido notícia.
 
José Carlos Abrantes | 4:20 da tarde | 0 comments
TIMOR E ANGOLA


Se hoje vir o Por outro Lado, de Ana Sousa Dias na 2: poderá perceber o que José Matoso fez nos últimos anos em Timor. Uma das suas tarefas foi dar corpo aos arquivos daquela ex-colónia portuguesa. Também na televisão, mas no Cana História, às 16 e às 22h, está anunciado um documentário sobre os 3o anos de guerra civil em Angola.
 
José Carlos Abrantes | 4:03 da tarde | 0 comments
domingo, janeiro 15, 2006
BLOGUES DE EX-alunos de Coimbra

O Silvino Évora tem um blogue intitulado Nós Media. O António José Silva tem o Blinkare o Sopa de Pedra. Alguém sabe de outros?
 
José Carlos Abrantes | 4:23 da tarde | 2 comments
sexta-feira, janeiro 13, 2006
PROVEDORIAS

O provedor do Le Monde escreve sobre televisão e a crónica que existe naquele jornal desde 1950 sobre este assunto. As relações da imprensa com a televisão e com a internet são aspectos muito importantes para pensar os jornais, hoje.

"Cette chronique existe dans Le Monde depuis le 8 février 1950. Son premier auteur était Michel Droit, mais le petit écran balbutiait encore, et l'austère journal de la rue des Italiens s'en approchait avec des pincettes : à peine trois ou quatre articles par mois lui étaient consacrés. Devenue quotidienne par la suite, la chronique télévision a vu se succéder quelques-unes des meilleures plumes du Monde : Jannick Arbois, Jacques Siclier, Claude Sarraute, Pierre Georges, Daniel Schneidermann, Agathe Logeart, Alain Rollat, Luc Rosenzweig...

C'est le 2 septembre 2001, quelques jours avant les attentats de New York, que Dominique Dhombres a pris la relève. Autant dire qu'il a très vite adopté un ton grave. Mais pour se rattraper largement par la suite... Rien ne l'enchante davantage que d'épingler le ridicule. Des lecteurs protestent parfois, jugeant qu'il est injuste ou pousse le bouchon un peu loin. Récemment, une lectrice de Saint-Félicien (Ardèche), Dominique Dornier, l'encourageait au contraire à « y aller franchement » pour fusiller certains animateurs de télévision qui, « sous couvert d'étude sociologique, flattent les bas instincts et entretiennent un sens pathologique de l'exhibitionnisme ». Elle invitait notre homme à « prendre les mots pour le dire, comme on prend les armes, en bon guérillero ».

Dominique Dhombres n'avait pas besoin de tels encouragements. Sa plume griffe naturellement, mais il ne se considère pas pour autant comme un redresseur de torts. « J'écris, dit-il, un billet d'humeur, et parfois d'humour, en forçant un peu le trait, à la manière d'un caricaturiste. »

Au début des années 1950, Michel Droit n'était que pigiste au Monde tout en travaillant à la Radiodiffusion-télévision française (RTF). Il a abandonné sa fonction de critique pour devenir... présentateur du journal télévisé. A l'époque, certains rédacteurs du quotidien s'opposaient à la publication du programme de l'unique chaîne, y voyant un concurrent potentiel. Ils n'avaient pas tout à fait tort...

Contrairement à ce qu'on supposait, la télévision n'a pas tué la radio : celle-ci a su conserver un public attentif, qui tend l'oreille et retient ce qu'il écoute. En revanche, la presse écrite quotidienne a été de plus en plus affectée par le petit écran, avant de l'être par Internet, qui a effacé les frontières entre texte, son et image.

Depuis 1950, tout a changé, et pas seulement le regard que Le Monde porte sur la télévision. L'audiovisuel a influencé l'aspect du journal et son style, mais aussi une bonne partie de son lectorat, qui a pris de nouvelles habitudes. Le zapping ne se limite plus à la boîte à images : c'est devenu une manière de vivre. Faire un kilomètre à pied par tous les temps pour acheter son quotidien semble appartenir à un autre siècle : on attend qu'il soit livré à domicile, dans la boîte aux lettres ou sur l'écran. Tout doit être à portée de main, de télécommande ou de souris."
 
José Carlos Abrantes | 7:32 da manhã | 0 comments
quinta-feira, janeiro 12, 2006
IMAGENS EM AGENDA

Em três agendas de Lisboa encontra filmes, fotografias, actividades culturais de todo o tipo.

CML
AGENDAS CULTURAIS

CULTURGEST
AGENDAS CULTURAIS

CCB
AGENDAS CULTURAIS
 
José Carlos Abrantes | 12:07 da tarde | 0 comments
quarta-feira, janeiro 11, 2006
IMAGENS EM SINES
ARTE Há um Centro de Artes, em Sines. E filmes de Jacques Tati.
 
José Carlos Abrantes | 4:47 da tarde | 0 comments
terça-feira, janeiro 10, 2006
IMAGENS DE 2005

Vivi 2005 acompanhado por Jack Vettriano

Calendário, 2005
 
José Carlos Abrantes | 11:57 da manhã | 0 comments
NOVA REVISTA

O Público insere hoje a anunciada revista de educação, nº 1 de Janeiro 2006. Dirigida por Santana Castilho é propriedade da Texto Editores.

Pontos nos iis
 
José Carlos Abrantes | 11:50 da manhã | 0 comments
segunda-feira, janeiro 09, 2006
PROVEDORIAS Cronica de hoje, no DN

Crise, essencial à imprensa
José Carlos Abrantes

Pelo DN passou a história do país.
A imprensa tem enfrentado crises sucessivas com o aparecimento de novos media e de novas condições. Mas, de cada vez, a imprensa escrita soube renovar-se. Como fará desta vez .

Foram revelados recentemente os números das vendas de vários jornais de períodos comparados de 2004 e 2005. Verificou-se uma queda evidente, jornal a jornal, com poucas excepções. As razões da crise normalmente apontadas radicam no papel influente da televisão, na explosão da internet, no crescimento dos jornais gratuitos, bem como no baixo índice de leitura da imprensa. Alguns dos factores, como a internet ou a influência da televisão, são comuns a vários países. Mas a circulação média, embora tendo subido nos últimos anos para cerca de 90 jornais por cada mil habitantes, mantém-se como um indicador específico da fragilidade do nosso país (Paulo Faustino, ver Bloco Notas). Há países nórdicos onde se editam cerca de 600 jornais por cada mil habitantes. Portanto, há crise na imprensa escrita em Portugal.
Mas entendamo-nos sobre o sentido da palavra crise. A palavra tem origem no termo grego Krisis que significa decisão. No sentido corrente a crise passou a ser uma fase grave na evolução das coisas, dos acontecimentos, das ideias ou de uma doença. Os significados ligados à medicina apontam a crise como um momento de evolução de uma doença, um momento decisivo para a cura ou para a morte. Esta ideia de mudança de estado, de transição não tem que ser associada a um estado de evolução negativo. No início dos anos sessenta Thomas Kuhn escreveu que grandes transformações no pensamento científico levam a que os paradigmas de investigação dominantes sejam postos em causa (A estrutura das revoluções científicas). Nesses momentos instala-se uma crise que este considerou uma tensão essencial para a transição para novos modos de pensar a ciência. Esta atitude, menos divulgada, tem mais sentido para os agentes sociais que se encontram confrontados com as crises, dando-lhes novos horizontes e hipóteses de actuação. Se consideramos a crise como um momento de mudança, encontraremos também alguns elementos interessantes nas reflexões sobre o modo como estas se realizam. Há mudanças que se conseguem mais facilmente através de comportamentos paradoxais do que através de decisões de bom senso e lógica tradicional (ver Bloco Notas).
Mas voltemos então às origens da crise na imprensa. A imprensa gratuita tem dimensões contraditórias. Por um lado, retirou leitores aos jornais já estabelecidos. Mas, por outro, mostrou categoricamente que havia possibilidade de alargar o público leitor. Dada a gratuitidade, a imprensa paga não tem a mesma possibilidade de expansão. Mas esta evolução mostra que há outros terrenos para o crescimento da imprensa escrita: são os dispositivos de distribuição que se mostram, eles também, factores decisivos nas estratégias de expansão. Por outro lado, a Internet, tira leitores à imprensa escrita pois tem informação muito variada, de fácil e livre acesso. Mas a Internet poderá também funcionar como um modo de rejuvenescer o jornalismo. Desde logo porque se revela outro dispositivo de distribuição. E um texto pode ser acrescentado com ligações para outros textos, fotografias, vídeos, sons. As versões on-line podem celebrar a memória, disponibilizando textos e imagens de arquivo, recordações de outros tempos. Um jornal como o Diário de Notícias tem um património inestimável, dados os 141 anos de vida. Pelo DN passou a história do país. A Internet pode ainda facilitar o contacto com os leitores pelas múltiplas plataformas para estes se relacionarem com a imprensa. Gera novas receitas, com novos serviços, incluindo a publicidade em linha. Novas receitas podem ainda vir da organização de colóquios ou de informação especializada gerada no jornal, como faz The Economist.
A circulação media por habitante também é um elemento de crise, podendo ser, simultaneamente, um elemento da solução do problema. Parece possível que esse indicador continue a evoluir positivamente, de forma regular e mais acelerada. Chegar a 200 jornais por mil habitante poderia ser um objectivo de curto prazo, através de acções concertadas do sector.
A imprensa tem enfrentado crises sucessivas com o aparecimento de novos media e de novas condições. Mas, de cada vez, a imprensa escrita soube renovar-se. Como fará desta vez .

BLOCO NOTAS

Paulo Faustino

Os jovens, as mulheres
“Em geral os jornais queixam-se que os jovens não têm hábitos de leitura da imprensa, mas resta saber se os jornais se estão a esforçar para que as novas gerações se revejam nos seus conteúdos. (...) O mesmo acontece com os leitores do sexo feminino que, em Portugal ainda representam uma quota baixa na leitura dos jornais.” Paulo Faustino enquadra estas duas prioridades, apontadas noutras ocasiões nesta coluna, na necessidade de se realizarem mais estudos pela imprensa para conhecer o perfil e as necessidades de informação dos seus actuais e potenciais leitores. A aposta em recursos humanos mais qualificados, a aposta em maior segmentação temática e geográfica, bem como a integração de novas tecnologias são algumas outras recomendações para boas práticas na gestão da imprensa. O autor também se refere ao facto de ao contrário de muitos países não ser a imprensa escrita, em Portugal, a obter mais investimento publicitário. Nalguns deles há mesmo quotas bem distantes da televisão, diz.
Paulo Faustino, A Imprensa em Portugal: Transformações e tendências, Lisboa, Media XXI

Paradoxos
Em Monção, as armas da cidade inserem uma heroína lendária, Deu-La-Deu Martins. No sítio do município pode ler-se : “Depois de um longo cerco às muralhas de Monção, a fome reinava no interior da fortaleza, o que impunha a rendição. Deu-la-Deu num misto de audácia e astúcia, simula com os pães lançados do alto da muralha às hostes inimigas, abundância onde só havia necessidade. Esta estratégia teve um excelente efeito psicológico. O inimigo pensando que a abundância na fortaleza era tal que a rendição pela fome era impossível, levantou o cerco.
”Watzlawic, no seu livro Change; Principles of Problem Formation and Problem Resolution, analisa paradoxos como este, que provocam mudanças radicais e cita aliás um exemplo semelhante. Trata-se de um livro que julgamos não estar editado em Portugal e que boa ajuda daria à compreensão da permanência e mudança, à formação de problemas e à sua resolução, temas fulcrais das crises.

Escreva
Escreva sobre a informação do DN para provedor2006@dn.pt: “A principal missão do provedor dos leitores consiste em atender as reclamações, dúvidas e sugestões dos leitores e em proceder à análise regular do jornal, formulando críticas e recomendações. O provedor exercerá, simultaneamente, de uma forma genérica, a crítica do funcionamento e do discurso dos media.”
Do Estatuto do Provedor dos Leitores do DN

Para outros assuntos : dnot@dn.pt
 
José Carlos Abrantes | 10:28 da manhã | 0 comments
sexta-feira, janeiro 06, 2006
IMAGENS: Iustração

Belas Artes, Cartaz

Estão abertas as inscrições para o Curso de Ilustração, a realizar no Centro de Investigação e de Estudos Arte e Multimédia (CIEAM), da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
As entrevistas de selecção estão agendadas para os dias 23 e 25 de Janeiro e o curso tem início no dia 1 de Fevereiro.
Para se inscreverem os candidatos deverão enviar a ficha de pré-inscrição (em anexo) através de e-mail, ou entregá-la pessoalmente no CIEAM.

Outro curso, este de Animação de Volumes, realiza-se, no mesmo local.
As entrevistas de selecção para este segundo curso estão agendadas para os dias 23 e 26 de Janeiro e o curso tem início no dia 2 de Fevereiro

Recebido de Ricardo Geraldes/CIEAM
 
José Carlos Abrantes | 4:55 da tarde | 0 comments
IMAGENS A CORES

Cores

Recebi de uma amiga da RTP um cartão de boas festas e bom ano novo. Agradeço e retribuo. Desejo que as cores sejam transpostas para a programação da 1 e da 2. E que a variedade desta imagem simbolize a variedade das propostas do canal público em 2006. Mas será possível? Côr e variedade? Para já aguarda-se o provedor....
 
José Carlos Abrantes | 4:15 da tarde | 0 comments
PETIÇÃO: Português na ONU

Recebi, de Acácio Barradas

"Está em curso a subscrição de uma petição que tem por objectivo tornar oficial o idioma português na ONU, à semelhança do que já sucede com o Árabe, o Chinês, o Espanhol, o Francês, o Inglês e o Russo. Se estiver de acordo com a iniciativa, clique no endereço abaixo indicado e junte o seu nome aos milhares de subscritores da referida petição.

Subscreva a Petição: Português na ONU."

O mundo não gira por si, na afirmação dos países, das línguas. Depende do esforço dos governos e de cada um de nós. Não deixe para amanhã: subscreva hoje. Não pense que a sua palavra não vale: ela é um elemento, entre outros, para a decisão ser num ou noutro sentido. Se a decisão fôr tomada haverá mais razões para gostar de Portugal. E mais emprego. E mais oportunidades. E uma imagem diferente do país e dos portugueses. Mesmo o cinema pode beneficiar....
 
José Carlos Abrantes | 1:05 da tarde | 1 comments
quinta-feira, janeiro 05, 2006
ERROS NO JORNALISMO

Um erro jornalístico lançou a confusão e o drama na família dos mineiros soterrados nos EUA.

A versão on line do Virginian Pilot explicou aos leitores como tudo se desencadeou.
 
José Carlos Abrantes | 11:33 da manhã | 0 comments
IMAGENS EM MEMÓRIA

1969 foi há 36 anos. Já teremos acabado a procura de uma política industrial?

Capa
 
José Carlos Abrantes | 10:24 da manhã | 0 comments
IMAGENS DE TELEVISÃO

Na secção de Media e Televisão do DN dá-se conta de um estudo de mestrado de Sónia Carrilho. O estudo aponta para valores no consumo de televisão que deveriam alaramar o Ministério da Educação, os pais, os sindicatos, as organizações sociais, os departamentos de educação, as entidades que fazem educação para os media, etc, etc. Não só os deveriam alarmar como deveria provocar a discussão entre instituições e, sobretudo, levar a decisões, a tomar iniciativas, de preferência conjuntas.

Um dos dados mais interessantes é o de que a televisão foi apontada por 78% das crianças como a principal fonte de informação, enquanto a escola surge com 39,9% e a imprensa escrita com 30,7%. É certo que o estudo foi feito a partir de 3 escolas da região de Lisboa e não poderá ser, com certeza, extrapolado para o conjunto da população. Mas é (mais) um sinal de alarme.
 
José Carlos Abrantes | 10:10 da manhã | 0 comments
quarta-feira, janeiro 04, 2006
FALAR DE BLOGUES NO FEMININO/MASCULINO

Vale a pena ler o comentário do André Carvalho ao post anterior (seguindo o link).
 
José Carlos Abrantes | 11:38 da tarde | 0 comments
FALAR DE BLOGUES

Já há datas e temas para os próximos Falar de Blogues, na Livraria Almedina, Atrium Saldanha, em Lisboa:

Falar de Blogues:Feminino/Masculino (4º)
3 de Março 2006, 6a feira, 19h


Falar de Blogues Temáticos (5º)
30 Março, 5a feira, 19h


Falar de Blogues no Jornalismo (6º)
17 Maio, 4a feira

Nos próximos dias teremos os nomes dos intervenientes.
 
José Carlos Abrantes | 11:13 da tarde | 3 comments
IMAGENS EM POEMA

Carpe diem

Confias no incerto amanhã? Entregas
às sombras do acaso a resposta inadiável?
Aceitas que a diurna inquietação da alma
substitua o riso claro de um corpo
que te exige o prazer? Fogem-te, por entre os dedos,
os instantes; e nos lábios dessa que amaste
morre um fim de frase, deixando a dúvida
definitiva. Um nome inútil persegue a tua memória,
para que o roubes ao sono dos sentidos. Porém,
nenhum rosto lhe dá a forma que desejarias;
e abraças a própria figura do vazio. Então,
por que esperas para sair ao encontro da vida,
do sopro quente da primavera, das margens
visíveis do humano? "Não", dizes, "nada me obrigará
à renúncia de mim próprio --- nem esse olhar
que me oferece o leito profundo da sua imagem!"
Louco, ignora que o destino, por vezes,
se confunde com a brevidade do verso.

Nuno Júdice
 
José Carlos Abrantes | 9:58 da manhã | 1 comments
terça-feira, janeiro 03, 2006
IMAGENS DE CINEMA

Tem graça. Um dos melhores filmes de 2005, Saraband, de Ingmar Bergman , foi feito para televisão. Será que não dá para ver que na televisão há de tudo, como na vida? E que, também na vida, o muito bom é raro? Dá para confirmar: a televisão também é arte, aqui e além.

Filmes
 
José Carlos Abrantes | 3:30 da tarde | 0 comments
PROVEDORIAS

Aqui pode ler uma crónica de Kate Parry, provedora do
Minneapolis Star-Tribune. Há leitores que consideram que as mortes de soldados mortos no Iraque originários daquela região devem ser noticiadas em primeira página. A provedora concorda com essa reivindicação.
“ Many who oppose the war say the newspaper should put these deaths on the front page to make clear the painful toll the war is taking.

Many who support the war say running the stories less prominently than page one dishonors the courage and sacrifice of these soldiers.

When the war started, it was common for deaths of Minnesota soldiers to start on page one, be followed up with a profile and conclude with coverage of the funeral.”
 
José Carlos Abrantes | 3:08 da tarde | 0 comments
segunda-feira, janeiro 02, 2006
PROVEDORIAS Crónica de hoje, no DN

DN dia 02-01-06

Uma amostra de 2005 em primeira página
José Carlos Abrantes

A primeira página ocupa-se frequentemente da política institucional.

O que passou pelas primeiras páginas do DN no ano de 2005? Os leitores terão uma recordação difusa. Não seria impossível, mas seria muito moroso e complexo fazer uma análise de todas as primeiras páginas dos mais de 360 jornais publicados. Solicitei por isso ao Centro de Documentação do DN as primeiras páginas de três dias: o primeiro, o dia 15 e último dia de cada mês. Num ápice, Teresa Balesteros, directora do Centro, enviou por e-email os PDFs das páginas solicitadas. Ficámos assim com 36 primeiras páginas como objecto de análise.

As primeiras páginas são a montra do jornal. “As primeiras páginas funcionam como indicadores da importância dada aos conteúdos. O que vem na capa dos jornais é, sem dúvida, aquilo a que cada órgão de comunicação dá mais destaque, aquilo que se acredita que vai fazer vender o jornal. Nesse sentido, são um indicador fundamental, pois têm sempre em linha de conta o interesse do leitor pelos temas. Ou seja, o que aparece nas primeiras páginas é o que se pensa captar mais a atenção do leitor e, como tal, é útil para perceber fenómenos sociais e comunicacionais.” Isto considera Isabel Nery uma jornalista que fez um mestrado sobre as primeiras páginas do Diário de Notícias, Público, Jornal de Notícias e Correio da Manhã dos anos 90.

Imagens Em geral, uma ou duas imagens de maiores dimensões ocupa as páginas analisadas. São do Internacional a maior parte destas imagens (8): Israel foi o tema mais frequente aparecendo três vezes. Houve ainda o furacão Katrina, o terramoto , eleições no Líbano, o Iraque, os refugiados sudaneses. A Política, Cultura e Sociedade foram as categorias seguintes com 5 menções cada. O desporto apareceu apenas 3 vezes as mesmas que a Ciência e a Religião. Há imagens de dois assuntos do Nacional e duas outras referem-se a vários assuntos. A figura que apareceu mais nas notícias mais destacadas foi José Sócrates (3 vezes). Santana Lopes, o Papa João Paulo II e Mário Soares são destacados 2 vezes cada. Manuel Alegre, uma vez. Outros políticos aparecem em notícias de menor destaque ou em imagens de dimensões mais reduzidas: Paulo Portas, Francisco Louçã, Carmona Rodrigues, António Costa, Marques Mendes, António Vitorino, Filipe Menezes, Jerónimo de Sousa, Jorge Sampaio e Cavaco Silva são disso exemplos.
Um aspecto interessante é a diversidade destas imagens: não são apenas fotografias mas também ilustrações. Não são apenas de fotógrafos do DN, mas também de uma agência internacional (a AP) ou mesmo da Lusa. Mesmo o texto serviu para fazer imagem, num caso.

Que assuntos nas primeiras páginas? Não são apenas as notícias que ocupam as primeiras páginas, embora estas ocupem sempre a parte mais significativa da página. A publicidade está sempre presente, bem como as auto-promoções a produtos que vão encartados no DN. Acontece ainda que alguns assuntos tratados na revistas ou mesmo no corpo do jornal são referenciados, sendo por vezes difícil distinguir se o destaque é uma notícia ou uma auto-promoção. As necessidades de paginação levam, por vezes, a descer o cabeçalho onde se inscreve o nome do jornal e o nome dos directores, alterando o visual habitual do jornal. Um artigo de opinião de Salmon Rushdie, em 30 de Abril,
foi assinalado em primeira página.

Que regularidades? Na análise ressalta claramente que a primeira página se ocupa frequentemente da política institucional. Política que se refere às legislativas, às autárquicas, às presidenciais, à actividade do Parlamento, às medidas do governo, a críticas ou posições de políticos da oposição. Não podemos esquecer que o ano de 2005 viu eleições legislativas, autárquicas e serviu de rampa de lançamento para as eleições presidenciais que decorrerão em 22 de Janeiro. O primeiro (pequeno) destaque em primeira página das presidenciais foi em 1 de Fevereiro: “PS espera por Guterres e desvaloriza Freitas.”
O Internacional (Katrina, terramoto na Ásia, Iraque, Israel, o Líbano, ecos do tsunami ou o Vietname) é uma secção que coloca também muitos destaques em primeira página, como também a Sociedade e a Economia. A questão do aborto foi muito regularmente chamada a primeira página e, quase sempre, em notícias de algum relevo.
O Desporto foi quase só futebol: uma menção sobre automobilismo e outra sobre basquetebol foram as excepções. E, no futebol, Sporting e Benfica aparecem de modo mais regular que outros clubes. Mourinho e o Chelsea são também companheiros do futebol lisboeta, e, em menor grau, o Porto, sobre quem se assinala um Tema sobre a crise que o clube passava na ocasião.
As Artes aparecem menos, mas por vezes com grande destaque, sendo o CCB a instituição mais citada. Uma das primeiras páginas recentes destaca inéditos de Fernando Pessoa e é acompanhada por um belo desenho de Júlio Pomar. Outras secções são menos visíveis: é o caso dos Media, que, aparece pouco e nem sempre por questões relevantes.
A Europa foi tímida nos destaques. O mais recente destes destaques envolve Durão Barroso que tentaria travar a produção legislativa de Bruxelas. Outro refere-se a um protesto do Governo quanto a défice. O não ao referendo na Holanda é um terceiro tema abordado. A edição de 31 de Dezembro redimiu em certa medida esta timidez pois assinala as páginas 2 a 7 onde se faz um balanço, se desenha o futuro e se analisam as duas décadas de Portugal na União. Outra quase ausência são os Palop’s: uma das raras referências diz respeito a Angola e ao Massacre de Ambriz, já longe no tempo e outra a Nino Vieira com uma alusão às eleições na Guiné.

(1) Nery, Isabel, Política e Jornais: Encontros mediáticos, Lisboa, Celta, 2004


BLOCO NOTAS

Mulheres Não aparecem mulheres em destaque, salvo duas excepções: a notícia da morte da irmã Lúcia (Fevereiro) e a mulher kamikaze belga que se fez explodir em Bagdad (Dezembro). Numa outra página aparece uma jovem em primeiro plano de uma manifestação no Líbano. Noutra um rosto de mulher olha a exposição Espelho Meu, no CCB. As leitoras terão que se reconhecer noutras imagens. O reconhecimento é um conceito pouco trabalhado nos media, em Portugal. Basta ver como a televisão é jovem enquanto o país envelhece.

Ainda a primeira página Segundo Isabel Nery (obra citada) “os órgãos de informação deparam-se diariamente com duas tarefas fundamentais. Primeiro, decidir que temas devem ser tratados em determinado momento. Segundo, dentro dos temas já seleccionados, quais terão direito a destaque e que tipo de destaque (topo ou baixo de página, tamanho, página par ou ímpar, chamada à capa, e dentro desta, é preciso definir de novo uma hierarquia de importância).
O processo de selecção implica a exclusão constante de variadíssimos assuntos.”

Três nomes No ano de 2005 três nomes apareceram no cabeçalho como directores do DN: Miguel Coutinho (que vinha de um mandato iniciado em 2005), João Morgado Fernandes (como director interino) e António José Teixeira, actual director. Em 2004 tinha havido igualmente 3 nomes no cabeçalho (Fernando Lima, José Manuel Barroso – este como director interino e Miguel Coutinho). Desejam-se anos de estabilidade para o DN poder recuperar desta recente turbulência.

Comunidade surda O leitor Alexandre Najmark
enviou um e-mail queixando-se veemente por não ter podido seguir a informação geral e sobretudo os debates com os candidatos presidenciais nos diferentes canais de televisão. “(...) Gostava que alguém me explicasse o porquê da falta de divulgação e de informação para (...) a comunidade surda que nem direito tem de saber o que os candidatos à presidência da republica dizem na sua campanha. Nos debates televisivos muito menos sabem o que discutem. Será que não são cidadãos?
Já para não falar nas noticias em directo pois esta classe é como tantas outras que só serve para estatísticas e pagar o seu devido imposto (...).
Agradecia que (..) comentasse e me explicasse o porquê da exclusão à informação.” A crítica não é dirigida ao DN. E, na resposta enviada ao leitor, esclarecia que a televisão pública terá brevemente um provedor. A quem caberá analisar casos como este.

Escreva Escreva sobre a informação do DN para provedor2006@dn.pt
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José Carlos Abrantes | 5:55 da tarde | 0 comments
PROVEDORIAS

A crónica de 31 de Dezembro do provedor do Le Monde refere-se a vários assuntos Um deles é a diminuição de notícias na época natalícia e de fim de ano.

"En effet, Le Monde — comme les autres quotidiens — est plus mince, et cela tient essentiellement à la baisse de la publicité : la plupart des annonceurs lèvent le pied entre le 20 décembre et le 2 janvier.

Mais n'éludons pas la question de notre lecteur. Pourquoi l'actualité diminue-t-elle de volume à l'approche des fêtes ? La planète cesserait-elle de tourner ? Les journalistes ne seraient-ils pas tout simplement en vacances ? " L'usine à nouvelles fonctionne au ralenti, constate M. de Maussion. Le gros des ouvriers est en chômage technique. Quand les quotidiens ferment à moitié boutique pour cause de réveillon, l'actualité se désactualise, le monde des nouvelles se repose."

En réalité, ce ne sont pas les journalistes qui font relâche, mais les chefs de parti, les députés, les patrons, les syndicalistes, les enseignants... L'année dernière, la fameuse trêve des confiseurs n'avait pas eu lieu. Le 21 décembre, deux journalistes français, Georges Malbrunot et Christian Chesnot, étaient libérés après 124 jours de captivité en Irak. Et, surtout, le 26 décembre, un tsunami ravageait les côtes de sept pays d'Asie du Sud-Est, tuant 230 000 personnes.

La commémoration de ce qui a été vécu comme une catastrophe universelle vient d'ailleurs d'occuper dans les médias une place doublement significative : comme s'il fallait, à la fois, souligner l'émotion exceptionnelle connue il y a un an et combler les vides de l'actualité de cette fin décembre 2005.

Des vides très relatifs au demeurant, puisque la planète connaît en permanence toutes sortes de drames, de bouleversements ou d'innovations. Mais nous sommes devenus difficiles : noyés à longueur d'année d'informations, qu'une mise en scène dramatise à souhait, nous avons tendance à trouver banal tout ce qui n'est pas absolument nouveau ou vraiment spectaculaire...

Un quotidien est plus difficile à réaliser dans ces périodes "creuses". Surtout s'il refuse de monter en épingle de pseudo-événements (il fait froid, il neige, il va encore neiger...) ou de multiplier les bilans et best of en tous genres de l'année écoulée. La trêve des confiseurs n'est-elle pas plutôt l'occasion d'explorer des territoires négligés de l'actualité, d'essayer de donner du sens et de la profondeur aux événements ? C'est l'objectif de la deuxième partie du Monde, appelée "Décryptages", avec ses portraits, ses dossiers et ses débats, mais aussi de la page 3, qui ne se limite pas à des "scoops" : certains thèmes, comme l'exploitation de l'amiante au Québec (28 décembre) ou la transmission du patronyme (30 décembre), s'inscrivent dans une actualité longue."
 
José Carlos Abrantes | 6:48 da manhã | 0 comments